segunda-feira, 25 de junho de 2012

Pizzas, cafés e um Sforzato di Valtellina nas ruas de Milão

Saindo de Veneza, com duas horas e pouco de trem estávamos em Milão.
As pessoas que visitam Milão têm opiniões diferentes sobre o “agito”, mas comungam com o fato de que é uma cidade muito bonita. Ficamos num hotel perto da boca de um metrô para facilitar o embarque no aeroporto, no fim do roteiro. 




Nos 4 dias que passamos em Milão, entre uma pizza e outra com vinho da casa - ou de vez em quando um jantarzinho mais caprichado com um vinho "local" -  perambulamos pela cidade fugindo do calor abrasador. 

Estivemos no Castello Sforzesco, com belos pátios, e descansamos na sombra de seus jardins, fazendo um pique-nique de bolso, rapidinho, só com sanduíches pré-prontos e uma única garrafa de Sforzato di Valtellina, um DOCG badalado da Lombardia, num clima chique-pobre... Tiramos um dia inteiro – enquanto as pernas resistiram – para visitar a região central, onde está a Piazza del Duomo, uma catedral enorme (em obras de recuperação), que levou 500 anos para ser terminada. Dá para ficar uma hora só olhando as portas de bronze, onde baixos-relevos contam histórias fantásticas. 


 Pertinho dali está o Teatro Scalla – que, sinceramente, achei meio chinfrim perto de outros prédios históricos que tinha visto nos últimos 15 dias – e a badalada Galeria Vittorio Emanuele II, uma belíssima galeria comercial com quatro entradas em forma de cruz, piso com mosaicos ilustrados com signos do zodíaco (sim, pisei nas partes genitais do Touro, para dar sorte…), telhado de vidro e um belo domo central. Inaugurada em 1877, a Galeria tem cafés (onde está o Savini com o melhor café de Milão – e acho que também com a maior fila de espera dos cafés da cidade!) – lojas e restaurantes e uma livraria muito interessante.


Se alguém quiser saber das lojas de grife de Milão, não pergunte para mim. Sei que lá estão Versace, Valentino, Giorgio Armani, Salvatore Ferragno, Gucci e outras; passamos por perto, mas confesso que o máximo que fizemos foi tirar fotos para impressionar os amigos, enviando por e-mail.


Dois dias depois deixamos Milão em direção a Paris e São Paulo, trazendo mais de duas mil fotos e uma grande saudade dos momentos agradáveis fazendo pique-niques na Europa: nos terraços dos vignobles de Lavaux, em Lausanne, Suíça; dois ou três na paisagem ou na sombra de castelos na Toscana; sanduichezinhos em Veneza e no aeroporto Charles de Gaule enquanto nosso avião não partia para São Paulo. Onde chegamos amassados, de manhã cedo, mas nos vingamos abrindo uma champanhezinha francesa de noite.


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