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segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Memórias da paixão pela terra e a tradição do Vinho Verde no Solar do Louredo, Alto Minho, Portugal, às portas de uma safra excepcional


Por Luís Pedro, texto (*) e Rogerio Ruschel, edição (*)

Meu prezado leitor ou leitora, entre os vinhos dos quais gosto muito estão os Vinhos Verdes de Portugal e Espanha. Estive na região em julho e fiz um verdadeiro curso intensivo para conhecer, entender e apreciar os Verdes (e acabei me apaixonando por tudo que vi...). Uma das visitas técnicas que fiz foi ao Solar do Louredo (fotos acima, abaixo e em toda a reportagem), que preserva uma vinha com 500 anos de idade e que já apresentei aos leitores aqui. Esta região do noroeste peninsular, em Viana do Castelo, Portugal, está colhendo uma safra excepcional este ano e fala-se - talvez com exagero - que 2015 poderia ser a “safra do século”. Pois então, para documentar um pouco a memória destas comunidades que resultam em vinhos tnao diferentes e exclusivos, convidei Luís Pedro, engenheiro pela Universidade do Minho e responsável pela comunicação do Solar do Louredo - e um apaixonado pelos Verdes, como eu – a nos revelar o porque de tanta alegria. Com a palavra meu amigo Luís Pedro.



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“São seculares as vindimas no Solar do Louredo e por séculos vem-se colhendo por aqui excelentes uvas para Vinhos Verdes de prestígio internacional. E este ano de 2015 revestem-se de uma enorme expectativa, pois tudo indica que será um ano de exceção, quer na qualidade, quer na quantidade. As fantásticas condições atmosféricas verificadas durante todo o ano fazem prever vinhos de uma qualidade impar. Há até quem fale na “Vindima do Século”.


Mas não é só o clima, a par das boas práticas agrícolas, que nos permitem especular sobre a qualidade dos próximos vinhos. É que no Vale do Lima, é ancestral a arte da vinificação dos Verdes, tendo sida apurada ao longo dos tempos. A Quinta do Solar do Louredo, data já do século XVII; ela espreguiça-se nas margens do Rio Lima, em pleno Alto Minho, em Geraz do Lima.

No passado aqui se instalaram reis e rainhas, trazendo as suas cortes, atraídos por estas terras ricas e férteis, fazendo assim frente a tempos adversos. Eram os “senhores”, geradores de trabalho, em troca de recompensas às gentes das Terras de Geraz. Dedicavam-se à produção de gado e à agricultura, iniciando-se também na produção de vinho para consumo próprio. 

É assim que nasce a tradição deste povo na produção de uvas e de vinhos. São vinhos únicos no mundo, exclusivos de Geraz do Lima, vinificados essencialmente a partir das castas Loureiro (acima), Trajadura e Vinhão (abaixo), que aqui crescem e abundam em condições muito peculiares de solo e de clima. Os solos apresentam uma diferenciação de perfil muito exclusiva, extremamente ricos em minerais, numa combinação aleatória de solos argilosos e de piçarra. Resultam das contribuição das chuvas que arrastam consigo os constituintes das montanhas, e das cheias que aqui fazem chegar o material dos rios.

Quanto ao clima, ele também assume caraterísticas de exceção. Resulta de um choque entre o clima do atlântico (muito frio e húmido) que vem do mar em direção ao interior, e do clima do interior (mais temperado e seco) que vai em direção ao mar, fazendo do rio a sua estrada. Este choque produz, aqui, um micro clima propício para o cultivo das castas brancas Loureiro e Trajadura que maduram a temperaturas suaves, fornecendo muito aroma aos vinhos e uma acidez rica e extremamente equilibrada. Esta combinação de solos e de clima confere aos vinhos produzidos na região e no Solar do Louredo características exclusivas, diferentes de todos os outros.

As gentes de Geraz conhecem as suas terras e o seu clima como ninguém. Especializaram-se na vinicultura ao longo dos séculos através da sua sabedoria empírica e os enólogos do Solar do Louredo respeitaram desde logo o conhecimento dos antepassados. Tiveram a preocupação de falar com as pessoas mais velhas, de perceber essa sabedoria ligada à plantação, à rega e à poda. A sua relação com as luas e com as marés. Coisas que as populações não sabiam explicar, mas que davam certo. Conhecimento acumulado e aperfeiçoado ao longo dos séculos que lhes permitiu obter as melhores uvas.

