terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Um Feliz Ano Novo se faz com união, paz e qualidade de vida; uma mensagem de Carlo Petrini, do Movimento Slow Food


Por Rogerio Ruschel (*)

Em maio de 2010 Carlo Petrini, fundador em 1986 do Movimento Slow Food, proferiu um discurso na abertura do IV Congresso Internacional do movimento, que permanece inabalávelmente atual. In Vino Viajas acredita que a cultura do vinho e a qualidade de vida nas comunidades rurais está profundamente ligada aos valores do movimento Slow Food (e de seu filhote Cittaslow, veja abaixo) e por esta razão publica a mensagem de Petrini a seguir. Além do que esta mensagem é uma excelente reflexão para o Natal e para o Ano Novo no qual todos queremos construir qualidade de vida.

O discurso de Carlo Petrini

“Nosso recurso é a visão política fora das normas tradicionais e dos padrões de política tradicional: as categorias esquerda e direita estão desatualizadas, já não significam mais nada. A novidade está no mundo da holística: velhas categorias de pensamento baseado no mecanismo, o reducionismo, agora são dramaticamente ultrapassados pelos acontecimentos atuais devido às crises econômicas e culturais.“

“A interpretação científica danificou o mundo agrícola e a produção de alimentos, e esquecemos que os fundamentos da comida são os mesmos que a vida. O modelo baseado no consumismo crescente provou seu fracasso e o que ficou demonstrado com clareza profética por Pier Paolo Pasolini em sua carta q Italo Calvino, em 1975. Mesmo a expressão "desenvolvimento sustentável" é um oximoro (um oximoro é uma figura de linguagem que aproxima dois antônimos, por exemplo, “silêncio ensurdecedor”). Precisamos de uma visão holística, a separação suficiente entre o mundo da produção e o mundo do consumo.” (Slow Food propõe a valorização dos alimentos produzidos localmente, comprados em mercados públicos, como na foto abaixo).

“Hoje estamos diante de uma grave crise de entropia que precisa de soluções revolucionárias. (entropia é um conceito da física – a parcela de energia que não pode mais ser transformada em trabalho). 

Slow Food vai contribuir para o novo humanismo a partir de quatro conceitos básicos :
Qualidade do trabalho - alternar entre otium e negotium (o ócio e o negócio), trabalhar sem perder o sentido das coisas e da vida. As pessoas não têm medo de trabalhar duro, mas têm medo de alienação.
Fortalecer reciprocidade – está posta em movimento uma nova energia através da solidariedade; alguns modelos já existentes são o da Agricultura Apoiada pela Comunidade (orgânica) ou grupos de compra cooperados. Devemos nos inspirar na generosidade do camponês e exigir uma contra-partida da civilização urbana. Bom e belo é o direito de todos - a batalha política é feita sobre isso, o compartilhamento, o justo, é a nova missão do Slow Food para os próximos quatro anos.
Quebrar o monopólio do conhecimento que ignora a oralidade e a cultura rural -  precisamos dar o status adequado para as línguas indígenas e dialetos, e isso sem mencionar o reconhecimento histórico da língua materna como um elemento-chave para a construção de idioma nacional que nos deixou o trabalho de Antonio Gramsci.”

Carlo Petrini deixou para os delegados do VII Congresso uma metáfora muito rica: "Estamos em um momento difícil, em um frio de inverno no qual nos devemos armar com um bom cobertor. Pense em uma colcha de retalhos . É composta de pequenos pedaços de tecido, que sozinhos, não conseguem cobrir qualquer coisa . Mas se combinarmos essas peças de cores diferentes, com uma linha forte, teremos um cobertor quente e bonito. As comunidades da Terra Madre são os pedaços de pano. Slow Food é a discussão. Que sejamos o fio para as comunidades e seus territórios e realizemos juntos a nossa utopia concreta. Que neste Congresso nasça um novo agente politico que modifique a realidade concreta do pais.” (O Movimento Cittaslow, inspirado pelo Slow Food hoje está em centenas de cidades como Biskupiec, na Polônia, na foto abaixo).

