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sexta-feira, 31 de julho de 2015

Toureando a concorrência, Espanha mantém o 3o. lugar no mercado mundial de vinhos com 3.707 rótulos de 848 vinícolas premiados no WRW&S 2015


Por Rogerio Ruschel (*)

A Espanha tem a maior área de plantio de uvas (disputando com a China), é um dos maiores produtores de vinhos e também um dos maiores exportadores. E como exportação de vinho tem a ver com a imagem dos produtos no mercado internacional, é importante que os vinhos espanhóis sejam bem pontuados em publicações especializadas e recebam muitos prêmios em concursos internacionais. Pois é, meu prezado leitor ou leitora, a Espanha precisou tourear a forte concorrência em tecnologia, promoção, qualidade e preço para poder manter seu honroso terceiro lugar no Ranking 2015 da World Association of Wine Writers and Journalists. E isso é ainda mais difícil porque 70% das exportações de vinhos com DO (Denominações de Origem) espanhois são vendidos em países da Europa, onde a concorrência é muito mais feroz! A Espanha fez isso apostando na diversidade de suas uvas e territórios de suas inúmeras regiões vinícolas apresentadas no quadro abaixo.

A World Association of Wine Writers and Journalists (WAWWJ) organiza o World Ranking Wines & Spirit, somando a pontuação das empresas vinícolas e vinhos conquistada em concursos internacionais durante o ano – é o ranking dos rankings. Em 2014 foram realizados 431 concursos de vinhos no mundo, dos quais a WAWWJ coletou os dados de 75 deles para fazer o Ranking 2015. A Espanha foi o terceiro país mais premiado, com 3.707 rótulos premiados, dos quais 11 deles foram classificados na lista de “Melhores Vinhos do Ano”, da qual fazem parte todos os vinhos que tenham recebido uma pontuação mínima anual de 125 pontos, o equivalente a cerca de quatro medalhas de ouro em competições internacionais. Veja abaixo a lista destes 11 rótulos super-premiados.

Para ficar em terceiro lugar no ranking 2015 a Espanha conquistou 3.707 prêmios em 25 competições em 2013, acumulando 75.293,87 pontos. Foi uma significativa redução em relação a 2014, quando a Espanha havia recebido 5510 prêmios em 38 competições ao longo de 2013, atingindo uma pontuação de 105.745,17 pontos – uma queda de quase 30% nos números em geral. Mas esse não foi um problema espanhol: este tipo de recuo foi notado em quase todos os países que em 2014 participaram de menos concursos, provavelmente para reduzir custos. Veja o quadro abaixo que mostra a posição dos 20 países mais premiados em 2014.

A melhor empresa de vinhos espanhóis (The Best Wine Society de WRWS 2015) foi a Emilio Lustau S.A. com 85 prêmios em 5 competições, alcançando uma pontuação de 1.937,25 pontos. No ranking 2014 a Melhor Empresa de Vinhos espanhóis havia sido a  Gonzalez Byass S.A com 167 prêmios em 14 concursos, com um total de 2.853,73 pontos. Veja no  quadro abaixo as 20 vinícolas espanholas mais bem pontuadas.

O melhor Vinho 2015 WRWS da Espanha foi o Selección Robles 1927 Pedro Ximenez com 6 prêmios em 6 concursos, alcançando 258.25 pontos. Este foi também o segundo melhor vinho de todos os 100 melhores do mundo em 2014. No ranking 2014 o rótulo mais premiado havia sido o Luis Cañas Reserva Selección De La Familia Doca Rioja 2006 com sete prêmios em sete competições, alcançando a pontuação de 256,38 pontos. Veja o quadro abaixo com os 20 mais premiados vinhos portugueses em 2014 conforme a World Association of Wine Writers and Journalists.

Para ver detalhes do World Ranking of Wines and Spirits 2015 acesse   http://www.wawwj.com/2015/_EN/home.php

(*) Rogerio Ruschel é jornalista, editor do "In Vino Viajas", mora e trabalha no Brasil, onde tem que tourear também um governo esfomeado por impostos


segunda-feira, 27 de julho de 2015

Inusitado: conheça “Wines of Gala” e “Les Dîners de Gala”, os livros malditos sobre vinho e culinária do excêntrico e genial Salvador Dali

 
Por Rogerio Ruschel (*)
Prezado leitor ou leitora, hoje vamos navegar na excentricidade de Salvador Dali, um dos maiores artistas do século XX, e conhecer dois livros raros e "amaldiçoados" deste gênio surrealista: um de culinária e outro sobre vinhos.

