Por Rogerio Ruschel (*)
O Vinhedo do Mundo é parte do Ecomuseu da Cultura do Vinho, uma iniciativa do
Instituto R. Dal Pizzol com o apoio da Embrapa na Rota Cantinas Históricas, em
Faria Lemos, Bento Gonçalves, sul do Brasil. Trata-se do plantio em uma área especial de diferentes espécies de uvas
(e o mundo tem mais de 3.000 espécies catalogadas produzindo) que a cada ano
aumenta.
Atualmente a coleção tem
401 variedades de uvas, das quais 164 espécies já estão em plena produção e serão
colhidas simbólicamente para a produção de um vinho especial, fora do comércio.
A colheita simbólica de uvas no Vinhedo do Mundo feita por convidados no dia 8 de fevereiro, é parte da programação do 5º Bento em Vindima, da Secretaria de Turismo da cidade de Bento Gonçalves, na serra
gaúcha. As colheitas simbólicas são feitas desde 2012
como um ritual cultural do Instituto R. Dal Pizzol, entidade sem fins
lucrativos mantenedora do Ecomuseu. Como informa Rinaldo Dal Pizzol, presidente (foto abaixo) “O Vinhedo do Mundo é um símbolo e uma mensagem de
solidariedade humana que só a cultura do vinho e suas implicações filosóficas
são capazes de expressar. A cultura do vinho não se limita apenas ao que está
dentro da taça”. Primeiro das Américas, o Vinhedo do Mundo é um dos atrativos do Ecomuseu do
Vinho, acessível a visitantes de segunda à sexta-feira, das 9h às 11h40min e
das 13h30min às 17h, e aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 16h30min.
O evento também será marcado pela apresentação de um vinho denominado Vinum
Mundi 2013, resultado da vinificação de uma centena de variedades de uvas de 16
países, colhidas na safra 2012 do Vinhedo do Mundo. O vinho simboliza a
solidariedade dos povos e não é vendido. Este é o terceiro ano que o vinho é
elaborado com as uvas colhidas e produzidas no vinhedo, no ano anterior.
Na
colheita de 2013, três artistas de Bento Gonçalves - Eliane Averbuck, Aido Dal
Mas e Sônia Bervian Possamai, acima - acompanharam o evento, inspirando-se ao
vivo no que o vinho desperta na arte de cada pintor. A novidade deste ano é
que uma das obras escolhidas será utilizada como rótulo do Vinum Mundi 2013. A
cada ano uma nova obra dos outros dois artistas será aproveitada. É a união de
duas artes que andam juntas em torno da cultura do vinho.
(*)
Rogerio Ruschel é jornalista, enófilo e bebe em homenagem à paz entre as nações
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