quarta-feira, 21 de maio de 2014

Taças na copa: harmonizando comidas brasileiras com vinhos internacionais


Por Rogerio Ruschel (*)
Tatiana Dornelles, jornalista e editora do blog DestinoMundoAfora publicou recentemente um post sobre que tipo de comidas todo turista-torcedor da Copa do Mundo 2014 deveria experimentar no Brasil, em termos de culinária regional – incluindo bebidas como a caipirinha e o chimarrão da minha querida terra natal, o Rio Grande do Sul. Algumas deleas estão aqui, mas veja no final deste texto como acessar este post.
Entre os 32 países participantes da Copa do Mundo 2014 no Brasil, vários deles têm tradição na produção de vinhos de qualidade e certamente os torcedores estão acostumados a escolher e harmonizar vinhos e comida em seus países de origem. Por isso achei cque poderia ser útil dar algumas dicas de harmonização para os visitantes, especialmente para argentinos, espanhóis, uruguaios, italianos, franceses, chilenos, alemães, norte-americanos, portugueses, suíços e croatas. É possivel que alguns dos pratos da culinária brasileira sejam novidades absolutas para eles, como o churrasco da foto de abertura (excluindo argentinos e uruguaios), o vatapá da foto abaixo e pratos típicos amazonenses.

É claro que cada pessoa deve procurar sua própria combinação de comida com vinho, e que seria patriótico sugerir vinhos brasileiros para eles, mas como talvez os visitantes não tenham muito tempo para fazer experiências e não quero que tenham má impressão, divulgo a seguir algumas dicas de harmonização com vinhos encontrados internacionalmente, feitas originalmente pelo blog TintoseTantos da Casa Flora, loja brasileira especializada em alimentos e bebidas. Anotem, prezados visitantes.
A moqueca, na versão capixaba ou na versão baiana, é um prato rico e saboroso. Para acompanhá-la, escolha entre os brancos Chardonnay ou Trebbiano, ou entre tintos à base de Tempranillo, como os espanhóis de Rioja, ou à base de Sangiovese, como os de Chianti.

Cuscuz, se for de legumes, vai muito bem com vinhos produzidos à base de Nebbiolo, como os italianos Barolo ou Barbaresco. Se for de camarão, prefira Chardonnay.

Tanto feijão tropeiro (foto acima), virado à paulista, como baião de dois pedem vinhos com acentuada acidez. Cabernet Franc, Sangiovese, Pinot Grigio ou Alvarinho. Escolha, e se delicie. Tempranillo também é boa opção.

O prato mais representativo da culinária nacional é, sem dúvida, a feijoada (abaixo). E, para a surpresa de muitos, ela pode dividir a mesa com uma bela garrafa de vinho, principalmente se for de boa acidez. Experimente espumantes ou frisantes, brancos ou rosés e surpreenda-se. Se for de tinto, siga a dica de alguns especialistas no assunto, que recomendam a força de um Malbec ou Cabernet Sauvignon.

O saboroso pato no tucupi fica ainda mais marcante se harmonizado com um vinho Sauvignon Blanc, mas é um bom parceiro de Cabernet Sauvignon e Merlot.

É, nós adoramos churrasco (foto da abertura). Pode parecer estranho mas o vinho é um excelente parceiro; os argentinos combinam com seus Malbecs e os uruguaios fazem excelentes combinações com os ótimos Tannat que produzem, mas também dá para harmonizar com Shiraz e Cabernet Sauvignon.

Uma refeição saborosa como a galinhada pode receber diversas sugestões de vinho interessantes. De todas, a melhor delas ainda parece ser um tinto Pinot Noir.

A textura firme e o rico sabor do pacu assado vão combinar muito bem com Sauvignon Blanc, Pinot Grigio ou Alvarinho. Para realmente acertar, escolha um Vinho Verde, de Portugal.

As pitorescas costelas de tambaqui dp Norte do Brasil harmonizam bem com vinhos brancos ácidos, mas ficam ainda mais especiais com tintos como Pinot Noir ou Cabernet Franc.

O arroz com pequi, independente do prato que estiver acompanhando, fica ainda mais valorizado na presença de vinho espumante, bem seco. 

Abaixo, duas especialidades amazonenses que vão tirar o sono dos gringos: o tacacá (uma espécie de sopa condimentadésima) e uma vitrine de estranhos óleos e azeites, comestíveis ou medicinais, encontrados nas boas casas do ramo no Norte.
 
Para saber mais sobre Copa do Mundo e vinhos, veja outros posts da série Taças na Copa:
(*) Rogerio Ruschel é gaúcho, jornalista, enófilo e gosta de pesquisar como hrarmonizar qualquer comida com vinho, a qualquer momento



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