Por Rogerio
Ruschel (*)
A eleição
foi resultado de uma votação da qual participaram milhares de profissionais do
setor de todo o mundo. Portugal foi distinguido com um total de 24
prêmios na edição de 2016 na categoria Europa, e 13 prêmios na categoria País.
Os World Travel Awards existem desde 1993 e a Turismo de Portugal IP, integrado
ao Ministério da Economia português, é a Autoridade Turística Nacional
responsável pela promoção, valorização e sustentabilidade da atividade
turística.
O presidente
(foto acima) é Luis Araujo, jovem ex-administrador do grupo Pestana para a
América Latina, ex-chefe de gabinete do Secretário de Estado do
Turismo
(Ministério do Turismo portugês) e formado em direito com várias especializações em
hotelaria pela Universidade de Cornell; no Brasil o coordenador é Bernardo Barreiros Cardoso. Mas
de onde vem tamanho desempenho de um pais que é menor do que o estado de
Pernambuco? Da qualidade dos gestores, do respeito com que a atividade é tratada, da percepção de que o turismo é um bem
público e do foco da organização. As referências e o ambiente competitivo de
Portugal são os vizinhos, campeões em turismo, como França, Espanha e Alemanha.
Baseado nesse ambiente Portugal tem que se esforçar para atrair turistas e seu Plano
Estratégico Nacional do Turismo está integrado a um Programa de Qualidade com referenciais de qualidade para destinos,
produtos, organizações e serviços turísticos – como por exemplo empresas, o alvo da apresentação acima. Desta forma o pequenino Portugal vem investindo com seriedade
para se posicionar como destino de excelência no contexto nacional e
internacional – e obviamente vem conseguindo.
Os órgãos federais de turismo de muitos paises, inclusive o Brasil poderiam estudar não só as
práticas de boa gestão dos portugueses, mas também um pouco de sua inteligência
estratégica. Por exemplo: colocar profissionais do ramo de turismo na
gestão dos órgãos públicos. Sendo profissionais do ramo e não politicos,
entenderiam porque a Turismo de Portugal participa
de duas empresas - a Portugal Ventures e a Turismo Fundos. A Portugal
Ventures é uma Sociedade de Capital de Risco que foca a sua política
de investimento em projetos inovadores de base científica e tecnológica, bem
como em empresas com projetos de expansão internacional e do setor do turismo.
Os fundos totalizam aproximadamente €600 milhões. A Turismo Fundos administra, gere e
representa três Fundos de Investimento Imobiliário, cuja intervenção tem
possibilitado a modernização e redimensionamento da oferta hoteleira,
demonstrando que o sector do turismo é uma área estratégica para o país. O
capital é de 375 mil Euros e a Turismo de Portugal, I.P. tem 53%. Ou seja, além de políticas com visão de incentivo a longo prazo, atuam em mobilização de mercado, sem interferências ou achaques.
In Vino Viajas publica regularmente estudos e estatísticas da Turismo de Portugal com referência ao enoturismo; por exemplo,
veja aqui: http://invinoviajas.blogspot.com.br/2015/11/pesquisa-mostra-que-o-enoturismo.html
Mesmo sendo um órgão público, a Turismo de
Portugal é eficiente e produtiva e por isso mesmo, meus caros leitores ou leitoras, faço um brinde aos portugueses que são pequenos no tamanho mas grandes no trabalho, e que
acreditam, constroem - e colhem.
(*) Rogerio Ruschel é editor de in Vino
Viajas a partir de São Paulo, Brasil, mas sempre que pode vai a Portugal para
conhecer cada vez melhor este interessante país.
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