Por Rogerio Ruschel (*)
Mesmo com menos de 200 mil habitantes Genebra (foto do centro, abaixo) é a segunda
maior cidade da Suiça; destes, pelo menos um terço são estrangeiros, o que a
torna uma das mais globalizadas da Europa.
Por causa de sua notória independência política, a Suiça é
a sede de mais de 20 organizações multilaterais da rede da ONU (veja abaixo) e de 250
organizações internacionais de primeiro time. E a grande maioria fica em
Genebra, onde se fala francês (predominantemente), alemão e italiano – os
idiomas oficiais do país – e evidentemente ingles.
Por isso, ao lado de Nova Iorque, Genebra é um dos mais
importantes núcleos da diplomacia e da cooperação internacionais. O núcleo da
ONU é o Parque das Nações, dentro do Parque da Ariana (abaixo).
Entre as organizações sediadas em Genebra estão várias da
rede das Nações Unidas - como a Organização Mundial da Saúde, a Organização
Mundial do Comércio, a Organização Mundial da Meteorologia, a Organização
Mundial da Propriedade Intelectual, os Altos Comissariados - a sede mundial da
Cruz Vermelha e a Unesco.
"Broken Chair", esta escultura de Daniel Berset de uma cadeira sem uma perna, lembra a violência das minas e se tornou um simbolo da paz.
Chamada de “Cidade da paz” porque lá foram assinados
diversos tratados em prol de paz mundial, Genebra é também o terceiro centro
financeiro da Europa, depois de Londres e Zurique – pois é, ao que parece, o
dinheiro compra tudo, até a paz.... Aliás, nesta cidade vinho pode ser mais barato do que
água (algumas das mais badaladas águas minerais do mundo são suiças; Evian é francesa, mas produzida muito perto de Genebra) embora a água da torneira seja tão limpa que dá para beber.
Em um vale belíssimo (no verão) e congelado (no inverno)
formado por rios e lago e cercado por montanhas, Genebra oferece alguns dos
cenários geográficos-urbanos mais bonitos do mundo - entre eles, a menos de 20
quilometros da cidade, os vinhedos de Lavaux (foto abaixo), tombados como patrimonio natural
da Humanidade pela Unesco – veja post em http://invinoviajas.blogspot.com.br/2012/05/nos-vinhedos-de-lavaux-suica-um.html
.
Aliás,
por falar em vinhos, é bom ficar sabendo que perto de Genebra também se produz
vinhos. Em Satigny (foto abaixo) são cultivadas uvas tintas Gamay e Pinot Noir e a Chasselas
suiço, para vinho branco. Então você pode se dar ao luxo de, depois de caminhar
pelos parques e visitar museus, parar em um restaurante e comer queijos
(suiços, é claro), bebendo um vinho produzido há menos de 20 quilometros da
cidade!
A presença de inúmeros museus e parques (muitos com
entrada grátis); um calendário de eventos culturais e de entretenimento de
padrão internacional e serviços públicos de transporte, segurança e educação do
tipo “melhor-impossivel” (qualidades necessárias para oferecer aos milhares de
diplomatas e estrangeiros que vivem lá), levaram Genebra a ter outros dois
títulos: é uma das 10 cidades com melhor qualidade de vida no mundo e também
uma das 10 mais caras para se viver. Abaixo, o Museu de História Natural, o mais importante da Suiça.
Mas o que quero mostrar neste post são algumas das belezas
dos parques e museus de Genebra, na primavera. Em outro post você vai poder ver
estes parques no outono e inverno, aguarde.
Genebra tem mais de 310 hectares de áreas verdes em mais
de 50 parques, que representam 20% da área urbana urbana.
Em muitos destes
parques estão sediados museus como o Museu
da História das Ciências (veja abaixo) na mansão Villa Bartholoni, no Parque Mon-Repos, que
por sua vez fica no Parc de la Perle du Lac.
Ou o conhecido museu Patek Phillipe (abaixo), sobre - evidentemente - relógios e marcação do tempo.
Este post é uma homenagem ao leitor/leitora de Mountain View, California, Estados Unidos, que honra este editor com sua preferência. Identifique-se, caro(a) leitor(a). Abraços
(*) Rogério Ruschel é
jornalista de turismo e enoturismo e consultor especializado em
sustentabilidade. Esteve várias vezes em Genebra visitando a filha Renata
Ruschel, autora de algumas das fotos aqui publicadas.
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