Pesquisar neste blog

quinta-feira, 24 de junho de 2021

Vinhos com Denominação de Origem da Espanha debatem online como aplicar fundos de recuperação de 120 milhões de Euros

  

Por Rogerio Ruschel, com informações de Vinetur e do jornal El Economista

Dia 2 de Julio la Conferencia Española de Consejos Reguladores Vitivinícolas, la organización que representa a las denominaciones de origen de vino, organiza un seminario web para informar a denominaciones de origen y bodegas sobre como utilizar los fondos de recuperación de la Comisión Europea.

El 2 de julio, de 10h a 11.30h (hora peninsular), tendrá lugar el seminario web "Fondos de recuperación: claves para la transformación de nuestro modelo productivo". Organizado por la Conferencia Española de Consejos Reguladores Vitivinícolas (CECRV), el webinar tendrá como objetivo informar a bodegas y denominaciones de origen, principales destinatarios de la acción, sobre los ejes de actuación, políticas palanca y componentes del plan de aplicación de los fondos en nuestro país que están directa o transversalmente relacionados con el sector agroalimentario y con el desarrollo rural, así como de los aspectos clave de la ejecución de estos fondos: procedimientos de tramitación y acceso a estos fondos, niveles de co-financiación, instrumentos de colaboración público-privada.

España va a ser el segundo país de la Unión Europea que más fondos reciba del Mecanismo de Recuperación y Resiliencia de la UE, la principal línea de financiación del programa NextGenerationEU, instrumento de estímulo económico para impulsar la recuperación de los Estados Miembros aprobado por las instituciones de la Unión Europea en junio de 2020, como respuesta a la crisis generada por el coronavirus. A través de este mecanismo, España va a acceder a un total de 140.000 millones de euros entre 2021 y 2026, de los que alrededor de 70.000 millones serán en forma de transferencias y el resto en forma de préstamos. La ejecución de estos fondos en nuestro país se va a realizar siguiendo el Plan de Transformación, Recuperación y Resiliencia, elaborado y presentado por el Gobierno y aprobado la pasada semana por la Comisión Europea.

El seminario web se estructura en tres bloques. El de apertura, Plan de Transformación, Recuperación y Resiliencia: fundamentos y objetivos, será impartido por Francisco Javier Adell Almazán, Vocal Asesor de la Dirección General de Desarrollo Rural, Innovación y Formación Agroalimentaria del Ministerio de Agricultura, Pesca y Alimentación. En él se informará de las líneas de financiación para la ejecución del plan, de las áreas del mismo relacionadas con el sector agroalimentario y del papel de las Comunidades Autónomas y de los Ayuntamientos.

A continuación, bajo el título El sector agroalimentario, el desarrollo rural y los fondos de recuperación, José Moisés Martín, director de la consultora Red2Red, profundizará en las oportunidades que ofrecen los fondos en los ámbitos del sector agroalimentario y del desarrollo rural y abordará los retos que plantean a las empresas y los aspectos que, como potenciales beneficiarias, estas deben plantearse para el posible acceso y aprovechamiento de estos fondos.

Por último, el seminario se centrará en la Ejecución del Plan: periodo de programación, beneficiarios y formas de solicitud, acceso y ejecución de proyectos, ponencia con la que Enrique Coronas, Esther García y José Luis Fernández, expertos en ámbitos de digitalización, innovación y formación empresarial de la consultora Barrabés, informarán de los procedimientos de tramitación y acceso a estos fondos, de lo que las empresas deben tener en cuenta para planificar, solicitar y/o participar en posibles proyectos financiados con este mecanismo y aportarán claves para el diseño de proyectos que puedan optar a estos fondos, de acuerdo a los procedimientos mediante los cuales se van a ejecutar.

quinta-feira, 3 de junho de 2021

Ambev lança cervejas de aipim, com identidade territorial caipira, e ganha prêmio internacional

 

Por Rogerio Ruschel

A maior cervejaria do mundo lançou 5 cervejas locais, produzidas com aipim e caju de 10.000 agricultores familiares em cinco estados brasileiros, e engrossa o grupo de corporações globais que investem em produtos com identidade territorial.


Meu caro amigo ou amiga: quando escrevo aqui no In Vino Viajas, no meu Webcanal TNFDQ, nos meus livros ou em palestras sobre a importância dos produtos locais com identidade territorial, desenvolvidos a partir de patrimônio do território, muitas pessoas pensam que isso só se refere a pequenos produtos de pequenos produtores – tipo bananinha, paçoquinha, doce de batata. Pois este é um grande engano: gigantes globalizados também estão caminhando nesta direção, e a passos bem largos. A Ambev é agora mais um gigante neste grupo e – veja só - utilizando a popularíssima e boa mandioca!

A mandioca (Manihot esculenta) é uma planta nativa da America do Sul, a terceira maior fonte de carboidratos nos trópicos, depois do arroz e do milho. Muito simpática e popular, ela sempre foi cultivada por indígenas que tem diferentes lendas sobre sua origem; o folcorista Câmara Cascudo registra algumas delas e acredita que o nome mandioca vém de um mito da nação tupi sobre a Mani + oca, significando "casa de Mani".

