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terça-feira, 15 de março de 2016

Conheça cinco belos museus da Espanha sobre os vinhos D.O. Ribera del Duero, Penedés, Ribeira Sacra, Alvariño e Málaga


Por Rogerio Ruschel (*)

Meu prezado leitor ou leitora, o vinho é sempre a expressão de uma comunidade, de uma cultura, de uma tradição, então nada mais justo do que ter seus próprios museus. Na Europa são muitos os museus do vinho, e na Espanha praticamente toda DO (denominação de origem) tem o seu – até porque a Espanha recebeu 63 milhões de turistas em 2014 e mais de 2 milhões deles visitaram vinícolas e museus em Rotas de Vinho – como o Centro do Vinho de Ribeira Sacra, na foto acima ou o conjunto escultórico exposto no Museu do Vinho de Cambados/Pontevedra, na foto abaixo.


Eu já apresentei vários deles aqui no In Vino Viajas - como o Museu Vivanco, de Briones, Riojas, várias vezes premiado como o melhor de todos, inclusive pela Unesco. Então agora vou apresentar a você outros cinco museus do vinho espanhóis para você colocar na sua lista de lugares para conhecer.

Museu do Vinho Provincial de Valladolid – Ribera del Duero


O primeiro deles é o Museu do Vinho Provincial de Valladolid, inaugurado em 1999 e localizado em um local muito especial, o Castelo de Peñafiel (acima), que, do alto de uma colina domina o povoado homônimo. A parte mais antiga do Castelo foi construida entre os séc. IX e X e reedificado pelo senhor da vila, o Infante D.Juan Manuel, o principal morador do castelo. 

Foi declarado Monumento Nacional em 1917 e pertence à prefeitura da cidade. E desde 1999 sedia o Museu Provincial do Vinho de Valladolid. O foco do museu é a Denominação de Origem Ribera del Duero. Aberto de terça a domingo (11: 30-14: 00 e 16: 00-19: 00) tem ingressos custando € 6,60 – este valor inclui a visita ao castelo. Menores de 12 anos não pagam. 

Museu da Cultura do Vinho da Catalunha – Vilafranca del Penedés

 
Uma das referências de vinho catalão fica em Vilafranca del Penedés, onde está o Museu da Cultura do Vinho da Catalunha ou Vinseum. Ele é um dos mais antigos da Espanha, tendo iniciado operações em 1935, baseado em um palácio da família real de Aragão, no entorno da praça Jaume I.


Além da coleção clássica, que apresenta imagens e documentos, ferramentas e instrumentos antigos e modernos; ânforas, vasos de cerâmica e copos de estanho, prata e cristal qua ajudam a contar a história do vinho (especialmente na região), o Museu realiza encontros literários, um festival de filmes de curta-metragem temáticos, jogos para toda a família e degustações. Aberto de terça a sábado entre as 10:00 e 19:00 (domingos e feriados até às 14:00) tem ingressos a 7 euros. Menores de 12 anos não pagam.

Centro do Vinho de Ribeira Sacra – Monforte de Lemos

 
Um antigo hospital do século XVIII que depois sediou a Câmara Municipal de Monforte de Lemos (Lugo) é agora o Centro do Vinho de Ribeira Sacra. O Museu oferece aos visitantes uma série de exposições, arte audiovisual e a história desta bebida galega que cresceu em terraços fluviais. Trata-se de um espaço inovador e um museu dinâmico e moderno que permite aprofundar a cultura do vinho através dos sentidos. O visitante conhece os elementos naturais característicos da região e que influenciam o vinho tais como a neblina, terra, sol e água, as famosas encostas com terraços onde as uvas são cultivadas formando a chamada "viticultura heróica" e de grande dificuldade operacional. Leia sobre esta vindima perigosíssima aqui: http://invinoviajas.blogspot.com.br/2013/11/rota-do-vinho-ribeira-sacra-galicia.html

O museu apresenta também a essência da região por meio de sua herança artística, histórica e natural: arquitetura, mosteiros românicos, adegas, natureza e paisagens, festas, tradições, artesanato e a articulação com o Caminho de Santiago. O Centro  está localizado na Rua do Comércio e abre de terça a sábado entre as 10:00 a 14:00 e das 17:00 às 21:00, cobrando uma taxa de 2,50 Euros (1,50 para idosos e menores).


