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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Filó italiano abre a Vindima 2014 do Vale dos Vinhedos, Serra Gaúcha, Brasil, e a temporada de muita diversão até março


Por Rogerio Ruschel (*)

A Vindima 2014 no Vale dos Vinhedos, na Serra Gaúcha, principal região vinífera do Brasil, será aberta oficialmente neste sábado, dia 1º de fevereiro, com um filó italiano, uma festa com jogos (como o jogo de mora, na foto acima), brincadeiras, música e enogastronomia de qualidade: a alegria transborda, como dá pra ver nas fotos abaixo. É impossivel não se animar e porisso o número de visitantes no Vale dos Vinhedos cresceu de 45 mil turistas em 2001 para 283.240 pessoas em 2013, um aumento de 529% em 12 anos. E a expectativa para 2014 é de um crescimento de 10% a 15%, a começar já pela vindima, entre fevereiro e março, periodo no qual são esperados cerca de 70 mil visitantes. Nas fotos abaixo mais um pouco do animado filó italiano.

A razão do crescimento é simples: este é um belo passeio! O Vale dos Vinhedos foi eleito pela revista americana Wine Enthusiast (uma das mais influentes do mercado) como um dos 10 melhores destinos enoturísticos do mundo para se visitar em 2013. A lista reunia algumas regiões de enoturismo já consolidadas como Vale do Rio Douro (Portugal), Stellenbosch (África do Sul), Hunter Valley (Austrália), Monterey County, Califórnia (EUA) e Rioja (Espanha) - e o Vale dos Vinhedos (fotos abaixo - a primeira é da janela da Pousada Borghetto Sant'Anna) foi o único destino da América Latina selecionado.

A Vindima 2014 no Vale dos Vinhedos será aberta oficialmente neste sábado, dia 1º de fevereiro, com um evento que reunirá comunidade, autoridades e turistas. O programa inaugural inclui colheita (foto abaixo) e pisa das uvas no Parreiral Modelo, uma celebração religiosa e o filó italiano com degustação de vinhos e espumantes de vinícolas do Vale. 

O Filó italiano é um momento de oração, cultura, diversão, emoção, jogos e brincadeiras - um resgate cultural das tradições italianas que enriqueceram esta parte do sul do Brasil com música, roupas típicas, comida da boa (geralmente polenta, galeto como na foto abaixo, salsichão, batata frita, conservas, pães, queijos, salames, cucas, biscoitos, tortas, frutas, café, chá…) e muito vinho de qualidade. 

O evento de abertura, promovido pelo Hotel Villa Michelon com o apoio da Aprovale (Associação dos Produtores de Vinhos do Vale dos Vinhedos), inicia às 18hs no Parreiral Modelo no entorno do hotel e depois vai para o Salão da Comunidade do 8 da Graciema, onde acontece a bênção religiosa seguida pelo filó. Muito bem: agora você pode procurar agências de turismo, hotéis ou se agendar pela internet para curtir a vindima, que vai até a metade de março. Além das ofertas da programação completa (veja mais abaixo), aproveite para passear por um dos 14 roteiros do vinho e uva para ver arquitetura histórica como na foto abaixo. Para conhecer os roteiros acesse http://invinoviajas.blogspot.com.br/2013/11/segundo-salao-de-enoturismo-do-festuris.html

A programação da vindima 2014 é intensa, recheada de atrativos em vinícolas, restaurantes, hotéis, pousadas e cafés e os visitantes podem optar em participar de um dia de colheita com pisa das uvas, do colazione (típico café da manhã), curso de degustação de vinhos, almoços e jantares harmonizados com cardápios especiais, sabrage, visitas guiadas, piquenique nos vinhedos, chá da tarde.

Veja a programação completa no link http://migre.me/hqNjg

Fotos Gilmar Gomes e serviços turísticos

(*) Rogerio Ruschel é jornalista, enófilo e morou em Bento Gonçalves.

