Por Rogerio Ruschel (*)
Galápagos é certamente um dos lugares mais estranhos e
curiosos do mundo, e até hoje nunca soube de um turista ou conheci um
jornalista que não tenha ficado muito impressionado com o que encontrou lá – de
fato, Galápagos merece ser um dos destinos mais desejados do mundo – e tão
interessante que vou apresentá-lo aos poucos leitores do In Vino Viajas em
vários posts, começando agora.
Perdidas no meio do Oceano Pacífico, cerca de 980 quilometros da terra
mais próxima – a costa do Equador – as Ilhas Galápagos foram formadas (e
continuam sendo) pelas forças da natureza como vulcões, ventos, chuva e oceanos
e abrigam algumas das mais estranhas criaturas do planeta, muitas das quais só
existem aqui, como as pré-históricas iguanas-marinhas que vivem em colonias de dezenas de indivíduos, pelas pedras – veja abaixo.
Entre os animais que só existem lá estão as as tartarugas
gigantes, que se transformaram no símbolo de Galápagos (e geraram o nome). Pesquisadores
identificaram 15 diferentes espécies e vem pesquisando para preservar e ampliar
as populações, mas em junho de 2012 morreu o “Solitário Jorge” (ou Lonesome George como era chamado pelos jornalistas)
com cerca de 100 anos de idade, que era o último representante da espécie Geochelone abigdoni. Veja as fotos do simpático
George, abaixo.
Esta grande diversidade de vida animal “diferenciada” se
deve ao isolamento do continente e à presença de quatro correntes oceânicas do
Pacífico que se cruzam na região e fazem com que a vida marinha seja
extraordinária no mar e muito estranha em terra, como o atobá de patas azuis,
abaixo.
Além disso existe outro atrativo mágico para o turista: os
animais são muito pacíficos. Como nenhum grande predador terrestre foi capaz de
chegar ao arquipélago, os animais não têm medo de outros bichbos o que faz com
que os turistas possam chegar bem perto deles - como este repórter mostra, na foto abaixo. É claro que para manter este
equilibrio de comportamento, o turismo é severamente controlado, tanto em
volume de turistas quanto de onde se pode ir e quando.
Pertencente ao Equador, o Arquipélago de Galápagos (também
chamadas de Ilhas Encantadas) é formado por 13 ilhas principais (4 delas habitadas)
e outra cerca de 90 pequenas ilhas ou rochedos isolados. Na verdade, como as
ilhas vão surgindo a partir de erupções vulcânicas, as mais “velhas” já tem solo
fertile plantas, e as mais recentes são apenas lava resfriada (veja abaixo).
Esta é uma das maravilhas de Galápagos: conforme você vai
visitando as ilhas, pode acompanhar a evolução do território, das plantas e dos
animais.
Você pode visitar Galápagos a qualquer época do ano e pode
chegar de avião ou de barco, num cruzeiro. Eu fiz uma mistura dos dois: de
Quito fui de avião (umas 3 horas) e me hospedei em um navio de cruzeiro, que
fica navegando entre as ilhas.
Navios, é claro, com um bom cardápio de vinhos, porque
visitar Galápagos é um roteiro turístico de primeira classe. Lembro até hoje de
ter bebido um Chardonnay da vinicola equatoriana Chaupi Estancia
Winery, harmonizado com frutos do mar – aliás, frutos do mar que vi
quando mergulhei em Galápagos, mas isto é uma história para outro post.
Realmente as ilhas Galápagos são literalmente um espanto,
e contribuíram para mudar nosso entendimento sobre a vida na Terra ao
inspirarem Charles Darwin em 1831, a poder comprovar uma tese que mais tarde se
chamaria de Teoria da Evolução Natural.
Veja outros posts sobre a magia de Galápagos aqui no In
Vino Viajas.
(*) Rogério Ruschel é
jornalista e consultor especializado em sustentabilidade e esteve em Galápagos a
convite do Ministério do Turismo do Equador.
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