Hoje a ciência explica o porquê desses resultados… Então, se a essa sabedoria juntarmos a melhor tecnologia disponível para vinificar, conseguimos elevar o potencial da nossa matéria-prima que é a uva. Assim, não será necessário proceder a grandes correções enológicas na adega para conseguirmos grandes vinhos, tal qual um chefe de cozinha não precisa de grandes transformações se trabalhar com bons ingredientes.  Abaixo dois dos produtos da casa.


No Solar do Louredo alia-se tradição à inovação, o conhecimento empírico ao científico, somando a investigação universitária. E as uvas são provenientes de vinhas em modo de produção integrada, através da gestão racional dos recursos naturais e conservação do ecossistema agrário, contribuindo assim para uma agricultura sustentável – como na foto abaixo, um mini-aqueduto centenário. Se a tudo isto somarmos então as condições meteorológicas raras que marcaram o último ano agrícola, que agora estamos colhendo, estamos então a falar duma colheita de referência: a uva apresentou um excelente desenvolvimento ao longo de todo o ciclo vegetativo, resultando teores de açúcar que indicam a maturação óptima da colheita. Uma colheita notável!

O Solar do Louredo prevê com esta vindima duplicar a sua produção, reafirmando a sua missão em produzir os melhores Verdes do mundo. Até a colheita de 2015 estar disponível no mercado, o foco é o Vinho Verde Tinto Solar da Videira (abaixo), um tinto de fusão, de acidez totalmente controlada e final feliz a ameixas vermelhas maduras e notas de chocolate que é uma homenagem à Videira dos 500 anos, a mais antiga de Portugal, a tal que resistiu a Napoleão, às duas grandes guerras mundiais e ainda sobreviveu à Filoxera, praga que devastou a Europa a partir do ano de 1860. (na foto abaixo)".


--> Saiba mais sobre  o Solar do Louredo aqui: http://solardolouredo.com/
(*) Luís Pedro é licenciado em engenharia pela Universidade do Minho, em Portugal, trabalhou com franchising em Portugal, fez parte do corpo redatorial de revistas como a Franchising & New Business e Negócios e Franchising e participou nos programas de internacionalização de marcas. Desde 2014 é Dreamer no Solar do Louredo, respondendo pelos departamentos de Comunicação e Estratégia, desenvolvendo os programas de enoturismo, promoção da marca, imagem, eventos e novos mercados.   
(*) Rogerio Ruschel é editor de In Vino Viajas


terça-feira, 13 de outubro de 2015

Conheça o sobreiro mais velho do mundo, que há 231 anos produz cortiça no Alentejo, Portugal, e mostra que dinheiro dá em árvores


Por Rogerio Ruschel (*)
Meu prezado leitor ou leitora, dizem que dinheiro não dá em árvore, mas conheça aqui a “The Whistler Tree”, uma árvore que está há mais de duzentos anos dando uma grande contribuição econômica (além de ecológica, social e cultural) ao negócio da vinicultura em Portugal: o mais velho sobreiro do mundo, há 231 anos produzindo cortiça!

O sobreiro (quercus suber) é uma espécie de carvalho de cuja casca se produz a cortiça (foto acima), um dos poucos materiais construtivos do mundo que é 100% natural, 100% ecológico e 100% reciclável. A cortiça tem sido utilizada para selar garrafas de vinho por quase cinco séculos e é produzida a partir da casca desta árvore (veja abaixo) que cresce em clima mediterrâneo na Espanha, Argélia mas especialmente em Portugal, que é produtor de 53% da cortiça do mundo, especialmente na região do Alentejo.

A cortiça é retirada de nove em nove anos das árvores mais velhas, e até de 12 em 12 anos quando são mais jovens. Os cientistas afirmam que um sobreiro muito produtivo rende cerca de 4.000 rolhas em cada colheita, em média. Pois bem: em Portugal fica a “The Whistler Tree” (árvore do assobio em livre tradução, porque em sua copa ficam muitos pásssaros), com 231 anos comprovados e ainda uma magnífica produtora de cortiça: na safra de 2000 ela rendeu 825 quilos de cortiça bruta, o suficiente para produzir 100.000 rolhas para garrafas de vinho! É espantoso: são  25.000 % a mais do que uma árvore comum! A próxima colheita da fantástica bi-centenária árvore será em 2018. Veja abaixo o processo de retirada da casca de cortiça e um depósito de cortiça bruta.

