Safáris são a principal atração da África do Sul e
podem ser realizados em “game parks” privados (cerca de 350 no país), ou em
parques administrados pelo governo.
Um "gemsbok" no Kgalagadi Transfrontier Park
Para poder concorrer com os preços dos parques públicos – especialmente o Kruger - e atrair a exigente clientela formada especialmente por ingleses, alemães e norte-americanos, os parques privados oferecem muito conforto e qualidade. Administrados por empresas de turismo ou pelos próprios proprietários, eles tratam os hóspedes como verdadeiros reis.
Os turistas circulam em jipes Land Rover, e com a
ajuda de um “ranger” armado, saem todos os dias as 5 horas da manhã e as 5
horas da tarde em busca dos animais. Quando chegam da aventura que dura cerca
de duas horas, os hóspedes encontram suites muito bem equipadas, que podem ter
banheiras com água quente, camas de cinco (?) andares, ar condicionado, TV a
cabo e piscina. As refeições são preparadas com esmero e incluem carnes de gado
e herbívoros selvagens (especialmente gazelas e javalis), sempre regadas com o
excelente vinho produzido no país (veja o Post “Cidade do Cabo, o charme holandes e as rotas de vinho mais longa do
mundo”). O ambiente é planejado para receber visitantes europeus,
norte-americanos e asiáticos.
Guepardo, o rei da velocidade das savanas
Nos melhores game reserves os preços podem ser salgados, porque o tratamento é VIP, existem muitos funcionários para cada hóspede e os custos de manutenção são elevados. Por exemplo, um leão custa cerca de US$ 2,500.00; uma girafa, US$ 1.500.00; um búfalo US$ 15,000.00, um rinoceronte branco US$ 37,000.00 e um rinoceronte preto, raríssimo, US$ 55.000.00. O cálculo de capacidade de carga (isto é, o número máximo de visitantes ao mesmo tempo e no mesmo local para que os turistas não perturbem a vida dos animais e o ecossistema) é de um visitante para cada 100 hectares - por dia. É claro que existem game reserves mais economicos, mas não sei se a qualidade da experiência é a mesma.
Os Parques Nacionais
Os parques
administrados pelo governo também fazem sucesso e são muito bons. A África do
Sul, com uma população de 44 milhões, tem um território de 1,219 milhões de Km2
e cerca de 16,5 milhões de hectares de áreas de preservação (8,8 milhões
privados), o que representa quase 14% do território.
O parque oferece
vários tipos de hospedagem, desde simples locais para barracas, até suites de
maior qualidade, passando por cabanas e “bushvelds” que ficam em áreas remotas.
Os preços, dependendo do período do ano, e da antecedência da reserva, ficam
entre US$ 50.00 e US$ 200.00, embora algumas suites possam custar US 450.00 a
diária na alta temporada (veja preços atualizados no site Parques Nacionais da
África do Sul).
Os recursos receptivos são completos (com restaurantes, cafeteria, telefones, alguns com piscina), oferecem os vinhos do país, mas em geral são mais simples e a estadia mais economica, quando comparados com os oferecidos pelos parques privados, que cobram diárias que começam na faixa dos US$ 250.00.
Fotos: arquivo
pessoal ou cortesia da South African Tourism.
Com este blog nos despedimos da
África do Sul. A partir do próximo blog vamos conhecer o Movimento Cittaslow, e
seu fundador e profundo conhecedor de vinhos chianti, Paolo Saturnini.
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Saiba mais sobre a África do Sul em
África do Sul: aventura, safaris e pinotages - http://invinoviajas.blogspot.com.br/2012/07/africa-do-sul-aventura-safaris-e.html
Durban, a Zululândia e Amarulas na África do Sul - http://invinoviajas.blogspot.com.br/2012/06/durban-zululandia-e-amarulas-na-africa.html
Cidade do Cabo, o charme holandes e a rota de vinho mais longa do mundo
- http://invinoviajas.blogspot.com.br/2012/06/cidade-do-cabo-o-charme-holandes-e-rota.html
Vida selvagem: luxo e mordomia na África do Sul - http://invinoviajas.blogspot.com.br/2012/07/vida-selvagem-luxo-e-mordomia-na-africa.html
(*) Rogério Ruschel - rogerio@ruscheleassociados.com.br
- é turista inveterado, jornalista e consultor especializado em
sustentabilidade (http://www.ruscheleassociados.com.br/
). É autor ou editor de 28 publicações sobre sustentabilidade socioambiental.
Rogerio viajou à África do Sul a convite da South Africa Tourism.
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