quinta-feira, 28 de julho de 2016

Um brinde a Manoel Peterlongo, o criador da champanhe brasileira e da empresa que comemora 100 anos reinventando a alegria de viver


Por Rogerio Ruschel (*)
Meu prezado leitor ou leitora, comprar vinhos de uma vinícola com mais de 100 anos traz pelo menos duas certezas: 1) não há dúvida de que a empresa teve muito tempo e acumulou experiência suficiente para aprender a fazer bons produtos e 2) a longevidade é um sinal de qualidade, porque ninguém se mantém por tanto tempo num mercado competitivo e personalista como o de vinhos sem conquistar e manter o respeito do consumidor. Pois aqui no Brasil quem tem uma ficha como essa é a Vinícola Peterlongo, de Garibaldi, no Rio Grande do Sul, a capital dos espumantes do Brasil.

Foi o imigrante italiano Manoel Peterlongo (foto que abre esta matéria) quem desenvolveu e lançou a primeira champanhe do Brasil, em 1915. Para isso ele constituiu uma empresa com o nome de Armando Peterlongo, seu filho mais velho (foto abaixo) que foi, nos anos seguintes, com grande talento, o realizador dos sonhos do pai. A foto acima mostra parte da fábrica nos anos 1940. Naquela época, a champanhe era elaborada somente pelo método Champenoise, desenvolvido pelo abade Don Perignon em Epernay, Champanhe, no século XVII - aliás, a empresa se mantém fiel a este método até hoje. Outra herança deste pioneirismo é que a Peterlongo tem autorização judicial para utilizar o nome “champanhe” – a Denominação de Origem da famosa região francesa - em seus produtos .

E para comemorar seus 100 anos, a vinícola do seu Manoel Peterlongo está reinventando a alegria de viver, beber, harmonizar e se divertir – verbos que combinam perfeitamente com champanhe... Vou resumir esta história centenária. A primeira champanhe brasileira foi desenvolvida em instalações agora históricas que incluem pelo menos duas propriedades que podem ser chamadas de magníficas. Uma delas é a primeira residência da familia Peterlongo, erguida como um castelinho (veja na foto abaixo), onde hoje são realizadas degustações e cursos para visitantes, mas que em breve poderá ser parte de um hotel que está em planejamento.

A outra propriedade é uma cave subterrânea de 10 mil m² construída com belissimas pedras de basalto nos moldes das caves francesas da época, e que representa uma espetacular solução de engenharia ao manter a temperatura ambiente interna baixa e constante para as garrafas em todas as estações do ano. O corredor da foto abaixo mostra um destes ambientes da cave, que hoje é parte do Museu Peterlongo.

Atualmente a cave está sendo utilizada para atividades de turismo. João Ferreira, sommelier e diretor geral me apresentou o museu que lá está instalado, os projetos de adaptação para tornar o local um centro de eventos e festas, e também me mostrou por onde passa um riacho hoje subterrâneo, que ajudava a levar água para o processo produtivo e fazer a refrigeração da cave. Na foto abaixo João Ferreira, de pé, comanda uma degustação harmonizada para mim e para Marcio Carlotto, da Setur de Garibaldi.

Hoje a Peterlongo é uma empresa moderna, com equipamentos atualizados (foto abaixo) e produz e exporta uma ampla linha de champanhes Brut, Extra Brut, Moscatel, brancas e rosés; vinhos frisante; champanhes filtrados Espuma de Prata; refrigerantes e sucos de uva e vinhos tranquilos com uvas Merlot, Cabernet Sauvignon, Chardonnay, Riesling e Tannat, varietais e assemblages. A lista de prêmios é enorme e pode ser consultada no site da empresa; o prêmio mais recente do meu preferido, o Presence Moscatel, é uma Medalha de Ouro no Concurso Mundial de Bruxelas, na edição brasileira do ano passado.

Como todas as empresas longevas, a Peterlongo também teve que superar dificuldades apresentadas pela economia; afinal, em 100 anos de vida enfrentou duas guerras mundiais, várias turbulências políticas internacionais e nacionais e inúmeros planos econômicos tropicais - e as crises e variações de mercado provocadas por tudo isso. No fim dos anos 1990 a empresa estava concordatária e foi adquirida pelo empresário Luiz Carlos Sella (na foto abaixo recebendo um prêmio), que já tinha negócios na serra gaúcha. Como ele mesmo me disse, a idéia era realizar os aportes de capital, inovação e gestão necessários para colocar a Peterlongo novamente no caminho da liucratividade, e então vendê-la. 

Pois durante 15 anos os tais investimentos foram feitos, uma nova equipe gestora foi contratada e sob o comando do próprio Sella e do executivo João Ferreira, oriundo da competitiva indústria automotiva, a empresa voltou ao azul em 2014. Mas como é bastante comum no mundo do vinho, o investidor se apaixonou pela atividade e em vez de vender a Peterlongo, decidiu ampliar os investimentos. O relacionamento com a comunidade, que foi abandonado nos duros tempos de crise está sendo retomado e em breve vai ser lançado um livro com a memória dos 100 anos da empresa, o que, segundo Ferreira, é de enorme significado e importância para a Peterlongo. Na foto abaixo, rótulos históricos da empresa.

Como a Peterlongo recebe muitos turistas, muitos planos começam por aí. A antiga cave de pedras de basalto deve se tornar um centro de eventos para casamentos e festas, cursos, degustação e varejo. O atual museu vai ser ampliado e modernizado. O castelo residencial da familia deve ser parte de um hotel a ser construído. E nos jardins da empresa, ao lado de um vinhedo que costuma ser visitado pelos turistas (veja a foto abaixo), será implantado um espaço para projeções de cinema ao ar livre, mais um ato de memória a Armando Peterlongo que fazia filmes de interesse comunitário que estão sendo recuperados.

Esta é a parte visivel das mudanças, mas na área de produção também estão sendo realizados investimentos que ainda não estão sendo revelados. Mas como me disse João Ferreira, “Vamos honrar a memória dos pioneiros Manuel e Armando Peterlongo com ideias, produtos e serviços de qualidade superior”. Tenho certeza de que isso vai acontecer, meus caros João e Sella, porque somente com qualidade superior uma empresa produtora de champanhes poderá continuar a ser competitiva local e globalmente. Faço um brinde a todos do passado e do futuro desta empresa gaúcha e brasileira da qual todos devemos nos orgulhar. E eu quero voltar na Peterlongo para ver todos estes projetos realizados.
 
(*) Rogerio Ruschel é editor de In Vino Viajas e já viu garrafas de champanhe Peterlongo em muitos eventos no Brasil e exterior, nos ultimos 40 anos.




quinta-feira, 21 de julho de 2016

In Vino Viajas publica 400 reportagens sobre cultura, turismo e vinhos e ultrapassa 20.000 acessos por mês, com leitores de 134 países!


Por Rogerio Ruschel (*)
Querido leitora ou leitor: agora sou um storyteller com 400 historias publicadas! Aqui no “In Vino Viajas” já propus brindes a centenas de pessoas, comunidades e organizações que vêm ajudando a tornar a vida mais agradável com atitudes sociais, culturais e ambientais importantes para as pessoas, o patrimônio e  o planeta. Por isso peço licença para propor um brinde a mim mesmo como editor do “In Vino Viajas” porque estou comemorando este mês a publicação de 400 reportagens em 4 anos. Tim-tim! Um pequeno momento de orgulho no meio de 400 historias pode ser perdoável, não?

Em 29 de maio de 2012 publiquei aqui minha primeira matéria, uma reportagem sobre os sabores da Borgonha e sua linda capital, a cidade universitária de Dijon (acima, visitando uma videira em Côte de Baune). Desde este primeiro dia não abri mão do compromisso de respeitar a inteligência do leitor fazendo jornalismo com compromisso a partir da minha atividade como repórter de turismo e também sobre o que sempre gostei mas nunca tinha escrito: sobre a cultura do vinho. Esta minha primeira matéria de maio de 2012 teve apenas 16 acessos, míseros 16 acessos; hoje a média de acessos por reportagem está acima de 1.200 – veja abaixo o ranking dos 10 mais lidos em 21.07/2016.

Em 2015 fui convidado a fazer palestras na Espanha, Portugal e Uruguai porque “In Vino Viajas” foi considerado um exemplo de storyteller de sucesso no ramo do vinho. Eu não sabia disso e pra ser sincero, nem sabia o que era storyteller. Pois neste mês de junho de 2016 publiquei a reportagem de número 400, uma típica storytelling: uma entrevista apoiando a campanha de uma socióloga para o reconhecimento da Ribeira Sacra, região espanhola com viticultura heróica e paisagens impressionantes, como um Patrimônio da Humanidade da Unesco, ao lado de outras nove regiões do planeta (http://migre.me/uoZlK).


Pois com esta reportagem e outras duas publicadas neste mesmo mes de junho – stories sobre a inauguração da Cité du Vin, o maior museu do vinho do mundo em Bordeaux, França (http://migre.me/uppvg), e o sucesso do Plano de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo (http://migre.me/uppyY) - “In Vino Viajas” bateu outro recorde: ultrapassou a faixa de 20.000 acessos em um mês. Pode parecer pouco, meu caro leitor ou leitora, mas 20 mil pessoas lendo sobre a defesa de um patrimônio cultural, a inauguração de um museu e o sucesso de um plano de sustentabilidade é muita gente! Até porque denúncias, sexo, sacanagens e besteiras é que são os assuntos que atraem a atenção dos leitores e tem grande acesso na internet. Fazendo jornalismo com compromisso “In Vino Viajas” está atraindo mais de 20 mil leitores por mes, é o oitavo blogue de vinhos mais acessado do Brasil e mantém um vetor de crescimento permanente desde 2012 – veja abaixo.


Muitos blogueiros divulgam que tem milhares de acessos e ganham milhões de reais com isso, mas ninguém comprova. Tenho leitores em 134 paises e posso comprovar. E posso comprovar também o volume de acessos: há dois anos publico do lado direito da página Home uma coluna com um software que registra os acessos online ao blogue, no qual você pode ver a qualquer momento exatamente quem está acessando e da onde. Veja abaixo um exemplo.

 


E por falar em acessos, entre 19/05/2015 e 21/07/2016  (387 dias) tive uma média diária de 5.130 acessos nas redes sociais, segundo o Google+ - veja os registros abaixo. Tudo documentado.



Apresento histórias verídicas, envolvendo seres humanos de verdade. E acho que isso é que tem conquistado o respeito de vinícolas, distribuidores, importadores, gestores de turismo e de pessoas que gostam de vinhos, de cultura, de viagens e de qualidade. Como com a familia da Dona Odete (foto abaixo), historia publicada em julho (http://migre.me/uprAz). Quero repetir aqui o que de fato me move e que escrevi pela primeira vez em junho de 2013, quando publiquei a matéria de número 100: “Se Deus me permite escrever aqui no “In Vino Viajas”, quero agradecer a você que me honra com a sua leitura, que me incentiva compartilhando com seus amigos, e me faz sentir mais humano e útil trazendo momentos de beleza, alegria e cultura; é para você que visito vinhedos, praças, campos, adegas, monumentos, ruas e calçadas pelo mundo.” 


E para encerrar, repito o que publiquei em 2014, quando comemorei 200 reportagens publicadas no “In Vino Viajas”: meu querido leitor ou leitora, tenha a certeza de que todos os dias, nos textos e fotos que você vai encontrar aqui, estão a alegria de viver de um jornalista curioso e o agradecimento profundo de um ser humano a todos que o permitem ser feliz. Faço um brinde a isso: tim-tim!
(*) Rogerio Ruschel edita este blogue desde maio de 2012

 


terça-feira, 12 de julho de 2016

Conheça a Dona Odete, chefe de uma família de mulheres agricultoras que superou desafios e hoje encanta turistas na Estrada do Sabor, Garibaldi, na serra gaúcha


Por Rogerio Ruschel (*)
Meu prezado leitor ou leitora, vou contar uma historia que começa triste mas tem um final muito feliz – a historia da dona Odete Bettú Lazzari (foto acima) e sua corajosa família de mulheres. Era uma vez uma pequena propriedade na Linha São Jorge, uma comunidade no interior do município de Garibaldi, vizinha do Vale dos Vinhedos, na serra gaúcha, na qual vivia uma família de agricultores de origem italiana que vivia da produção e venda de uvas e leite. A região era linda (foto abaixo) e todos vivivam felizes.

