Uma das coisas que gosto de fazer é visitar as feiras
livres das cidades – o retrato da alma dos moradores, como o mercado público,
nas fotos acima e abaixo.
Em Dijon procurei me informar, porque queria saber o
que os franceses compram para manter a fama de uma das capitais com melhor
gastronomia da França. Pois descobri: o mercado público de Dijon (acima) foi finalizado em 1875 mas continua moderno, amplo e limpo porque o povo é educado e também porque foi projetado por Gustave Eiffel, o autor do projeto da Torre Eiffel de Paris.
Embora pequena, Dijon, a capital da Borgonha, é uma cidade
culturalmente importante na França e seus cerca de 260.000 habitantes recebem
bem os turistas atraídos por construções históricas do período medieval, pela
gastronomia, pela mostarda, pães, queijos, frios (como os embutidos da foto abaixo) – e evidentemente pelos vinhos borgonheses, quase todos Pinot Noir.
A cidade é compacta e dá para visitar a
pé. Tem muitas áreas verdes como a Place Darcy (foto abaixo) e o Parque e Museu
de Ciências bem defronte à Gare Dijon Ville.
Pelo menos na primavera e no verão você
pode se refugiar em cafés e restaurantes com mesinhas nas calçadas (como as das
foto abaixo) e nas lojas de produtos tradicionais, como os vinhos e a mostarda.
Dijon
é considerada a capital mundial da mostarda e tem lojas enormes só com este
produto (como a Boutique Maille, na foto abaixo, que vende mostarda há 265 anos!) embora grande parte do produto seja importado,
mas a região tem tradição na produção e na especialização: dizem que existe pelo menos 40 variações e contei pelo menos 20
diferentes tipos de mostardas, algumas com ingredientes doces ou com conhaque…
Come-se muito bem em Dijon, que é considerada uma das
capitais gastronômicas da Europa. Veja nas fotos abaixo alguns tipos de queijos e de um tomate
muito interessante, o tomate Coeurs de Boef.
Além da mostarda e das tradicionais especialidades
francesas (pães, queijos e frios de infindáveis sabores), Dijon é conhecida
também pelo creme de groselha preta e do pain
d’épice.
E bebe-se bem, também, evidentemente,
porque afinal de contas Dijon é a porta de entrada de uma das mais importantes
regiões produtores de vinhos da França e do mundo.
Fiz o roteiro enoturístico da
Côte de Nuits, o que incluiu a visita a alguns vinhedos produtores de vinhos
Grand Cru, e conferi como solo é argiloso, as suaves colinas permitem boa
insolação e o clima continental é adequado para a formação de um bom terroir.
Por enquanto é isto, prezado leitor. Até a próxima feira livre ou mercado.
Se quiser saber mais sobre Dijon e a Borgonha, acesse este outro post de In Vino Viajas: http://invinoviajas.blogspot.com.br/2012/05/experimentando-os-sabores-da-borgonha-e.html
Se quiser saber mais sobre Dijon e a Borgonha, acesse este outro post de In Vino Viajas: http://invinoviajas.blogspot.com.br/2012/05/experimentando-os-sabores-da-borgonha-e.html
(*) Rogério
Ruschel - rogerio@ruscheleassociados.com.br
- é jornalista e consultor especializado em sustentabilidade e foi à Borgonha
por conta dele mesmo.
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