Espécie protegida por lei em Portugal desde a Idade Média, além de seu grande valor econômico, o sobreiro tem importantes funções ecológicas. Em Portugal cerca de 730 mil hectares de Montado de Sobro (nome do bioma que abriga o sobreiros) formam um santuário de biodiversidade que protege mais de 60 espécies de aves, 24 de répteis e anfibios, 37 mamíferos e centenas de espécies de plantas. – veja abaixo um bosque destes. 

Como é uma árvore grande e alta (chega a atingir 25 metros de altura) e tem uma longa vida, o sobreiro estabiliza os ciclos naturais, ajuda a preservar o solo, recicla nutrientes e água, produz matéria orgânica em bom volume, reduz a velocidade dos ventos e pelo fato da cortiça ser um ótimo isolante, ajuda a evitar incêndios florestais. Realmente esta árvore merece um brinde: tim-tim, dona Whistler.
Conheça a videira com 500 anos da Quinta do Louredo, na rota dos vinhos verdes, Portugal - http://invinoviajas.blogspot.com.br/2015/09/conheca-videira-com-500-anos-da-quinta.html

Conheça um vinhedo com 200 na França que virou patrimônio cultural em http://invinoviajas.blogspot.com.br/2014/11/vinhedo-frances-de-200-anos-vira.html
(*) Rogerio Ruschel é editor de In Vino Viajas desdeSão Paulo, Brasil, onde não existem bosques de sobreiros, mas cortiça não falta...

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Conheça a alcachofra, a elegante e deliciosa especiaria europeia já incluída na culinária brasileira, e sua maior festa no Brasil, em São Roque, na Grande São Paulo


Por Sandro Marcelo Cobello (texto) e Rogerio Ruschel (editor)*
Meu prezado leitor ou leitora, espero que você não esteja com fome porque vou falar de comida. Na verdade, de uma especiaria européia, uma exuberância gastronômica que a cada dia tem mais adoradores, uma flor comestível chamada alcachofra que na cidade de São Roque já faz parte da merenda escolar. E como sei que você tem bom gosto, anote para não esquecer: de 2 de outubro a 2 de novembro a alcachofra tem sua maior festa no Brasil, em São Roque, a 60 quilometros de São Paulo: no ano passado a cidade recebeu 80 mil pessoas em quatro fins de semana, que conheceram também licores, patês e molhos de alcachofra - um mundo de iguarias. Saiba mais no fim desta reportagem.

Como sei que você é exigente, para lhe apresentar a história da alcachofra, In Vino Viajas convidou um dos maiores especialistas sobre o assunto no Brasil, Sandro Marcelo Cobello, ex-secretário de turismo da cidade de São Roque e um conhecido consultor de Turismo Rural. Sandro é o tipo do cara que participa de eventos sobre turismo rural, enoturismo e faz palestras sobre alcachofra – além de prepará-las e comê-las muito bem porque se criou dentro de um restaurante especializado em alcachofras. Com a  palavra, Sandro Cobello.

“De origem mediterrânea, a alcachofra é uma flor comestível consumida no seu período de inflorescência (quando dá botão, veja acima), tem como principais produtores e consumidores países europeus como Espanha, Itália e França, mas também é  cultivada na África, e nas Américas, principalmente Estados Unidos, Peru e Argentina.

No Brasil foi introduzida pelos imigrantes europeus como produto para consumo próprio, e na região metropolitana de São Paulo, encontrou terreno ideal para cultivo. Hoje três cidades – Piedade, Ibiúna e São Roque – produzem 90% do cultivo nacional. Cada vez mais vem sendo procurada por pessoas de bom gosto e boas alcachofras – naturais ou em conserva – podem ser encontradas em feiras livres, supermercados e em bons restaurantes (abaixo, um quitute: alcachofra gratinada com queijo gorgonzola).

A alcachofra tem diversas variedades e a mais cultivada aqui no Brasil é a denominada “alcachofra-roxa-de-são-roque” que tem um tom característico roxo porque durante o período anterior a colheita ficam cobertas com jornal ou papel para adquirir esta charmosa coloração (veja na foto abaixo). Apesar de São Roque já não contar mais com as maiores áreas de cultivo, é a cidade que mantém a mais forte tradição do cultivo da flor, realizando uma festa enorme no mês de outubro. Na mesma região do conhecido Roteiro do Vinho, Gastronomia & Lazer da cidade também é possível visitar belas áreas de cultivo da flor bem como saborear uma infinidade de pratos, conservas e quitutes. Outra curiosidade: há mais de uma dezena de anos a cidade conta com área de cultivo do departamento de educação onde as merendeiras da cidade são preparadas para elaborar pratos com alcachofra para os alunos da rede pública.