Para começar, o nome dele era Salvador Domingo Felipe Jacinto Dali i Domènech, e o ele era o 1º Marquês de Dalí de Púbol. Nascido e falecido em Figueres, Catalunha, na Espanha (1904 e 1989, respectivamente), Salvador Dalí ficou conhecido por combinar em seus quadros imagens bizarras, oníricas e incríveis, mas com excelente qualidade plástica e também por seu comportamento pessoal sempre teatral e excêntrico, dado a atitudes extravagantes destinadas a chamar a atenção. Acima ilustração sobre “Les Cannibalismes de L’Automne” e abaixo “Nocturnal Cravings”, que ilustram o livro de culinária.

Dali era mesmo um doido: aos 30 anos foi preso por pedofília de incapazes, apoiou o regime autoritário  de Francisco Franco na Espanha e fez parte do Partido dos Nazistas durante a Segunda Guerra mundial. Mas era mesmo um gênio e produziu mais de 1500 quadros ao longo da sua carreira, além de ilustrações para livros, litografias, cenários e trajes de teatro, dezenas de esculturas e vários outros projetos. Pois vou falar de apenas dois deles: um livro de culinária e um livro sobre vinhos. Abaixo, detalhe da contra-capa do livro "The Wines of Gala".

O livro “Les Dîners de Gala” é um livro com 150 receitas estapafúrdias (mas segundo dizem, algumas deliciosas…) que Dali fez em homnagem a sua esposa Gala - sua esposa 10 anosmais velha, uma russa muito forte - e também, segundo dizem, porque seriam receitas para jantares de gala. É claro que em se tratando de Dali não seria uma coisas simples, com um nome simples…

Foi lançado em 1973 pela editora francesa Felicie e segundo um crítico especializado, se trata de “um livro com flair visual, piscando um sentido de humor, um desrespeito às normas aceitas e um sentimento acrescido para o absurdo.” Embora digam que apenas 400 cópias do livro foram impressas, dá para encontrar exemplares na eBay ou na Amazon.com por preços que começam em US$ 500,00. Na foto abaixo, Dali pesquisa receitas...

E para você ter uma ideia mesmo sem ter o livro, veja só os capítulos, com livre tradução para o português:
1. Caprichos principescos pinçados (pratos exóticos)
2. Canibalismos (ovos – frutos do mar)
3. O desconforto Lilliputiano supremo (Entradas)
4. As entre-refeições sodomizadas (Carnes) – veja abaixo a ilustração correspondente
5. Sputnik polido com larvas estatísticas (Caracóis - rãs)
6. Penas variegadas (Peixes e conchas)
7. Cadeiras monárquicas (carnes de caça - aves)
8. Relógios de dormir ½ macios (carne de porco)
9. Atavismo desoxirribonucleico (vegetais)
10. Eu como GALA (afrodisíacos)
11. Pios nonoches (doces - sobremesas)
12. Delicias de pequenos mártires (aperitivos)

O outro livro de Salvador Dali, “Wines of Gala”, foi publicado em 1977. Também  muito excêntrico e dedicado a Gala, o livro registra a obsessão de Dalí com a sexualidade e o desejo de comida e vinho, dois temas importantes que raramente apareceram em seu trabalho “convencional”- se é que Dali fez algum trabalho convencional. Mas, enquanto o livro de receitas foi bem recebido pela critica, “Wines of Gala” quase não foi percebido.

Ao contrário do livro de receitas, Dalí não escreveu nenhum texto para este projeto; o texto foi escrito por profissionais e a obra tinha um poema acróstico introdutório feito pelo Barão de Rothschild. A maioria das 140 ilustrações do artista é formada por esboços e detalhes de pinturas mais antigas; entre as peças originais feitas para o livro, a maioria foi produzida alterando ligeiramente o trabalho de outros artistas, adicionando toques surreais como mulheres nuas e até mesmo garrafas de vinho em forma de pênis. Nas fotos abaixo Dali prova um dos vinhos e mais abaixo, Dali pinta mulheres nuas para uma capa de revista.