 



terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Os belos Vales Pasiegos da Cantabria, Espanha, terra do autêntico Sobao Pasiego, das Cavernas de Altamira e dos vinhos de la Tierra com a uva Godello


Por Rogerio Ruschel  (*)

“Suaves colinas, salpicadas de cabanas em um intenso verde: é aqui nos Vales Pasiegos, na Cantabria inalterada pelo tempo que habitam os pasiegos, gente simples e arraigada à terra que produz riquezas com trabalho e produtos naturais, como o sobão pasiego, a queijada pasiega e outros mais que vamos conhecer agora.” É assim que começa a reportagem “En busca del auténtico sobao pasiego”, da jornalista espanhola e basca Oihana Eraso Guisasola, que escreve e edita para a internet e para a televisão. O vídeo, que traz belas imagens e inspirou esta reportagem, pode ser visto aqui - www.agroviajeros.com

Veja aqui um pouco da beleza e cultura desta região encantadora – a começar pelas cabanas (acima e abaixo) que “salpicam as suaves Colinas da Cantábria”, como mostrou Oihana. 

 


A Cantábria é uma comunidade autonoma da Espanha, bem ao noroeste, vizinha do País Basco, Castela e Leão e Asturias, e de frente para o Golfo de Biscaia - veja em cor bem pink, no mapa abaixo. 

A capital é a cidade de Santander e as montanhas e colinas recebem um permanente clima oceânico úmido e muita chuva, o que permite o crescimento de muita (e bonita) vegetação. A geografia é dominada pelos Valles Pasiegos da Cantabria (veja mapa regional abaixo), tres grandes vales onde ainda se dá valor à terra e aos animais e onde são produzidos vinhos e biscoitos artesanais como o sobao e as quesadas de grande prestígio na Espanha e no exterior, que você vai conhecer aqui.

O sobao pasiego é um produto típico dos Valles Pasiegos, especialmente nas comunidades de Selaya, Vega de Pas, Villacarriedo y Alceda-Ontaneda e no noroeste da provincia de Burgos. Na receita original (que vem da Idade Média) os ingredientes eram massa de pão, açúcar e manteiga; em 1896 a massa de pão foi substituida por farinha e ovos, foram acrescentadas pitadas de sal, limão ralado e um pouco de rum e é assim que este tipo de bolo deve ser feito para ser qualificado com sua Identificação Geográfica Protegida (IGP) “Sobao Pasiego”, que protege o autêntico sobao pasiego desde 2004. 


Já a quesada pasiega é uma sobremesa típica dos Vales Pasiegos que tem como ingrediente básico o leite bovino coalhado (que vai dar base à quijada), ao qual se acrescenta manteiga, farinha de trigo, ovos e açúcar – além de aromatizadores como limão ralado e canela em pó. A massa já batida é colocada em moldes que vão para um forno a 180 graus durante mais ou menos uma hora, até ficar com a superficie dourada. O resultado final é um doce de leite e queijo com consistência de pudim e ligeiramente doce – uma delicia!


O Sobao e a Quesada pasiegos são alimentos com milenar tradição cultural, uma espécie de tradutores de identidade da região, algo assim como o pão de queijo de Minas Gerais, o churrasco do Rio Grande do Sul, o acarajé da Bahia, o Açai do Pará, a carne de sol de Pernambuco e outros quitutes que podem ser feitos em qualquer lugar do Brasil, mas que ficam melhores em suas regiões de origem. Na verdade estes produtos deveriam ter Identificação Geográfica Protegida (IGP), mas como ainda somos um povo que não tem interesse por sua própria cultura, temos que enfrentar problemas como com a marca “Açaí”, que desde março de 2001 se tornou uma marca registrada por uma empresa na União Européia.

Outras delicias da região são as conservas e marmeladas de frutas e legumes, pates vegetais, chutneys, pastas de frutas, queijos ecológicos (abaixo), iogurtes e mel. Esta grande atividade no ambiente rural produz cenas interessantes, como as registradas abaixo.



