Por Rogerio Ruschel (*)
Uma
das mais importantes tarefas de marketing é não deixar o produto envelhecer para
não perder mercado. Vinhos não escapam desta lógica do mercado consumidor
consumista: precisam se renovar constantemente. Só que o vinho tem um problema:
o produto tem custo de produção mais elevado do que outras bebidas como cachaça
e cerveja. Isso porque em sua cadeia de produção estão custos e condições de
produção complexos como cultivo e crescimento incontroláveis (afinal a uva
depende do clima) e processos agrícolas e industriais sempre complexos, como
mostra o divertido poster grego abaixo que você entende mesmo sem saber grego...
Além
disso este é um negócio que exige investimentos custosos e de longo prazo: às vezes
até 15 anos investindo num vinho que amadurece em caves escuras acumulando poeira (como na foto abaixo) antes de começar a vender o produto, para compensar a trabalheira. E também, é claro,
exige talento e criatividade, porque vinho é mais do que amassar uvas e deixar
fermentar, como você já viu muitas vezes aqui no In Vino Viajas.
Os
franceses - especialmente em Bordeaux, (foto abaixo, vinhedo em Saint Emillion) e Borgonha - tem problemas com isso
porque levam o assunto muito a sério; como eu costumo dizer, eles fazem vinhos
para se beber de terno e gravata. Então fica difícil aumentar a base de
consumidores porque o tempo vai passando até mesmo para pessoas bebedoras de
vinhos caros e austeros que um dia acabam como consumidores - e os novos
consumidores podem já ter migrado para outras bebidas ou outras marcas.
Mas existem idéias criativas e adequadas para rejuvenescer o consumo do vinho e popularizar seu consumo sem perde o charme da tradição. Neste post você vai conhecer uma delas, que brotou na Polônia.
Mas existem idéias criativas e adequadas para rejuvenescer o consumo do vinho e popularizar seu consumo sem perde o charme da tradição. Neste post você vai conhecer uma delas, que brotou na Polônia.
A
idéia básica é simples: vinho rosé é um produto mais informal do que vinhos
tintos e brancos e é geralmente apreciado em grupos, preferencialmente por
mulheres e em ambientes mais soltos, com pessoas mais jovens.
Como
os rótulos podem ser retirados facilmente (veja abaixo), a garrafa se
transforma em um divertido óculos cor de rosa que vai mostrar as coisas muito
mais divertidas – pelo menos para o grupo, naquele momento de alegria na mesa. Simnples e divertido, não?
Esta
agência é responsável também pela embalagem de um vinho verde de Portugal
chamado “Na mão” – veja abaixo como eles interpretaram o nome do vinho ao pé da
letra - ou na mão da letra, sei lá...
(*) Rogerio Ruschel é jornalista, enófilo e já teve a oportunidade de fazer o marketing e a comunicação de dezenas de produtos procurando remoçar sua imagem.
Adoro ideias criativas!!!
ResponderExcluirAcho que todos gostamos de idéias criativas. Grato pelo contato. /abs
ExcluirDiscordo: Os franceses - especialmente em Bordeaux, (foto abaixo, vinhedo em Saint Emillion) e Borgonha - tem problemas com isso porque levam o assunto muito a sério; como eu costumo dizer, eles fazem vinhos para se beber de terno e gravata. Então fica difícil aumentar a base de consumidores porque o tempo vai passando até mesmo para pessoas bebedoras de vinhos caros e austeros que um dia acabam como consumidores - e os novos consumidores podem já ter migrado para outras bebidas ou outras marcas.
ResponderExcluirNádia, os franceses são mais formais em relação a vinhos, foi o que quiz dizer. Grato pelo comentário e parabéns pelo teu blog. /abs
ExcluirE uma questão de tradição e respeito aos ancestrais, o mundo pode evoluir mas nunca esquecer a verdade e suas heranças , é triste ver onde o mundo inteiro esta indo, não so em relação o vinho.
ResponderExcluirConcordo, Jean, não podemos jogar fora milhares de anos de aprendizado relacionado à cultura do vinho tão bem representada por produtores de Bordeaux e da tua (e minha) querida Borgonha. No entanto como qualquer setor industrial, a vinicultura também precisa renovar seu protfólio de marcas e produtos e ampliar sua base de consumidores. Grato pelo contato, abs
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