Por se tratar de uma flor, o período de colheita é basicamente na Primavera (de setembro a novembro), mas com as novas técnicas de plantio já é possível ter a oportunidade de ver as lavouras de alcachofras cultivadas com carinho por produtores que após períodos de estagnação no cultivo de uvas, resolveram substituir seus vinhedos, tendo obtido interessantes resultados pelo forte valor comercial da flor. Alguns destes produtores desenvolveram formas de agregar valor com a instalação de empresas para elaboração de conservas (abaixo), congelados e derivados da flor que podem ser encontrados na Festa de São Roque.

Dois locais na Estrada do Vinho em São Roque se destacam com a alcachofra – Alcachofras Bom Sucesso e a Cantina Tia Lina. A Alcachofras Bom Sucesso conta com estrutura para visitação à área de plantio realizado pelos proprietários Ana Lídia e Juca, que atenciosamente recebem os visitantes e realizam também palestras, workshops e visita guiada a área de cultivo com possibilidade de conhecer um pouco da história dessa flor comestível bem como depois saber o modo de preparo e degustação de uma infinidade de produtos elaborados como patê de alcachofra, alcachofra em conservas no azeite, com condimentos, quiches, esfihas, sopas.

A Cantina Tia Lina é o primeiro restaurante do Roteiro do Vinho, implantado no ano de 1999. A “tia” Lina Sgueglia de Góes introduziu as alcachofras cultivadas na região em suas massas artesanais e risotos elaborados com todo esmero pela família e tendo o rondeli 4 queijos com fundo de alcachofra seu carro chefe e durante o período da safra da alcachofra de agosto à setembro conta com pratos elaborados com a flor da alcachofra como ao alho e óleo e recheadas – na foto abaixo, alcachofra a romana.

Durante os meses de julho a novembro, a agência de turismo receptivo de São Roque realiza um trabalho pioneiro de visita guiada as áreas de plantio de alcachofra onde será possível conhecer o processo de cultivo, elaboração de pratos e degustação de produtos feitos à base de alcachofra, bem como possibilidade de grupos organizados também para realização de almoços com pratos à base dessa flor ainda desconhecida pelos brasileiros, mas cada vez mais surpreende os mais diferentes paladares.

Pois vou acrescentar ao texto do Sandro o que um médico amigo meu me disse: por conter uma substância denominada cinarina (componente químico ativo que confere sabor amargo), a alcachofra estimula o aumento do fluxo biliar, melhorando as funções do fígado e ajuda a prevenir várias doenças hepáticas. A alcachofra também tem sido muito eficaz no combate as gorduras, e por isto ela é inclusa em muitas dietas para perda de peso.
Saiba mais sobre a Festa de Snao Roque que inclui a Festa da Alcachofra em: http://www.exposaoroque.com.br/index.html
 (*) Rogerio Ruschel é ditor de In Vino Viajas em São Paulo, Brasil, e gosta muuuuuito de alcachofras. Sandro Marcelo Cobello, Consultor de Mercado em Turismo Rural: smcbrazil@hotmail.com e vinhodesaoroque@ig.com.br e fone 11-9-9697-1514 (Vivo)


segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Reguengos de Monsaraz, a Cidade Européia do Vinho de 2015, reúne especialistas em Conferência Internacional do Vinho e da Vinha em Portugal


Por Rogerio Ruschel (*)
Meu prezado leitor ou leitora, como diz o ditado, quem planta, colhe e quem trabalha duro, conquista. Pois isso está sendo confirmado por Reguengos de Monsaraz especialmente este ano de 2015 e você vai saber porque. Reguengos de Monsaraz é uma cidade com 7.500 habitantes, vizinha de Monsaraz, a conhecida cidade medieval do distrito de Évora, no Alentejo, Portugal, a 170 Km de Lisboa, que tem um gigantesco patrimônio histórico e cultural e uma enorme tradição como pólo de vitivinicultora.

Por causa disso a cidade foi nomeada a Cidade Européia do Vinho em 2015 pela RECEVIN - Rede de Cidades Europeias do Vinho – um título ao qual dezenas de cidades competem todos os anos, porque ser a cidade europeia do vinho significa uma grande responsabilidade com o título e uma grande oportunidade de divulgação da paisagem, economia, gastronomia e patrimônio da cidade.