Os vinhos regionais da Cantábria tem duas denominações genéricas, aplicadas a vinhos de mesa:  "Vino de la Tierra Costa de Cantabria " e “Vino de la Tierra de Liébana”. “Carrales de Cayón” é a marca do vinho talvez mais conhecido dos Vales Pasiegos no Brasil; na verdade a produção de vinhos "de la Tierra" foi retomada em 2010, depois de 150 anos sem videiras no território (a foto abaixo mostra uma etiqueta do vinho das Bodegas Sel d'Aiz, da Calábria) .

Retomar a produção vinícola foi resultado de um esforço de produtores e agentes públicos produzindo vinhos baseados em castas como Albarinho, Riesling, Chardonnay, Treixadura e Ondarribi Zuri, todas brancas (foto abaixo, vinhedo de Bodegas Sel d'Aiz de Castillo Pedroso, Corvera de Toranzo) – mas especialmente com a uva branca Godello, que gera um vinho de grande qualidade frutado, aromatizado e amável na boca, com agradável retrogosto.

A atividade vinicola na Cantábria pode ser conhecida por turistas em cerca de 12 bodegas, como na Finca Las Araucaruas em Esles de Cayón.

E antes de terminar, só quero lembrar que, quando você for à Cantábria, não se esqueça de conhecer as cavernas de Altamira e outras, datadas entre 16.000 e 9.000  A.C., declaradas Patrimônio da Humanidade pela Unesco. É que a Cantábria é a região mais rica do mundo em sítios arqueológicos do Paleolítico Superior. Não existe comprovação científica (ainda), mas pesquisadores ainda vão descobrir que desde essa época os moradores já faziam seu sobao e sua quesada pasiegos…

Para saber mais: video em http://enoviajeros.wix.com/agroviajeros

Para saber mais: http://www.vallespasiegos.org/turismo/que-ver-y-que-hacer
Para ver mais fotos bonitas: 
Imagens do acervo da agroviajeros.com e de serviços de turismo de Valles Pasiegos e da Cantábira.
(*) Rogerio Ruschel é jornalista, enófilo e gosta das delicias da Cantábria




domingo, 26 de janeiro de 2014

Os impactos do Réchauffement de la Planète – a versão francesa do Aquecimento Global – no mundo do vinho



Por Rogerio Ruschel (*)

Sustentabilidade na taça -1.
A preocupação com o aquecimento global do planeta (o "Réchauffement de la Planète" em francês) em suas várias frentes também chegou ao mundo do vinho. A mudança da temperatura, do calor no solo, dos ventos e dos ciclos de chuva cria problemas e demanda soluções de técnicas agrícolas como a pesquisa por novas variedades de uvas e técnicas de cultura dos vinhedos (no cartum de Elizabeth Baddeley, do Willanette News, de Oregon, USA), como também no contexto da produção de vinhos mais “ecológicos”. É a sustentabilidade na cultura do vinho, procurando preservar na taça os aromas naturais da uva, identificados por degustadores e ilustrados neste poster abaixo. 


A Organização Internacional do Vinho (OIV) define viticultura sustentável como sendo uma "Abordagem global para sistemas de produção e processamento de uvas, envolvendo tanto a continuidade econômica das estruturas e territórios, a obtenção de produtos de qualidade, os riscos relacionados com o ambiente, a segurança dos produtos e a saúde dos consumidores, e da avaliação do equilíbrio econômico, histórico, cultural, ecológico e cênico." Ou seja, harmonia total, como se vê na foto abaixo. Na Espanha grandes produtores como Freixenet, Codorniú e Bodegas Regalia tem trabalhado com destaque neste assunto. 

