Por
Rogerio Ruschel (*)
Lamento
informá-lo, meu caro leitor, mas nós humanos somos bombas contaminantes. Já foi
provado por pesquisadores da
Universidade de Yale, dos Estados Unidos que um único ser humano – eu, você ou o simpático Frank
Zappa, na foto acima, por exemplo - pode infestar coisas ou animais com até 37 milhões de
bactérias em uma sala – em apenas uma hora! E também já se sabe que podemos transferir
patógenos (como virus e bactérias, como esta belezinha da foto abaixo) de uma
espécie para outra: animais passam virus para seres humanos e vice-versa, mas
isso nunca tinha sido registrado entre dois reinos diferentes, como de animais para
plantas.
Pois agora a coisa mudou. Pesquisadores italianos do Research and Innovation
Center – Fondazione Edmund Mach, da Itália, constataram que as videiras Vitis vinifera do noroeste do país carregam
na casca, nas fibras do xilema e nos tecidos da medula, uma bactéria que
acompanha o homem desde o começo dos tempos, a nojentinha Propionibacterium acnes (abaixo, na foto), causadora da acne –
a doença da pele que causa cicatrizes, espinhas e aquelas perebinhas que infernizam as pessoas, especialmente a vida de adolescentes.
A
análise genética da bactéria e a comparação com outras bactérias, levou os
cientistas a fazer uma estimativa de que um ser humano contiminou as videiras
aproximadamente 7.000 anos atrás, mesma época em que a planta foi domesticada,
durante o Período Neolítico. De lá para cá, a bactéria se adaptou completamente
a seu novo hospedeiro - a coitada da videira - e não pode mais retornar para os humanos. Na foto abaixo,
uma uva contaminada com o Zappa – nem parece, não?
Para
homenagear este evento tão incomum, os cientistas deram um nome incomum a esta
bactéria: P. acnes tipo Zappae (ou P. Zappae) - acredite, caro leitor, uma
singela homenagem ao roqueiro maluco ítalo-americano Frank Zappa, criador da
banda Mothers of Invention, falecido em 1993. Veja abaixo o simpático Zappa com
uma luva especial de bichinho, para não contaminar os leitores…
Curiosamente,
as plantas que contém a P. Zappae são
saudáveis, o que sugere que a bactéria não tem efeito negativo sobre a mesma,
talvez até mesmo beneficie as videiras – será que é por causa do nome do Frank
Zappa? Abaixo a banda The Mothers of Invention no
palco, contaminando a juventude sadia dos anos 60 e 70.
E
me perdoe a brincadeira, caro leitor, mas agora, quando alguém lhe disser que
um vinho é jovem, faça o teste definitivo: se tiver espinhas, é jovem mesmo...
Fonte: revista Hype.science
(*) Rogerio Ruschel é jornalista, enófilo e foi contaminado com a
bacteria do rock nos anos 60. 70, 80 e 90.
Fui contaminada pelo maravilhoso, sensacional rock tambem, e ZAPPA deve estar rindo por aí!!!
ResponderExcluirUhuhuhhhhhh.
Re-blogando.
Contaminar com o bom contágio é ótimo, Nádia - voce me contamina com energia o tempo todo!
ExcluirFui contaminada pelo maravilhoso, sensacional rock tambem, e ZAPPA deve estar rindo por aí!!!
ResponderExcluirUhuhuhhhhhh.
Re-blogando.
Bjs
Excluir