Museu do Vinho de Cambados (Pontevedra) - Alvarinho


O Museu do Vinho de Cambados (Pontevedra) revela todos os segredos vinho Alvarinho, o badalado vinho branco refrescante produzido nesta região da Espanha e no vizinho norte de Portugal. Além da coleção de peças que compõe o acervo, o Museu do Vinho de Cambados oferece visitas guiadas, cursos, exposições temporárias e muitos cursos temáticos sobre o vinho, de perfil universitário ou aberto. 

Além disso é um conhecido centro produtor de informações, sendo responsável pela edição de muitas publicações nos formatos impresso e multimidia – além, é claro, das tradicionais degustações, cursos, restaurante e lojinha. Localizado na Avenida da Pastora 104 é também o ponto de partida de roteiros na Ruta del Vino Rias Baixas, que eu já percorri parcialmente. Fecha nas segunda-feira e nas tardes dos domingos.

Museu do Vinho de Málaga – Málaga

O Palacio de Biedma, do século XVIII, localizado na praça Vinhedos, hospeda o Museu do Vinho de Málaga, especializado nos vinhos com Denominação de Origem Málaga e Sierras de Málaga.  O museu está distribuída em dois andares contendo várias salas temáticas com mais de 400 peças antigas de qualidade cromolitográfica como rótulos de garrafas, cartazes publicitários e impressos para vinho, esboços e perfis estuchería e outras peças litográficas. O ambiente oferece uma viagem através da história introduzindo o vinho na geografia da província de Málaga e mostrando seu desenvolvimento, tipologia e outras informações sobre sua produção e consumo.


Evidentemente você pode fazer degustações, cursos e visitar a loja pra compras – o que, meu caro, é quase obrigatório em todos estes museus. O horário é 10:00-17:00 (de segunda a sexta-feira, e os ingressoss custam 5 euros, incluindo degustação; aposentados e crianças não pagam.
Conheça o Museu da Cultura do Vinho de La Rioja (Vivanco) em http://invinoviajas.blogspot.com.br/2013/12/museu-da-cultura-do-vinho-de-la-rioja.html
Saiba mais no site oficial da Associação de Museus do Vinho de Espanha - http://www.museosdelvino.es/
(*) Rogerio Ruschel é editor de In Vino Viajas baseado em São Paulo, Brasil e gosta de museus e de vinho.



 


quinta-feira, 10 de março de 2016

Vinhedos no cerrado de Goiás: surpresas com vinhos tintos premiados de Barbera e Syrah e experiências curiosas com fermentados de jaboticaba


Texto do site “Curta Mais” com edição de Rogerio Ruschel (*)
Prezado leitor ou leitora, você vai conhecer um pouco da produção vitivinícola do estado de Goiás graças a uma reportagem do Portal “Curta Mais” e da sugestão da leitora do “In Vino Viajas” Dora de Vera. Se você não for brasileiro, saiba que esta região fica no centro-oeste do Brasil e seu principal bioma é o cerrado, uma espécie de “bush”. O mapa acima, do jornal O Popular, apresenta os principais pólos vitivinícolas do estado de Goiás; o retângulo branco do lado direito é Brasilia, DF, capital do país. Lembro que em Goiás a vindima é realizada nos meses de agosto e setembro (no sul é em fevereiro e março). O portal “Curta Mais”, apresentou a seus leitores informações sobre a região e visitou quatro vinícolas; uma delas produz bebidas com jaboticabas, uma fruta deliciosa e bonita (abaixo um jaboticabal da empresa e um detalhe das frutas na árvore) que gera “fermentados” similares a vinho e a cachaça. Veja a seguir.

“Serras, montanhas, muito verde e um clima que remete ao aconchego: as vinícolas, regiões dedicadas ao cultivo e colheita de videiras em grande escala para a produção de sucos e vinhos, são atrações turísticas em muitas regiões da Europa e do Sul do Brasil e roteiros obrigatórios para amantes de vinhos e bons passeios. A boa notícia para os enófilos é que não é preciso viajar para longe para aproveitar o clima todo europeu e sulista das vinícolas: Goiás também tem vinícolas próprias, que produzem bebidas goianas com toques europeus em paisagens que valem a visita. Conheça agora 4 vinícolas goianas que vão te transportar para a Europa e prepare-se para uma experiência única.

Pireneus Vinhos e Vinhedos

Vêm lá do município de Cocalzinho de Goiás, às margens do Rio Corumbá, premiados vinhos produzidos aqui no cerrado com uvas europeias. Na Pireneus Vinhos e Vinhedos, do médico e sommelier Marcelo Souza (foto abaixo), são produzidos os vinhos Bandeiras e Intrépido: premiado com o título de melhor tinto pelo Anuário de Vinhos Brasileiro do Instituto Brasileiro de Vinhos de 2012, o Bandeiras é produzido com a italiana uva barbera, e recebeu o nome em homenagem aos bandeirantes, que descobriram a região onde as uvas são cultivadas. 

O Intrépido, por sua vez, é produzido com uvas francesas syrah, e representa a iniciativa corajosa e pioneira em produzir vinhos em uma região improvável. A safra acontece sempre nos meses de agosto e setembro, e é possível agendar visitas em grupos de até dez pessoas para conhecer os vinhedos e participar de degustação harmonizada com os vinhos. Abaixo, o Intrépidus 2011. Para maiores informações e agendamentos, é só entrar em contato pelo email pireneusvinhos@gmail.com

Fazenda Pireneus Vinhos e Vinhedos - Cocalzinho de Goiás, Serra dos Pirineus – a 129km de Goiânia. Informações: pireneusvinhos@gmail.com

Vinícola Serra das Galés

Localizada no município de Paraúna, a vinícola Serra das Galés é a responsável pela produção dos vinhos Cálice de Pedra rosado, branco e tinto, elaborados a partir de variedades das uvas Isabel, Violeta, Niágara e Lorena. Tanto os vinhos quanto a vinícola fazem homenagem à Pedra do Cálice, principal monumento natural de Paraúna e símbolo da Serra das Galés, localizada no município.
É possível visitar tanto a fábrica quanto a vinícola (o período ideal para conhecer a plantação são os meses de junho e julho, período das uvas), basta fazer agendamento prévio. Não é cobrada taxa e as visitas recebem até 35 pessoas. Na foto abaixo Valdir Cristofoli, gerente da Serra das Gales. Para visitar a plantação, é preciso ir de transporte próprio, já que ela fica a 40km da fábrica.
Vinícola Serra das Galés - Rodovia GO 320, s/n, km 1 – Setor Ponte de Pedra, Paraúna – GO - Informações: (64) 3556-1000

Fazenda & Vinícola Jabuticabal

A história da Fazenda & Vinícola Jabuticabal é antiga: em 1947, após a Segunda Guerra Mundial, Antônio Batista da Silva plantou os primeiros pés de jabuticaba na área que daria origem à vinícola. Mas, foi apenas em 2000 que a fazenda deu início ao processo de industrialização da jabuticaba, dando início às atividades da vinícola, e assim, produzindo fermentados e cachaça de jabuticaba. A fazenda é uma das maiores produtoras de jabuticaba do Brasil e do mundo, com mais de 38 mil pés, e é a única a aproveitar o fruto e transforma-lo em produtos industrializados, como o Javine, fermentado tinto produzido com jabuticaba, com 11% de teor alcoólico; e a Aguardente, cachaça derivada da destilação da casca da fruta. Na foto abaixo uma avenida com jaboticabeiras.
O espaço está aberto à visitação do público nos períodos de safra, que têm início em setembro. Na época, é possível passar o dia por lá e comer quantas jabuticabas puder. É permitido levar comida pronta e bebida para fazer piquenique às sombras das frondosas árvores. Vale tomar também um bom banho no Rio Dourado que conta com uma prainha de areia bem convidativa.
Fazenda & Vinícola Jabuticabal - Rodovia GO-319, KM 18, Distrito de Nova Fátima, Hidrolândia – GO - Informações: (62) 3505-9576

Vinícola Goiás

Conhecer a Vinícola Goiás é como dar um passeio pelas grandes colônias italianas aqui no centro-oeste e ser transportado no tempo e no espaço. Pioneiros no projeto do enoturismo no estado, a vinícola tem instalações, roteiros e paisagismo projetados especialmente para promover uma experiência única para os visitantes. Criada em 1998, a vinícola produz o suco natural Dell Nonno, elaborado com uvas Bordô e Isabel, sem aditivos químicos e conservantes na composição. A vinícola também comercializa uvas e geleias. Para conhecer, basta agendar uma visita por telefone.
 