Os franceses estão preocupados – ou pelo menos parece mesmo que estão. Uma das reações já é conhecida e está dando frutos no mercado: grupos espanhóis e franceses (ou de investidores globais com sede na Inglaterra, Estados Unidos ou paises árabes) vem adquirindo há mais de 15 anos grandes extensões de terras e propriedades no sul da América do Sul como na Patagonia Chilena e Argentina (veja abaixo) ou em outras fronteiras do novo mundo, por conta das macro-tendências climáticas. Conforme estudos científicos, com o aquecimento global estas regiões vão ficar cada vez quentes e mais interessantes como terroir para vinhedos de espécies adaptadas de vitis niviferas; em Mendoza, Argentina, a Merlot já tem personalidade própria.


Mas também trabalham na adaptação ao Réchauffement de la Planète (o Global Warming, Calentamiento Global ou Aquecimento Global em francês): um grupo reúne 23 laboratórios franceses num projeto batizado de Projet Laccave, para definir uma estratégia climática para a indústria. Os “laccavistas” trabalham com institutos de pesquisa para entender a evolução dos vinhedos diante do fenômeno e encontrar respostas para os viticultores, além de um conselho científico composto por especialistas da Europa, África e Américas, que também participa do trabalho. O objetivo é oferecer vinhos cada vez mais saudáveis para os consumidores no futuro – consumidores que hoje são ainda jovens e crianças com os quais já investe em programas de educação ambiental (veja fotos abaixo).



Em outra frente, a preocupação dos consumidores com a saúde também está provocando mudanças em termos de sustentabilidade. Em paralelo às pesquisas científicas o mercado vai ampliando a oferta por vinhos mais “ecológicos” por conta de noticias como esta que circulou em 2012 e sacudiu o mundo dos produtores: testes realizados com mais de 300 vinhos franceses descobriu que apenas 10% deles estavam limpos de quaisquer vestígios dos produtos químicos utilizados nos tratamentos dos vinhedos. E segundo consta, as vinícolas da Europa utilizam cerca de 30 mil produtos químicos diferentes, razão pela qual editoras publicam guias e estudos sobre produtos químicos e vinhos, como este abaixo da Vinatur.org.

Hoje você pode encontrar estes vinhos com apelos ecológicos em lojas ou restaurantes sem muita dificuldade - em outro post você vai ver isso em detalhes. Alguns são produzidos em vinhedos certificados como 100% ecológicos (ou próximo disso), outros não fazem nem mesmo a limpeza do “mato” (que na verdade não é “mato”) entre as mudas das videiras, como nesta foto abaixo, de um vinhedo espanhol. 

Se você se preocupa com o meio ambiente, estes rótulos são uma boa alternativa de consumo, desde, é claro, que ofereçam o que se espera de um bom vinho: sabor e boa relação custo/benefício. Mas na verdade,  um vinho “saudável” deve oferecer mais do que isso, como sintetizado no rótulo abaixo, que mostra que o produto contém "cultura ancestral, emoções, trabalho de familias, um modo de vida diferente, sulfitos naturais", etc e tal.

Esta tendência está crescendo mas ainda não chega a 10% da oferta global do produto porque é mais dificil e mais caro produzir vinhos sem a lógica da produção massiva que requer o uso de defensivos, pesticidas e produtos quimicos, e ainda dá mais trabalho. Mas existe um bônis: o modo "ecológico" permite obter-se uma produção de uvas com mais qualidade e cachos com uma melhor concentração de açucar (como estas "bonitonas" da foto abaixo) com as quais se pode fazer um vinho muito mais saudável.

Temos vinhos assim no mercado há mais de 30 anos e a produção de vinhos mais ecológicos vem crescendo om regularidade. São vinhos produzidos com Agricultura Racional, Cultura Biológica ou Orgânica, principios de Biodinâmica e vinhos Naturais. 

Em outro post você vai saber como se caracterizam estes tipos de “vinhos ecológicos”, conhecer um pouco mais sobre a legislação e a classificação deste vinhos. Até lá, um brinde a quem respeita a natureza.