A espécie “mansa” da mandioca alimenta mais de meio bilhão de pessoas no continente sulamericano e no Brasil tem vários nomes regionais como macaxeira, aipim, castelinha, uaipi, mandioca-doce, mandioca-mansa, maniva, maniveira, pão-de-pobre… Pois foi nesta planta que a Ambev foi buscar matéria-prima para fazer uma cerveja artesanal, de base local, com sabor exclusivo, para enfrentar a guerra das cervejas. Aliás, como você deve lembrar, antigamente a guerra das cervejas era entre a “Número 1” e a “cerveja para quem veio aqui pra beber e não pra conversar” – lembra? Pois agora é entre produtos globais, industrializados e pausterizados, e cervejas artesanais, locais, com sabores diferenciados.


A Ambev é a principal fabricante de cerveja do Brasil - e sua matriz, a Inbev, é a maior do mundo. Cada brasileiro consume em média seis litros de ceva por mês, o que nos dá o troféu de ser o terceiro país que mais consome cerveja no mundo, atrás da China e Estados Unidos. A Skol é a marca mais vendida, seguida pela Brahma e Antarctica, todas três marcas da Ambev que tem cêrca de 100 marcas em diferentes categorias. E agora passou a ter cervejas com identidade territorial. Sou suspeito para falar orque sou gaúcho, mas creio que a Cerveja Polar, criada no Rio Grande do Sul em 1929, e desde 1972 controlada pela Ambev, pode ser considerada com identidade territorial por causa da linguagem gauchesca que ela utiliza. Já escrevi sobre isso, veja aqui: https://wpconseld.com.br/invinoviajas/2018/04/conheca-a-polar/


Pois para completar o portfólio – e também para enfrentar o crescimento das cervejass artesanais - a Ambev investiu no desenvolvimento de cervejas de aipim, criando quatro rótulos de bebidas regionais: Magnífica, do Maranhão; Nossa, de Pernambuco; Legítima, do Ceará; e Esmera, de Goiás. Além do aipim, o caju também entrou na mira da Ambev e fez o quinto rótulo regional: a Berrió - do Piauí.

Para manter o ritmo de produção adequado, a empresa estea contando com uma rede de 10 mil produtores agrícolas gamiliares nesses estados, que vão garantir o fornecimento dos ingredients. E de quebra conseguiu movimentar a economia local, contribuindo com a redução da desigualdade social em áreas rurais. Por causa destes produtos a Ambev ganhou o prêmio Pandemic Response 2021 do World Changing Ideas Awards, promovido pela publicação americana de tecnologia, negócios e design Fast Company.

O projeto comprovou que as lavouras de cada região podem ser valorizadas e ao contrário da agricultura de exportação – o agribusiness – na agricultura familiar e no extrativismo os agricultores podem cultivar ingredientes nativos de sua região, permitindo a criação de novos produtos com origem e identidade local, como para estas cervejas. Aliás, estas cinco marcas de cervejas serão vendidas apenas nas regiões de produção.
 

Pois é: cervejas com aipim e caju – patrimônios territoriais e ancestrais – estão modernizando o sabor das cervejas da Ambev. E seguindo a trilha das cervejas artesanais, geram emprego e renda para pequenos produtores.

Isso não foi por acaso, a Ambev não é o único gigante global que está de olho na mega tendência de apostar nos produtos locais, mesmo sendo grandes players locais. A Sadia – maior produtor de proteina de frangos do mundo – lançou em 2019 o Bio, da Série Origens, o primeiro frango com nome e endereço do Brasil; veja aqui: https://www.invinoviajas.com/2020/03/sadia-bio-conheca-o-primeiro-frango/ ou aqui: https://invinoviajas.blogspot.com/2020/03/brasil-ja-tem-o-primeiro-frango-com.html


A Três Corações, talvez o maior produtor brasileiro e um dos gigantes da exportação de cafés, está investindo em produtos bem pequeninos, com a marca Rituais Cafés Especiais, uma clara declaração de amor à valorização da identidade territorial – veja aqui: https://www.invinoviajas.com/2020/09/porque/

O Pão de Açúcar, o maior varejista da America Latina, investe na comercialização de produtos pequenos e desconhecidos como a pimento Jiquitaia, produzida por cerca de 80 mulheres da tribo Baniwa, da Terra Indígena Alto Rio Negro, no Amazonas. E também vendee m algumas lojas o tucupi preto, a farinha de baru, pequenos queijos regionais, geléias de frutas amazônica e outros produtos territoriais minúsculos, produzidos por agricultura familiar, extrativistas ou grupos comunitários, que representam menos de 0,00000001 % da oferta do supermercado. Veja aqui: https://www.invinoviajas.com/2020/05/indias-baniwa-da-amazonia/ ou aqui: https://invinoviajas.blogspot.com/2020/05/porque-o-maior-varejista-da-america.html

Então, meu caro leitor ou leitora, não se espante ao ver cada vez mais produtores globais lançando produtos locais. E continue a ler In Vino Viajas – o blogue brasileiro que está à frente desta tendência – há muitos anos!!!!