Para você ter um gostinho do livro, veja isso. A primeira seção é dedicada à "Dez Vinhos Divinos Dali", uma visão geral de 10 regiões vitícolas importantes. Escrito por Max Gérard, amigo de longa data de Dalí, o texto é apenas enciclopédicamente morno – e a única coisa mais extravagante é que Dali incluiu a Califórnia entre as 10 regiões, por causa do "Julgamento de Paris” que havia acontecido um ano antes. Mas é  a segunda seção, "Dez Vinhos de Gala", que atinge um grau comparável com obras-primas de Dali como "A Persistência da Memória". Escrito por Louis Orizet viticultur e político em Beaujolais, com a ajuda de Georges Duboeuf (o inventor da campanha de marketing para Beaujolais Nouveau), o texto detona a crítica de vinhos ao propor avaliar os vinhos "de acordo com as sensações que eles criam em nossas profundezas" e não por sua geografia, terroir ou variedade da uva. O texto divide os vinhos como "Wines of Light", "Wines of Purple "e" Vinhos de generosidade ", usando métricas como método de produção, peso e cor para encontrar parentescos emocionais, resultando em agrupamentos excêntricos e inusitados.

Com um pouco de sorte o livro “Wines of Gala” também pode ser encontrado na internet. Se você conseguir um exemplar, escreva para este pobre editor, para que possamos compartilhar sua percepção com nossos leitores. Porque como a sabedoria popular costuma nos dizer, de gênio e de louco todo mundo tem um pouco. Tim-Tim!
(*) Rogerio Ruschel é editor de In Vino Vioajas baseado em São Paulo, Brasil, e considera excentrico não ser feliz

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Os barulhos da infância, meus carrinhos de madeira e outras lembranças emocionantes na visita ao Museu do Brinquedo Português, em Ponte de Lima

 
Por Rogerio Ruschel (*)
EXCLUSIVO - Largo da Alegria, Arcozelo, Depois da Ponte: meu caríssimo leitor ou leitora, este é o endereço do mais importante museu de brinquedos de Portugal, na simpaticíssima cidade de Ponte de Lima, no norte do país. Estive lá e enquanto caminhava pelos corredores vivi momentos de forte emoção, revivi memórias de menino e me senti mesmo no Largo da Alegria, com vontade de bater no tamborzinho da foto acima, que me lembrou um brinquedo que eu tinha quando pequeno…

O Museu do Brinquedo Português está instalado em uma propriedade arquitetônica de valor histórico em dois andares com amplas estantes, vitrines e displays, em uma área anexa onde está montada uma cidade em miniatura e um belo jardim - aliás, os jardins em Ponte de Lima são muito bem cuidados. A exposição apresenta por ordem cronológica brinquedos portugueses feitos de maneira industrial com madeira, laminados, ferro, aço, zinco, tecido, plástico, massas e outros materiais.
Todas as peças foram produzidos entre o final do século XIX até 1986 – quando o país entrou na Comunidade Econômica Européia e a indústria de brinquedos de Portugal simplesmente desapareceu, engolida pela globalização.

O museu abriu as portas em junho de 2012, atualmente é o único do país, e caiu no gosto dos portugueses, atraindo cerca de 20.000 visitantes por ano. Quem me recebeu e guiou no Museu foi Sandra Rodrigues, responsável pelos museus do município de Ponte de Lima, que concedeu uma entrevista com exclusividade para os leitores de In Vino Viajas. Veja a seguir; ao longo da entrevista você vai conhecer parte do acervo exposto. 
Em 24 de setembro de 2015 recebi a seguinte mensagem de Carlos Rocha: “Para além do Museu do Brinquedo de Ponte de Lima, Portugal tem o Museu do Brinquedo de Seia, o Brinquedo de (a)brincar de Arronches, o Museu da Boneca, o Museu do Brinquedo da Madeira e o MUSEU do BRINCAR de qual sou CEO”. Obrigado Carlos


R. Ruschel - Como, quando e porque foi criado o Museu do Brinquedo?
Sandra Rodrigues - No dia 01 de Julho de 2007 o Município de Ponte de Lima, o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social e o Comité Português para a UNICEF assinaram um protocolo de cooperação para o desenvolvimento do Programa para a Promoção de Cidades Amigas das Crianças.
Um dos projetos era precisamente a criação de um museu que contribuísse para a investigação e promoção do desenvolvimento integral das crianças. Na sequência o Município fez um protocolo com o colecionador Carlos Anjos pagando um valor anual durante 15 anos para expor o acervo. Em simultâneo vai criando a sua própria coleção e estabelecendo parcerias.