Mas em 1997 aconteceu um problema: Danilo, o chefe da familia, faleceu e o mundo desabou nos ombros da viúva Odete que ficou com quatro filhas para sustentar. Numa comunidade como essa as mulheres são quase sempre coadjuvantes dos homens da casa, e ao longo de dois anos a viúva teve que vender as vacas leiteiras, os tratores, arrendar os parreirais e até pedir dinheiro emprestado para parentes para sustentar a família. Até a natureza parecia estar pesada, contra as mulheres da familia Lazzari.

Mas em 29 de novembro de 2001 o município de Bento Gonçalves, o Sebrae e a Atuaserra (organização privada) começaram a implantar a Estrada do Sabor, uma proposta para desenvolver o turismo rural na região e assim oferecer uma oportunidade de geração de emprego e renda para famílias rurais, com foco na agricultura e a agroindústria. Parecia que o céu começava a se abrir para a familia Lazzari (foto abaixo).
Além disso ao mesmo tempo se pensava em internalizar o turismo, isto é, aproveitar o fluxo de turistas que já visitavam as vinícolas grandes na cidade e outras atrações urbanas da região, o que de fato aconteceu. Hoje, quinze anos depois, o roteiro é um grande sucesso de crítica e público, muito bem organizado e sinalizado – e por isso mesmo muito frequentado.

Dona Odete Bettú Lazzari - hoje com 66 anos, abaixo – aceitou o convite para participar do projeto, imaginando poder gerar renda vendendo aquilo que ela e suas filhas sabiam fazer de melhor: refeições deliciosas com receitas secretas da família. 

Nos anos seguintes a vida foi uma dureza. As cinco mulheres (duas das filhas ainda adolescentes) enfrentaram todos os tipos de desafios: a falta de crédito oficial, o preconceito comunitário, a desconfiança dos vizinhos, a falta de estudos e a inexperiência em receber turistas e gerir um negócio. Dona Odete inventou a Osteria della Colombina que um dia seria um restaurante e começou oferecendo pique-niques no jardim da propriedade porque não tinha louças e toalhas; estes utensilios foram emprestadas pelo Hotel Casacurta e a secretária de Turismo e Cultura de Garibaldi, Ivane Favero, lembra que levou as louças para a casa da dona Odete em seu carro.

Pois as cinco mulheres venceram tudo isso e continuam vencendo: as filhas Rosangela, Raquel e Roselaine já estão casadas, formadas e tem empregos estáveis que ajudam o negócio da familia, e a filha mais moça, Raissa, com 27 anos - uma excepcional relações públicas formada em Enoturismo - é quem está mais presente no dia-a-dia da Osteria della Colombina ao lado da mãe. Rosangela, a filha mais velha, é técnica em agropecuária com habilitação em agro-indústria e estudou viticultura em Verona, Itália. E é uma das maiores incentivadoras da recuperação das receitas históricas da familia. Nas fotos abaixo Odete com duas das filhas e uma mostra dos produtos locais.


Pois é, meu caro leitor ou leitora, quinze anos se passaram, e este não é o final, mas já é feliz. Hoje a Osteria della Colombina é reconhecida no Brasil e exterior e serve de exemplo em programas de Turismo Rural na Agricultura Familiar. Dona Odete e suas filhas recebem grupos de até 35 pessoas que se emocionam com a experiência criativa, simpática e autêntica oferecida na Osteria, como degustar refeições típicas de imigrantes italianos (foto acima) em ambiente único, numa mesa comprida, no porão da casa da família, que ainda tem um piso de “chão batido“ (veja abaixo).

Só para você ter uma ideia dos dotes culináros da familia, anote: como minha visita foi individual e fora do horário de almoço, dona Odete teve que “improvisar”, cozinhando “algo simples”. Este “algo simples” da dona Odete começou com uma polenta brustolada na chapa como entrada (foto abaixo), acompanhada de alguns embutidos, capeletti in brodo e um risotto fantástico.

O cardápio official servido para os visitantes (R$ 60,00 com vinho da casa) inclui estes pratos acima e mais: carne lessa – carne de galinha caipira e gado cozidas na água com temperos não revelados.
Na continuação tem salada orgânica e deliciosa, uma porção generosa de nhoque de tres queijos com salaminho defumado; uma galinha ao molho vermelho de tomate da casa; carne de panela assada a moda antiga com bacon e salame – daquelas que tem sabor de panela realmente antiga - e uma fortaia, um tipo de omelete colonial italiano – veja na foto abaixo. 

E mais: dona Odete oferece aos visitantes uma sobremesa natural execepcional: muitos doces, geleias e compotas de frutas e sorvete de limão siciliano feito em casa. Meu caro leitor ou leitora, é simplesmente divino! E ainda existem receitas antigas resgatadas pela família, como a moranga recheada (foto abaixo), que fazem sucesso até mesmo além mar e que não pude conhecer! 

A familia oferece visitação à propriedade com trilhas entre pomares e parreirais, sempre no meio de uma deslumbrante paisagem; você se sente até mais leve depois do passeio! A familia mantém um pequeno e intimista museu com objetos antigos como utensílios domésticos e agrícolas, peças religiosas e fotografias, em uma réplica de casa de madeira da colonização italiana – veja nesta foto abaixo.

Como bons empreendedores a familia Bettú Lazzari já está “exportando” produtos como vinhos familiares (com uvas Montepulciano, Corvina e Malbec, ótimos, por sinal), tempero, doces de frutas como uvas, citricos, ameixas, pessegos, peras, figos, marmelos - em pasta, geleias, compotas e conservas, tudo feito com matéria prima orgânica produzida em casa – e certificada. Veja foto abaixo uma amostra. Dona Odete me disse que “aqui tudo saiu de nossa cabeça, pensamos coletivamente, nada é feito sozinho porque somos de uma familia de Cremona, da Itália” – com forte sotaque de quem sempre falou o italiano de Veneto, hoje chamado de talian.


Mas as cinco mulheres tem outra magia de encantamento: convidam o visitante a participar da "Oficina Mãos na Massa", a oportunidade do turista preparar sua própria “Colombina”, uma pombinha feita de massa de pão que repousa em uma embalagem tipo caixa de fósforo que as familias italianas faziam desde o sempre, para envolver as crianças na produção do pão nas familias. Tem gente que chora – e com razão, porque é um gesto simples mas cheio de significados de momentos que nnao conseguimos ter nas cidades grandes. Dona Oete me confessa: “Lidamos com o emocional das pessoas, os visitantes passeiam, fotografam, conversam, ouvem historias, ficam de duas a tres horas aqui, se emocionam, muitos choram escondido...”.
Pois é: em 15 de junho de 2016 a Osteria della Colombina completou 15 anos de história, data comemorada com o lançamento de um passeio autoguiado intitulado “Os Caminhos da Colombina” – veja abaixo a placa criada pela designer Rosana Marina. 

O roteiro, que sozinho já justifica uma visita a a Osteria della Colombina, oferece passeios entre pomares, vinhedos, hortas certificadas orgânicas, animais domésticos, belas paisagens, agroindústria, uma pequena vinícola de sonho e um museu familiar. A ideia, como me disse a dona Odete, é que o visitante se sinta em harmonia com este lugar como nós nos sentimos”.
Nós nos sentimos, dona Odete, eu me senti de verdade. A Osteria della Colombina que foi palco de uma tragédia familia, resisitiu e continua sendo um lar - só que agora para muito mais pessoas do que as cinco mulheres corajosas da familia Bettú Lazzari. Na foto abaixo eu recebo a energia positiva e tenho o privilégio de aprender sobre persistência, união e qualidade de ida com dona Odete e duas de suas valorosas filhas.

É necessário agendar a visita para viver esta emoção. Mais informações podem ser obtidas no fone (54) 3464 7755, em http://www.estradadosabor.com.br/odete_bettu ou pelo e-mail

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Para saber mais sobre turismo em Garibaldi acesse http://www.turismogaribaldi.com.br/
Em Garibaldi sugiro se hospedar no Casacurta Hotel - http://www.hotelcasacurta.com.br/

(*) Rogerio Ruschel é editor de in Vino Viajas em São Paulo, mas quando pode vai para a serra gaúcha para poder viver a verdadeira vida de quem sabe viver.