Vinícola Goiás - Rua 1, s/n, Jardim Esmeralda, Itaberaí – GO - Informações: (62) 9934-4231

(*) “Curta Mais” é um portal de informações sobre Goias e uma plataforma multicanais de informações sobre serviços de utilidade para quem mora ou visita sua capital, Goiania e tem todos os direitos sobre esta reportagem que reproduzimos. Conheça o portal em http://www.curtamais.com.br/goiania/sobre-nos









sexta-feira, 4 de março de 2016

Aldeias vinhateiras de Portugal: veja como os portugueses valorizam o patrimônio cultural, a experiência turística e os ótimos vinhos das pequenas comunidades


Por Rogerio Ruschel (*)
Meu caro leitor ou leitora, como você sabe o vinho é a expressão de uma comunidade, um terroir e um conjunto de tradições locais - e geralmente é o resultado de muitas décadas de aprendizado. No mundo todo é possivel encontrar pequenos vilarejos produzindo vinhos extraordinários. Em Portugal isto é uma realidade centenária e o país prestigia o patrimônio de suas aldeias (como a de Favaios, no Douro, acima) através de duas redes turísticas de aldeias e está lançando as bases de uma terceira organização, esta através da Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) e de âmbito nacional. Conheça um pouco sobre isso a seguir.

A mais antiga é a ATA - Associação de Turismo de Aldeia, criada em 1999 para promover os territórios rurais em âmbito nacional, o que é feito pelo produto turístico “Aldeias de Portugal”. Atualmente as aldeias da rede são oito, estão localizadas nos municipios de Melgaço (onde fica a Aldeia Branda Aveleira, na foto acima), Ponte da Barca, Arcos de Valdevez, Ponte de Lima e Vieira do Minho, na região dos Vinhos Verdes, no norte do país. Em cada aldeia há várias casas preparadas (com selo de qualidade, é claro) para receber turistas, com lugar para 2 até 6 pessoas. Na foto abaixo, a aldeia de Cabração, em Ponte de Lima;.

As Aldeias de Portugal realizam turismo no espaço rural, convidando o turista para uma estadia com total independência, numa casa rural, em plena natureza, e são promovidas turisticamente pela CENTER – Central Nacional do Turismo no Espaço Rural, uma agência especializada em Turismo Rural e Turismo de Habitação, que opera também as marcas Solares de Portugal e Casas no Campo. Abaixo a aldeia de Louredo, em Vieira do Minho. Saiba mais em http://www.aldeiasdeportugal.pt/PT/index.php

A outra rede integra o projeto das Aldeias Vinhateiras do Douro, denominação criada em 2001 e que atualmente é formada por seis aldeias que se destacam pela riqueza cultural e pelas paisagens únicas da região do Douro. São elas as Barcos, Favaios, Provesende (foto abaixo), Salzedas, Trevões e Ucanha e oferecem experiências únicas através do seu património, da sua gastronomia e da natureza envolvente.
A valorização turística foi reafirmada em 2007, ano em que foi realizada a primeira edição do Festival das Aldeias Vinhateiras nos meses de setembro e outubro, com jogos populares, artesanato ao vivo, música popular, degustação de produtos, espetáculos e festas nas ruas e muita animação temperadas pela gastronomia e pelo vinho locais – o que, meu caro leitor ou leitora, não é pouca coisa porque os vinhos são do Douro! Na foto abaixo a aldeia de Salzedas. Desde 2013 a rede tem um guia de turismo e sua gestão é feita pela Associação de Desenvolvimento Wine Villages – ADRAV Douro. Saiba mais em http://dourovalley.eu/aldeias_vinhateiras_1

Mas como os portugueses acreditam que sua cultura e tradição são elementos-chave de seu conceito de desenvolvimento como Nação, não vão parar por ai e fico feliz em compartilhar com você esta noticia: dia 26 de fevereiro de 2016 a Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) deu o primeiro passo formal para a criação de mais uma rede de aldeias vinhateiras – e desta vez em âmbito nacional.