R. Ruschel - Quantas peças e quais as caracteristicas do acervo?
Sandra Rodrigues - Na exposição permanente estão 2.626 peças; nas reservas do colecionador com quem temos o protocolo ainda não terminámos o inventário, por isso só temos uma estimativa de que ultrapassarão as 10 000. No acervo que já foi doado ao Museu ultrapassamos as 1.100 peças. Sobre características: o acervo é constituído maioritariamente por brinquedos industrializados, apesar de também existirem livros infantis, jogos, material escolar e outros acessórios associados à vida infantil.

R. Ruschel - Quais as matérias-primas utilizadas?
Sandra Rodrigues - Inicialmente os brinquedos eram feitos de madeira, folha de flandres, chumbo, pasta de papel, ferro, mas a partir da década de 30 do século XX entram as matérias plásticas como o celuloide e mais tarde outros tipos de plásticos. O plástico não eliminou as matérias-primas iniciais, mas foi tomando um lugar muito forte pois era fácil de moldar, não era perigoso como a folha de flandres e tinha cores mais atrativas...
R. Ruschel - É possivel identificar fases ou estilos dos brinquedos expostos?
Sandra Rodrigues - Sim, é semelhante a toda a Europa, claro que aqui em Portugal sempre um bocadinho mais tarde, porque a Revolução Industrial chegou bem mais tarde. No entanto é possível ir analisando os estilos ao longo das décadas, não apenas pela matéria prima, antes pelos acontecimentos históricos. Passo a exemplificar: nos finais do século XIX até à primeira guerra mundial encontramos miniaturas para que as crianças “fossem educadas” com os seus próprios brinquedos, ou seja miniaturas de objetos do quotidiano das senhoras de casa para educar as meninas a serem boas donas de casa e boas mães.

Entre as duas grandes guerras surgem os brinquedos de menino de cariz bélico; é a “arte da Guerra”. Quando chegamos à época do plástico ainda Portugal era colonizador e até 1975 teve um mercado muito grande para escoar os seus produtos. Nesta altura existiam as bonecas de pele escura, os jeeps e os camiões similares aos do quotidiano dos adultos. O estilo artístico dos brinquedos está sempre associado à história diária dos adultos, pois os objetos dos pequeninos são pura mimese do quotidiano.

R. Ruschel - É possivel fazer um paralelo com os brinquedos de outros paises europeus?
Sandra Rodrigues - No museu temos uma sala que faz precisamente essa comparação. Como já disse, a Revolução Industrial chegou a Portugal muito mais tarde, a ruralidade do nosso país não permitiu o desenvolvimento desta indústria e assistimos a uma evolução tecnológica muito lenta. Copiavam-se modelos, mesmo desconhecendo as técnicas. Só a partir dos anos 30 do século XX temos alguma competitividade na Europa, particularmente porque a mão-de-obra em Portugal era mais barata e por isso algumas marcas estrangeiras encomendavam os seus brinquedos a empresas portuguesas, como por exemplo a Schleich, a famosa marca alemã que tinha a patente dos Estrunfes, agora conhecidos como Smurfs....” . Nas fotos abaixo veja aspectos de uma das atrações: uma cidade em miniatura que ocupa uma grande área anexa no jardim e é técnicamente perfeita nos detalhes.



Sandra Rodrigues (na foto acima especial para In Vino Viajas com alguns de seus brinquedos de infância) é formada em História e Pós-graduada em Museologia pela Universidade do Porto. Atualmente é responsável pelos museus da cidade de Ponte de Lima (o Museu dos Terceiros e o Museu do Brinquedo Português) e está implantando o Centro de Interpretação e Promoção do Vinho Verde e do Território.