Veja um bom exemplo de produção vinícola ecológica na Espanha em http://invinoviajas.blogspot.com.br/2013/09/enoturismo-inteligente-na-andaluzia.html

(*) Rogerio Ruschel é jornalista, enófilo e consultor especializado em sustentabilidade socioambiental.






sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Inovação: jovens designers da Catalunha criam tinta à base de vinho para rótulos de garrafas


Por Rogerio Ruschel (*)
Esta é mais uma história criativa e curiosa que cerca a cultura do vinho que se renova diariamente, mesmo tendo mais de 8.000 anos. Montserrat Raventos, Jordi Roca e Raimon Benach, três jovens designers da Ladyssenyadora Ink., um pequeno estúdio de criação gráfica e design de Vilafranca del Penedès, região vinícola da Catalunha, Espanha, fizeram um trabalho para um cliente e ganharam como pagamento 150 garrafas de vinho. Beberam o vinho? Não (ou não todas...); criaram um novo produto (uma tinta à base de vinho) e produziram vinhos exclusivos com marca própria, sem igual no mundo (veja abaixo).

Como bons espanhóis e catalões (ou catalões e espanhóis, provavelmente eles preferem nesta ordem), logo desejaram fazer uma tiragem de vinho com marca própria para promover a empresa. Mas como bons criativos decidiram fazer um produto no qual todos os materiais gráficos seriam feitos com os próprios componentes do vinho - o que significaria criar um processo de obtenção de tinta e impressão dos rótulos que até o momento ninguém tinha conseguido fazer, incluindo as gigantescas multinacionais do setor gráfico, do setor de tintas e as do setor vinícola. Veja abaixo os produtos prontos, sendo personalizados.

Em setembro de 2013 deles começaram as experiências e investiram mais de três meses no processo. Tentaram várias técnicas como serigrafia e tipografia, mas o excesso de água presente no vinho e o fato de que o papel enrugava inviabilizava o processo. 

Tentaram então desidratar o vinho, deixando-o ficar no telhado, secando no sol (veja abaixo), mas o pigmento resultante não ficava bom. Tentaram promover uma redução do vinho cozinhando-o em uma panela em fogo baixo - nada. Tentaram trabalhar o vinho com choques térmicos, ventiladores e fornos e até mesmo tentaram encher um cartucho de impressora com vinho. Nada funcionou.

Mas, como dizem, quem acredita sempre alcança. Quando já estavam desistindo da ideia e se preparavam para utilizar “tinta normal e impressão normal numa embalagem menos normal” um deles percebeu que em uma das bandejas utilizadas para desidratar o vinho que havia sido esquecida no telhado do estúdio tinha se formado um “muco roxo” que - adivinha! - se mostrou ser o ideal para impressão de rótulos e etiquetas com a cor e a textura desejadas. Sucesso: batizaram o processo de “tinta d vi” (abaixo, produto prponto), fizeram as tais garrafas de tinta e agora estão partindo para o registro do produto.

Graças à sua postura criativa os jovens designers da Ladyssenyadora Ink. estão apresentando ao mundo um processo inovador e ecológico que vai enriquecer a viticultura mundial. E fazem juz à região onde moram, a Catalunha, que já gerou artistas que não se resignavam com o convencional como Gaudí, Miró e Salvador Dali e onde Picasso encontrou ambiente para inventar o cubismo; onde nasceram e se criaram o tenor Josep Carreras e a soprano Montserrat Caballé. 
Catalunha, terra onde se produzem vinhos diferenciados e criativos com Denominações de Origem (DOs) respeitáveis como Penedès, Priorat, Costers del Segre (o vinho produzido), Cavas, Montsant, Conca de Barberá, Pla de Bages, Empordá-Costa Brava e até a DO Catalunya que mistura tudo e estabelece um pequeno caos ao querer explicar como os viticultores da região se organizam. Mas não precisamos entender, basta provar os vinhos, admirar a arte e ver como trabalham, como por exemplo, no caso de outro talento catalão, o Futbol Club Barcelona.
(*) Rogerio Ruschel é jornalista, enófilo e respeita o talento alheio