A proposta está baseada na experiência das Aldeias Vinhateiras do Douro que vem ajudando bastante na consolidação do turismo na região Norte de Portugal e pode reunir dezeas de aldeias em todo o país - a AMPV espera que até junho as aldeias interessadas já estejam participando do projeto. E só para lembrar, como a Associação de Municípios Portugueses do Vinho já coordena a Rede de Museus Portugueses do Vinho - que reúne entidades de cerca de duas dezenas de municípios associados e que está sendo consolidada neste ano de 2016 – fico imaginando o belo produto turístico que poderá ser criado quando as duas redes operarem em conjunto! Nas fotos acima e abaixo, imagens de vinícolas em Santar, concelho de Nelas.
A proposta da Rede Portuguesa de Aldeias Vinhateiras foi apresentada por José Arruda, Secretário-Geral da Associação de Municípios Portugueses do Vinho (AMPV) em reunião no Concelho de Nelas. Nelas, que realiza uma conhecida Feira do Vinho do Dão, é uma cidade que fica no Distrito de Viseu, pertencente a região demarcada dos vinhos do Dão, e vizinha da Serra da Estrela, onde são produzidos os badalados queijos da Serra da Estrela D.O.P. - Demoninação de Origem Protegida.  Na foto abaixo a aldeia de Branda da Aveleira, na freguesia de Gave, Concelho de Melgaço.

O objetivo da AMPV é promover o desenvolvimento sustentável de localidades onde o vinho tenha uma posição de destaque cultural e econômico. Como disse Arruda, "Entendemos que é importante promover a nível nacional uma rede de aldeias vinhateiras, baseando-nos numa experiência que foi feita no Douro, com seis aldeias vinhateiras. Esta rede terá muito a acrescentar em termos de oferta futura de enoturismo". Abaixo, foto da aldeia de Ucanha.
Entre os quase 70 municipios associados a AMPV, muitos deles poderão participar da rede de Aldeias Vinhateiras, como Vidigueira, Cartaxo, Palmela, Loures, Gouveia, Penalva do Castelo, Régua, Melgaço, Mealhada e a própria Nelas que deve participar através de sua Vila Histórica de Santar, aldeia reconhecida pela qualidade do vinho e pelo  valioso patrimônio cultural. Nelas realiza a Feira do Vinho do Dão, que conta já com 25 edições e que poderá ajudar a divulgar as atrações da vila de Santar. Abaixo, vinhedo na Rota dos Vinhos do Dão.


Na reunião estiveram representantes dos municípios de Vidigueira, Cartaxo, Palmela, Loures, Gouveia, Penalva do Castelo, Régua, Melgaço e Mealhada, que vão avaliar a participação. A Rede poderá ser constituída por aldeias e vilas de muitos dos 68 municípios associados à AMPV, e além da revitalização socioeconômica e da promoção dos vinhos locais, poderá ajudar na dinamização dos seus valores simbólicos como a ruralidade, autenticidade, patrimônio, natureza, tradições e gastronomia. Saiba mais sobre a AMPV em http://www.ampv.pt/


Trata-se de um projeto que vai preservar e promover a identidade cultural e potencializar o desenvolvimento econômico de pequenos núcleos comunitários. Eu acredito piamente que é nos pequenos núcleos comunitários do mundo que pode se encontrar os melhores representantes destas criaturas que chamamos de seres humanos. Por isso brindo aos amigos portugueses que estão trabalhando para homenagear o passado, vaalorizar o presente e construir o futuro através do respeito as aldeias vinhateiras.

(*) Rogerio Ruschel é editor de In Vino Viajas em São Paulo, Brasil, uma cidade com 11,32 milhões de habitantes que não é exatamente uma aldeia vinhateira