(*) Rogerio Ruschel (na foto acima sem seus brinquedos) é editor de In Vino Viajas em São Paulo, Brasil, e leva o jornalismo a sério – mesmo quando tem que escrever sobre brincadeiras de criança
 

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Na batalha pelo mercado internacional, Portugal mantém o 6o. lugar com a premiação de 1.776 rótulos de 346 vinícolas no WRW&S 2015


Por Rogerio Ruschel (*)

Conquistar prêmios é muito importante para uma marca de vinhos, porque obtém o reconhecimento de analistas especializados (críticos, sommeliers, enólogos, fabricantes, chefs, blogueiros, comerciantes e jornalistas) e estes influenciam as vendas para o consumidor final. E em um contexto de competição internacional, mesmo países com reconhecido prestígio internacional  como Portugal precisam lutar como em uma batalha – como mostra o painel acima, da estação São Bento da cidade de Porto. Este batalha dura o ano todo: no mundo do vinho existem muitos concursos (431 em 2014), e a World Association of Wine Writers and Journalists - WAWWJ (Associação Mundial de Jornalistas e Escritores sobre Vinhos em livre tradução) com 13.000 associados, organiza o World Ranking Wines & Spirit, um ranking dos rankings porque soma a pontuação das empresas vinícolas e dos vinhos conquistada em concursos internacionais durante o ano. E Portugal tem que lutar com suas armas: experiência secular e enorme acervo de uvas autóctones em um território pequeno. Veja abaixo as regiões vinícolas do continente.
 
Em 2014 foram realizados 431 concursos de vinhos no mundo; destes, para fazer o Ranking 2015, a WAWWJ coletou os dados de 75 concursos considerados internacionais por terem concorrido fabricantes de pelo menos 5 países e de cuja Comissão Julgadora participou pelo menos um associado da entidade. Para a consolidação do World Ranking Wines & Spirit 2015 foram avaliados mais de 650.100 vinhos de todo o mundo. Os dados são fechados no fim de janeiro de cada ano posterior, e os resultados são divulgados em Julho. Veja o quadro abaixo com os 20 mais premiados vinhos portugueses em 2014 conforme a World Association of Wine Writers and Journalists.
 
A participação em concursos de vinho é muito dispendiosa porque é preciso enviar muitas amostras – em 2014 foram realizados 431 concursos de vinhos. Muitos produtores reduziram sua participação em concursos, e entre eles, os portugueses. A travessia foi muito complicada para vários portugueses em 2014 – e o painel da Estação São Bento, de Lisboa, abaixo, exemplifica isso.
 
Mesmo assim Portugal manteve sua posição de sexto pais mais premiado no ranking dos produtores de 2015; conquistou 1.776 prêmios em 19 competições em 2014, acumulando 37753,18 pontos para a classificação mundial de 2015 e teve dois rótulos na lista de 100 melhores: o Casa Ermelinda Freitas Cabernet Sauvignon Vinho regional peninsula de setúbal 2011 e o Casa Ferreirinha Quinta da Leda Red 2011. Isso significa uma diminuição muito forte em relação relação a 2014, quando Portugal obteve 3.023 prêmios em 31 competições ao longo de 2013, atingindo uma pontuação de 55.155,47 pontos! De fato, os produtores portugueses diminuíram drásticamente sua participação em concursos e o resultado aparece agora. Veja o quadro abaixo com o resumo do desempenho dos paises.
 
A melhor empresa de vinhos portugueses (The Best Wine Society de WRWS 2015) foi a Sogrape Vinhos de Portugal SA com 131 prêmios em 10 competições, alcançando uma pontuação de 3098,48 pontos, repetindo e o sucesso que já vem desde 2013 como a Melhor Empresa de Vinhos portugueses. Veja o quadro abaixo com as 20 vinícolas portuguesas mais bem pontuadas.

O melhor Vinho 2014 WRWS de Portugal foi o Casa Ermelinda Freitas Cabernet Sauvignon Vinho regional peninsula de setúbal 2011, com sete prêmios em sete concursosm en un total de 161.00 pontos. Em 2013 o melhor vinho também tinha sido da vinícola, mas outro rótulo, o Casa Ermelinda Freitas Moscatel de Setúbal Superior 2003, com seis prêmios em seis competições, alcançando a pontuação de 186,25 pontos.

Para ver detalhes do World Ranking of Wines and Spirits 2015 acesse   http://www.wawwj.com/2015/_EN/home.php
  
(*) Rogerio Ruschel mora e trabalha no Brasil, é jornalista, editor do "In Vino Viajas", oitavo site de vinhos mais acessado do Brasil e o mais internacional blogue de enoturismo, cultura do vinho e turismo de qualidade da America Latina, com leitores em 126 paises.