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terça-feira, 25 de agosto de 2015

Jovens espanhois criam vinho de cor azul índigo para “reinventar tradições”; será que harmoniza com uma saladinha de Smurfs?



Por Rogerio Ruschel (*)
Um grupo de seis jovens empresários do Pais Basco, Espanha, desenvolveu e lançou no mercado um vinho para “mudar as coisas”: um vinho na cor azul, de um azul muito bonito que tem atraído artistas e espantado as pessoas que o degustaram em testes cegos (veja abaixo).

Os jovens empreendedores pensaram no produto em 2013, e com o apoio da Universidade do País Basco (UPV) e do departamento de pesquisa de alimentos da agência de tecnologia do governo basco Azti Tecnalia, decidiram fazer alguma coisa diferente. "Nós éramos seis jovens rapazes, com idades entre 22 e 28 anos, que estavam procurando por um produto que nós pudéssemos representar ou fazer. Algo novo, inovador, revolucionário, rebelde, se você quiser chamá-lo assim. Não temos nada a ver com o mundo do vinho, não tínhamos nenhuma relação com o setor.” disse Vitoria Imanol Lopez. “E acabamos pensando em um vinho azul, um vinho rebelde. Por quê azul? Por que não?".


O processo levou dois anos até que chegassem ao Gik, nome que deram ao vinho, que teve suas primeira garrafas degustadas em dezembro de 2014. Eles utilizam uvas tintas e brancas da região de Bierzo, Espanha, e a cor azul foi obtida através de um processo tecnológico de pigmentação, que, segundo dizem, não altera o sabor do vinho que ficou "doce, muito diferente de qualquer vinho tradicional, e com teor alcoólico de 11,5 graus". Delicado, parece que tem agradado mulheres.


Embora pareça um vinho desenvolvido para harmonizar com calças jeans ou com uma saladinha de Smurfs, os criadores acreditam que o Gik foi feito para quem quiser experimentar algo novo. No site onde o produto é vendido eles dizem simplesmente isso: “Al beber Gïk, estás bebiendo la posibilidad de crear tus propias normas. Estás reinventando tradiciones. Por eso, no te vamos a decir cómo beber el vino. No te vamos a decir con qué combinarlo, dónde ni cuándo disfrutar de él. No queremos que hagas un curso de cata, ni obligarte a estudiar la biblia de la enología. Sólo disfruta.”

Poder ser uma modinha passageira como o restaurante parisiense que serve vinho em mamadeiras, mas neste sentido os criadores tem o meu apoio: finalmente um vinho para beber, sem ter que se preocupar excessivamente com técnicas de degustação. Uma garrafa está custando um pouco mais de oito Euros, o preço de um bom vinho espanhol do tipo “convencional” como um bom Rioja . Conheça o vinho em https://gik.blue/  Enfim, brindo à coragem de pensar de maneira diferente porque o mundo do vinho está mesmo cheio de mesmices e chatices.
(*) Rogerio Ruschel é editor de In Vino Viajas em São Paulo, Brasil, onde os vinhos ainda são tintos, brancos, rosé ou espumantes;
--> às vezes algum laranja...

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