Pesquisar neste blog

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Dono de pub na Alemanha é preso por vender garrafas de vinho homenageando Adolf Hitler


Por Rogerio Ruschel (*)
Meu caro leitor ou leitora, brindemos a isso: o proprietário de um pub em Augsburg, Bavaria, Alemanha, pode pegar até três anos de prisão depois que a polícia, atendendo denúncias anônimas, deu uma batida no seu restaurante e encontrou garrafas de um vinho para nazistas chamado Wine Führer, com fotos de Hitler e saudações nazistas como “Sieg Heil” nos rótulos.  

O dono do bar, um cidadão com 49 anos que está sendo investigado, alegou que tinha ganho as garrafas de presente - mas não lembrava de quem - e as guardou porque tinha achado "engraçado". Ele disse também que não sabia que na Alemanha fazer rotulagem de produtos contendo referências aos nazistas ou nazismo é ilegal; mas mesmo assim violou o parágrafo 86 da Constituição alemã e poderá pegar até três anos de prisão.

O que se espera é que a prisão deste sujeito seja um exemplo definitivo, porque esta historia não é nova. Estes vinhos foram vistos em outros lugares da Alemanha e Itália. Em 2014 Michael e Cindy Hirsch, da Filadélfia, Estados Unidos, estavam em Garda, na Itália, quando viram várias garrafas de vinho com imagens do ex-líder nazista em um supermercado. A mulher, que teve parentes mortos em Auschwitz, ficou chocada e fotografou as garrafas: uma delas se chamava 'Mein Kampf”, o nome do famoso livro do ditador, e outra se chamava "Volk Ein, ein Reich, ein Fuhrer» (um povo, uma império, um Fuhrer).

Segundo o Centro Simon Wiesenthal estes vinhos são feitos (ou eram feitos) por uma vinícola italiana chamada Vini Lunardelli, na cidade italiana de Rimini, desde 1995, e ao que parece ainda existem garrafas homenageando outros velhos comunistas, esquerdistas e “istas” em geral como Benito Mussolini, Che Guevara, Karl Marx, Joseph Stalin e outros, como mostra a foto acima. 
A cultura do vinho tem uma longa e bonita história em quase todas as civilizações; então porque estes idiotas tem que apelar para uma memória tão nefasta da humanidade?
(*) Rogerio Ruschel é editor de In Vino Viajas baseado em São Paulo e acredita que o vinho é uma bebida para aproximar pessoas - mesmo quando tenham crenças diferentes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário