Por Rogerio Ruschel (*)
Prezado leitor, em breve vou ter que reescrever meu post sobre os vinhedos de Lavaux (Plateau, Cantão do Vaud), na Suiça - veja aqui em
http://invinoviajas.blogspot.com.br/2012/05/nos-vinhedos-de-lavaux-suica-um.html
O Museu do Vinho Suiço vai ter
as bases fincadas nas montanhas Jura (parte dos Alpes suiços) e se estender por uma
plataforma de concreto e vidro suspenso no ar porque os vinhedos de Lavaux (no Plateau) são
um Patrimônio Histórico da Unesco e por isso, nada pode ser construído sobre a
terra. A construção permite, literalmente, uma caminhada no ar – e com certeza
vai desafiar os bebedores das oito diferentes denominações de vinhos locais:
Chardonne, Saint-Saphorin, Calamin Grand Cru, Epesses, Dézaley Grand Cru,
Vevey-Montreaux, Villette e Lutry.
A ideia do arquiteto era
criar algo que não só contasse a história da região, mas que também fosse uma
atração para os turistas – mais uma!
A região fica no Cantão de Vaud e tem 14 vilas e pequenas cidades, com
40 Kms de frente para o Lago Genebra, entre Corseaux e Lutry, que concentra 830
hectares de vinhedos em terraços debruçados sobre o lago sempre azul, mantidos
por cerca de 220 pequenos produtores, geralmente famílias. Toda a produção é
praticamente consumida na Suíça por falta de escala para exportação.
Hoje os vinhedos são assim - coisa feia, não?
Os vinhedos, com altitude variando de 372 a 936 metros, tem a proteção
das montanhas do Jura de um lado, e a refrigeração dos ventos que entram pelo Lago Genebra vindos
dos Alpes franceses e do Mont Blanc, no outro.
Segundo consta, uvas vem sendo cultivados nos Lavaux desde o século XI,
quando foram introduzidas por monges. Agora, quem beber demais vai poder
re-encontrar os deuses e levar mensagens dos monges.
Imagens: Acervo particular
e revista Casa e jardim
(*) Rogério Ruschel - rogerio@ruscheleassociados.com.br - é turista inveterado, jornalista e consultor especializado em sustentabilidade.
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