Na região, além das famosas muralhas do Castelo de Monsaraz, o turista pode conhecer monumentos megalíticos de até 5.000 anos AC (como a Anta 2 Olival da Pêga, acima), cisternas, aquedutos e templos romanos; conventos (como o Convento da Orada, abaixo), ermidas e igrejas; fortes, palácios, parques, castelos e museus. Literalmente trata-se de um museu a céu aberto, um prato cheio os leitores de In Vino Viajas que privilegiam turismo de qualidade. Veja imagens de algumas destas atrações ao longo desta reportagem.

E sobre vinhos, meu caro leitor ou leitora, fique sabendo que a tradição vinícola é de origem milenar com as uvas autóctones Touriga Nacional, Trincadeira, Aragonez, Antão Vaz e Roupeiro, entre outras uvas do Alentejo. Lá estão muitas vinícolas, entre as quais duas importantes vinicolas portuguesas conhecidas no Brasil por seus produtos, a Herdade do Esporão, e a CARMIM - Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz. Na foto abaixo, um dos vinhedos da região, da Herdadinha – Ervideira.

Estas vinícolas, ao lado de outras como Ervideira, Monte dos Perdigões e Adega do Calisto, integram uma das Rotas do Vinho do Alentejo neste região (veja no mapa abaixo), ao lado de outras 61 adegas que oferecem muitos serviços aos visitantes, desde as clássicas visita às vinhas e adega e degustações, a visitas a patrimônios históricos, passeios a pé, de bicicleta e de carro, cursos, serviços de gastronomia regional e até hospedagem em hotéis rurais que mostram o charme e a tranquilidade alentejana como a do Lago de Alqueva ao amanhecer, na foto abaixo.

E como todos os portugueses que tratam o turismo com muita seriedade, como se não bastasse este enorme acervo, para atrair turistas e posicionar-se com clareza no cenário português e europeu de turismo, Reguengos de Monsaraz vem realizando, ao longo de 2015, uma série de eventos culturais, turísticos, folclóricos e técnicos. Um deles é a Conferência Internacional do Vinho e da Vinha, que nos dias 14 a 15 de outubro vai reunir no Pavilhão Multiusos do Parque de Feiras e Exposições, tanto nas mesas como na platéia, especialistas em Viticultura, Enologia, Enoturismo, Marketing & Comercialização, Social Media e Marketing Digital de Portugal, Espanha, Estados Unidos, Itália e Brasil.  Na foto abaixo, a Porta de Évora, em Monsaraz.

Os visitantes serão recebidos por José Gabriel Calixto, Presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz (o mesmo que prefeito no Brasil) e sua gentil equipe. Entre os palestrantes estarão especialistas em vinicultura e enologia como António Magalhães, Chefe de Viticultura da The Fladgate Partnership, um conhecido produtor de vinhos do Porto; Fernando Namora, professor da Faculdade de Enología de Tarragona, Espanha; José Rafael Marques da Silva e Maria João Cabrita, Professores de Viticultura da Universidade de Évora; Manuel Malfeito Ferreira, Professor do Instituto Superior de Agronomia e Rui Flores, Gestor Agrícola da Herdade do Esporão. Na foto abaixo, a Ermida de São Bento.

Os especialistas em marketing e comunicação já confirmados que estarão contribuindo são Nuno Vale, Diretor de Marketing da ViniPortugal, a entidade que dirige o programa Wines of Portugal, muito ativo no Brasil e em outros mercados internacionais; Ana Sofia Oliveria, da The Wine Agency; Anibal Coutinho, do blog w-anibal.com; João Afonso, Redator da Revista de Vinhos e Rogerio Ruschel, Jornalista, Diretor e editor do blog In Vino Viajas, que você está lendo. Na foto abaixo, antigos celeiros (Edifício Jardim Universidade).


Para contribuir com o debate sobre turismo e enoturismo estarão participando Cláudia Ferreira, Diretora de Enoturismo da Quinta do Vallado; Jane Gregg, especialista em Food and Wine Tours in Spain & Portugal da Epicurean Ways; Vitor Silva, Presidente da Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo e José Miguel Sarmento, titular de Gastronomia e Vinhos do Departamento de Desenvolvimento e Inovação, da Turismo de Portugal, agência nacional de turismo do país.

