Por Rogerio Ruschel (*)
O cantor ingles Sting pode dizer que já fez
de tudo na vida. E com sucesso. No começo dos anos 1980 com sua banda Police já
estava nas paradas de sucesso – e a música “Every Breath You Take”, de 1983,
até hoje é lembrada com carinho. Compôs centenas de canções, gravou 15 discos,
foi ator em16 filmes e em outros 14 filmes interpretou ele mesmo; foi ativista
e ambientalista e filantropo. E desde o começo dos anos 2000, entre iniciativas
beneficientes, Sting relaxa com sua familia (é casado com a atriz e
produtora Trudie Styler desde 1992
e tem quatro
filhos - veja abaixo) na Villa Il Palagio, uma propriedade
magnifica no coração da Toscana, onde produz vinhos, mel, geléias, frutas e outras
delicias.
A Villa Il Palagio fica a 37 Km de Florença,
na região da cidade medieval de Figline Valdarno
(a 4 Km) que era conhecida na Idade Média como “o celeiro de Florença" porque produzia muito
milho, grãos, vinho, óleo, açúcar de
beterraba, pêssegos, damascos e cerejas. E veja só como é linda nos detalhes!
A propriedade tem cerca de 350 hectares, com grandes lagos e grande parte ocupada por florestas mantidas por Sting. A
Villa foi da
família Martelli desde o século XVI, no começo dos anos 1700; em 1819 eles a venderam para a Condessa
Carlotta Barbolani de Montauto, que a manteve na família por cerca de 150 anos
e aos poucos a foi incrementando com novos edifícios, um silo para grãos, uma
fábrica de óleo e uma área de produção de vinho – veja abaixo uma foto aérea de
parte da vila.
Quando Sting
e sua mulher visitaram a propriedade em 1999, ela estava em estado de abandono.
Não se sabe quanto Sting investiu na restauração, mas milhões de Libras
Esterlinas e muitos anos depois a casa principal, os anexos e as terras
voltaram à sua antiga glória.
Terras boas,
uma horta com cinco hectares e muitas colmeias de abelhas permitiram a
propriedade do século XVI voltar a ser uma fazenda produtora de mel, azeites e
vinhos, entre os quais um respeitado vinho "biodinâmico" muito
difícil de encontrar. Abaixo, Sting divulga seus vinhos em uma entrevista na
televisão inglesa.
E por falar
nisso, o primeiro vinho do cantor é de qualidade média (para vinhos toscanos): um
blend de uvas sangiovese, cabernet sauvignon e merlot que recebeu o nome de uma
de suas músicas, “Sister Moon”. Mas o grande
rótulo de Sting, que custa perto de 40 Euros a garrafa, é o “When we Dance” (Quando nós Dançamos),
feito com uvas Sangiovese e descrito por especialistas como "muito
elegante e frutado”.
Investindo e
curtindo, Sting e Trudie foram evoluindo: abriram uma loja de fazenda para
vender os produtos cultivados na propriedade, incluindo vegetais, frutas
frescas, queijos e salames. E a partir de 2013 esses produtos começaram a ficar
disponíveis para encomenda pela internet com o mote “direto do coração da Toscana
para sua porta”.
Pois no segundo semestre de 2013 Sting se rendeu: dizem
que pressionado pelo afã tributário do governo italiano em crise, o cantor
decidiu abrir mão de parte de sua privacidade e colocou seis casas da
propriedade para alugar por valores na faixa de 7 mil Euros por semana, cada. (Abaixo,
uma das casas onde os hóspedes ficarão).
Como informa a
imobiliária contratada, os hóspedes também poderão utilizar a piscina grande, a
área que tem um tabuleiro de xadrez gigante no jardim e poderão jantar na adega
do Sting, forrada com "enormes barris antigos" (veja abaixo).
Além disso se você quiser
fazer uma festa na Villa Il Palagio, poderá
alugar por uma semana dependências que acomodam 50 pessoas para dormir,
varandas com mesas e um salão para o evento por módicos 42 mil Euros – que dá
cerca de 150 Mil Reais, o que é uma mixaria perto do valor que é cobrado aqui
no Brasil. Mas se você tiver até 400 convidados não tem problema, porque a
Villa pode recebê-los. Veja abaixo algumas das dependências.
Os brasileiros conhecem Sting por suas
canções e pelo envolvimento com a luta ambientalista na Amazônia. Em 1988 Sting
conheceu o cacique caiapó Raoni e o levou em seus shows mundo afora divulgando
a campanha contra a construção da barragem de Kararaô (hoje, conhecida como
Belo Monte); em 1989 fundou com sua mulher Trudie Styler e o cineasta belga
Jean-Pierre Dutilleux a Rainforest Foundation, organização criada para
sustentar os projetos de Raoni que até hoje apoia projetos no Parque do Xingu
em parceria com o Instituto Sócio Ambiental (ISA). Na foto abaixo ele se
re-encontra com Raoni em 2008. Quem planta, colhe – e no caso de Sting, literalmente.
Um brinde a isso.
Para agendar ou comprar os produtos do Sting:
http://www.palagioproducts.com/
(*) Rogerio Ruschel é jornalista, enófilo e
ainda vai beber um vinho do Sting nesta propriedade restaurada no coração das
Toscana.
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