Por Rogerio Ruschel (*)
“Uma
vinícola única em um lugar único, Petra recebe do céu e da terra um misterioso
segredo, e a
terra e o céu retransmitem este segredo através da produção de vinhos que tem a
alma Toscana de Maremma e o espírito que fala dos segredos de uma língua antiga
dos etruscos”.
Meu prezado leitor ou leitora,
você pode achar essa frase de apresentação da empresa um pouco exagerada, mas
tudo que cerca a Petra Winery (ou Vini Petra, em italiano) é mesmo diferenciado
– incluindo suas caves, como se pode ver nas fotos abaixo.
Segundo os proprietários, Vittorio e Francesca Moretti, “o vinho tinha que estar em sintonia com as vozes e a presença mágica de antigos e misteriosos moradores da região, os etruscos e gregos. E tinha também que estar harmonizado com as forças do terreno acidentado e em sintonia com a paixão de juntar a terra e o céu.”
O projeto de Botta me lembra o espírito religioso dos
antigos egípcios, que com as pirâmides queriam chegar aos deuses. O arquiteto observou
o contraste entre os desenhos geométricos das vinhas e da natureza orográfica
ondulado do solo (veja abaixo); em seguida, acrescentou o seu próprio design
aerodinâmico que destaca a medida, a beleza e a profundidade da paisagem.
E para harmonizar tudo fez uma escadaria com 141 degraus
(fotos abaixo) que permite que a terra encontre o céu – que as uvas do terroir toscano se realizem encontrando segredos
etruscos e gregos milenares (e que o visitante contemple toda a beleza da região). O arquiteto disse que “Cultivar vinhedos requer uma visão ampla, que se prolonga no tempo durante um período de
muitas décadas, e requer monitoramento da paisagem onde o território não tolera
a incerteza ou aproximações”.
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Segundo Moretti, “Como nossa empresa se propõe a produzir vinhos de qualidade
com profundo respeito à
natureza, nos sentimos obrigados
a ter um projeto de longo prazo que excluisse qualquer forma de especulação, de
curta duração. A terra
é um ativo a ser salvaguardado e é também a base sólida sólida sobre a qual crescem
habilidades, emoções e sonhos. É por isso que o
nosso grupo é chamado Terra Moretti e por que, aqui na Toscana, escolhemos
locais antigos para os vinhedos, sem procurar lugares que estejam na moda, mas
sim locais onde possamos construir o nosso futuro e de nossa comunidade.”
Veja abaixo detalhes do projeto, incluindo o acesso aos barris de
envelhecimento e área de degustação.
(*) Rogerio Ruschel é editor de In Vino Viajas em São Paulo, Brasil, e acredita que bons vinhos podem ajudar a encontrar o caminho dos deuses da alegria
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