O evento vai reunir importantes lideranças institucionais portuguesas como Francisco Toscano Rico, Vice-presidente do Instituto da Vinha e do Vinho; José Arruda, Secretário Geral da Associação dos Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) e diretor da Associação Internacional de Enoturismo (Aenotur); Dora Simões, Presidente da Comissão Vitivinícola da Região do Alentejo; Francisco Murteira, Diretor da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Alentejo; Pietro Iadanza, Presidente da Recevin; Roberto Pereria Grilo, Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo; Vasco D’Avillez, Presidente da Comissão Vitivinícola da Região dos Vinhos de LISBOA. Pedro Magalhães Ribeiro, Presidente da Associação dos Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) ainda não confirmou sua presença.  Abaixo, oliveiras centenárias no Olival da Pêga.

Meu querido leitor ou leitora, estarei lá participando do Cojngresso e prometo que na volta vou mostrar muito mais sobre as belezas de Reguengos de Monsaraz para ajudá-lo a preparar sua visita à Cidade Européia do Vinho. Por enquanto, para saber mais sobre o evento acesse http://www.conferenciasdereguengos.com

(*) Rogerio Ruschel é editor de In Vino Viajas em São Paulo, Brasil, e admira Reguengos de Monsaraz há muito tempo; agora vai poder conhecer a cidade pessoalmente para apresentá-la a seus leitores. Fotos Divulgação

 




sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Primavera na Rota dos Espumantes, Garibaldi, Brasil, tem cenários de cinema, comida, bebida e gente muito especiais – e um concurso de fotografia para você mostrar seu talento


Por Rogerio Ruschel (*)
Meu estimado leitor ou leitora, se você sempre pensou em conhecer a serra gaúcha, aqui está uma ótima oportunidade: curtir a primavera em Garibaldi e ainda ganhar prêmios. Garibaldi é uma simpática, charmosa e muito civilizada cidade da serra gaúcha, que integra o Vale dos Vinhedos – a primeira Denominação de Origem de vinhos do Brasil – e é a capital dos espumantes brasileiro.

É possivel que você já conheça Garibaldi do cinema, porque muitos filmes e obras para a televisão (como “Real Beleza”, “Senhores da Guerra” e “O filme da minha vida”) e comerciais de publicidade tem sido feitos lá por causa das belezas naturais, da herança cultural valiosa e preservada e também porque a cidade tem uma das mais ativas agências de Film Commission do Brasil, liderada pela secretária de Cultura e Turismo da cidade, Ivane Fávero. A cidade tem até um trenzinho Maria-Fumaça para alegria de adultos e crianças (foto abaixo).

Localizada a 105 quilômetros de Porto Alegre e 640 metros de altitude, foi colonizada por imigrantes italianos, teve forte influência da cultura francesa, transmitida pelas congregações religiosas de origem francesa, responsáveis pela educação dos habitantes, durante décadas, e recebeu imigrantes sírio-libaneses. Por todas essas influências come-se e bebe-se de maneira inesquecível em Garibaldi.
Pois agora, além de curtir tudo isso, e fotografar para nunca mais esquecer, você vai poder participar de um concurso fotográfico promovido pela Prefeitura de Garibaldi e pela Associação dos Vinicultores de Garibaldi (Aviga) e ganhar bons prêmios. A ação faz parte do plano estratégico de ações elaborado pelos associados da Aviga, com apoio do Sebrae/RS. As inscrições estão abertas até 10 de novembro. O 1º lugar receberá como premiação uma caixa de espumantes com seis unidades, um Passeio de Maria Fumaça, uma hospedagem e um jantar para casal no Castello Benvenutti. Os 2º e 3º lugares receberão uma caixa de espumantes da Rota dos Espumantes. Aproveite para conhecer o Museu da cidade para ver peças como as da foto abaixo.

Na abertura do concurso, Mário Verzeletti, coordenador da Rota dos Espumantes, reforçou a importância de atividades diferenciadas para valorizar o roteiro. “Cada iniciativa, pensada e planejada em conjunto, consegue divulgar e fortalecer nossa Rota”. Na foto abaixo um detalhe da Vinícola Peterlongo, que comemora 100 anos em 2015.

A secretária de Turismo e Cultura, Ivane Fávero, destacou a importância da articulação e a participação efetiva dos empreendimentos que fazem parte do grupo. “A Rota ganhou nova vida, novos ares, e com essas iniciativas fortalecemos o trade turístico e a Capital Brasileira do Espumante”, acredita.

O regulamento completo pode ser baixado no link: http://migre.me/rEXXr
Rogerio Ruschel (*) é editor de In Vino Viajas em São Paulo, mas por benção divina é gaucho e já morou na Serra Gaúcha. Fotos divulgação da Secretaria de Cultura e Turismo de Garibaldi