Por
Rogerio Ruschel (*)
Se você quiser acompanhar a colheita de uvas este ano na Alemanha, poderá
ter um bom ano, porque a safra promete ser muito boa. O vinho alemão difere dos vinhos de outros países porque é leve, alegre e
frutado, graças a condições climáticas e geológicas únicas da Alemanha.
O país tem 102.000 hectares de vinhedos em 13 regiões vinícolas
concentradas no sul e parte do sudoeste da Alemanha, com a exceção de Saale-Unstrut
e Sachsen, que fica no leste
(veja o mapa abaixo). A diversidade do vinho alemão decorre dos muitos tipos
de solo (os terroirs) e de variedades de uva e embora a Alemanha seja conhecida por seus vinhos brancos, não há um
tipo de "uniforme"
ou estilo de vinho alemão.
E a safra 2014 já começou em
muitas das regiões vitícolas da
Alemanha (acima) para variedades de
maturação precoce como Müller-Thurgau
(uma variedade de uva branca que
foi criada por Hermann Müller no
Cantão Suiço de Thurgau, em 1882 – veja foto abaixo) e a Dornfelder (uva tinta criada a partir do cruzamento das espécies
Helfensteiner e Heroldrebe, usada para blends). Segundo relatório do Instituto
Alemão do Vinho (DWI) os produtores estão muito
otimistas com a nova safra.
O clima tem sido simpático. Enquanto em Julho uma frente quente inicialmente favoreceu
o crescimento e desenvolvimento das
videiras até antes do previsto,
o mes de agosto foi mais frio e úmido do que o normal e abrandou as coisas. Apesar
das flutuações, as uvas estão maturando de maneira
encorajadora e as condições climáticas de setembro
permanecem promissoras para as fases finais de maturação, com dias
ensolarados e quentes e noites frias que ajudam o desenvolvimento do aroma nas bagas.
Todos estão cruzando os dedos para que as condições
amenas de sol se estendam pelas proximas semanas e os produtores de vinho estão prevendo em setembro uma boa colheita
para variedades de
maturação tardia como Riesling. Já
as uvas para vinhos mais top de mercado continuarão
sua fase de amadurecimento até novembro.
Se não acontecer
nenhum incidente climático, os rendimentos médios em toda a Alemanha deverão exceder ligeiramente a média anual de longa data de 9,1 milhões
de hectolitros de mosto. O que é ótimo, porque no ano passado os baixos rendimentos, de apenas 8,4 milhões
de hectolitros de mosto, ficaram
8% abaixo da média anual. Um brinde a isso, para que possamos
beber ótimos vinhos alemães em 2016, 2017, 2018...
Olá Tailaina, tudo bem? Meu e-mai é rruschel@uol.com.br
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