O Movimento Slow Food foi criado em 1986 em Orvieto, Itália, pelo italiano Carlo Petrini e se transformou em uma organização internacional atualmente com 100.000 sócios de 150 países que promove a eco-gastronomia, a educação alimentar, alimentos sustentáveis e a agricultura de base local. O princípio é simples: a forma como nos alimentamos tem profunda influência no que nos rodeia - na paisagem, na biodiversidade da terra e nas suas tradições. 

O Movimento Cittaslow foi criado em 1999 por Paolo Saturnini em Greve In Chianti, Itália (ex-presidente da Associazzione Cittá Del Vino), inspirado no Movimento Slow Food que revolucionou práticas de gestão pública. Em 2012 entrevistei Paolo Saturnini com exclusividade – veja abaixo minha foto com ele, que está de preto. O objetivo do Cittaslow é melhorar a qualidade de vida dos cidadãos a partir de propostas vinculadas ao território, ao meio ambiente, ao protagonismo comunitário e ao uso de novas tecnologias. O inimigo é o estresse, a pressão de valores não naturais, a perda de referências, a pressa; o movimento quer valorizar o território e não apenas ocupá-lo. 


Fonte: arquivos do Movimento Slow Food. 
Saiba mais sobre Slow Food e Cittaslow nestes links:
(*) Rogerio Ruschel é jornalista, enófilo e acredita na slow food e em cidades com cittaslow.








quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Um espumante noturno da Galícia para enfeitiçar as gatas na balada


Por Rogerio Ruschel (*)

A Bodegas Pablo Padin de Pontevedra, Galícia, Espanha, tem uma grande experiência na produção de vinhos e uma tradição que se expressa em inúmeros prêmios conquistados por seus rótulos. Mas, como se sabe, é preciso continuar a inovar no mercado, e para tanto desenvolveu o projeto Feitizo (feitiço), para posicionar a marca como inovadora e de vanguarda.



O Feitizo é um espumante branco e leve concebido para mulheres jovens frequentadoras de baladas. Segundo os produtores, utiliza como personagem um gato preto, um animal noturno (como frequentadores de baladas) que com uma marota piscadela de olhos transmite a essência enigmática e misteriosa dos espanhóis da Galícia - os galegos. O gato fica em uma ilustração de traços simples com movimento e olhar intimidador. As ondas ilustradas ao fundo criam uma tapeçaria que inspira e faz lembrar o mar impetuoso da Galicia - ou as montanhas da região, como se pode ver abaixo.



Na tipologia (escolha das letras) o estilo Bauhaus reflete simplicidade, continuidade e contribui para a arteart-deco” do design. A garrafa é embalada em uma caixa única, um pacote que consiste em duas metades e uma faixa que se encaixam como um quebra-cabeça



O Feitizo é um vinho produzido com a uva branca Alvariño (veja acima), muito utilizada nesta região da Espanha e em Portugal, seu vizinho "de muro" - pu de rio, o Minho. O vinho tem a Denominação de Origem DO Rias Baixas e a Bodegas Pablo Padin pode ser visitada na Rota do Vinho Rias Baixas.



Para saber mais sobre Rias Baixas e o vinho alvariño acesse http://invinoviajas.blogspot.com.br/2013/09/no-caminho-de-compostela-conheca-o-bus.html

(*) Rogerio Ruschel é jornalista, enófilo e gosta de alvarinhos noturnos ou diurnos - e de gatas, galegas ou não.

 

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

A adega da Moldávia que tem 100 Km, 1,3 milhões de garrafas de vinho e engoliu o astronauta Yuri Gagarin

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Por Rogerio Ruschel (*)

Apesar de serem as mais tradicionais e visitadas, as caves subterrâneas francesas da Champagne, Borgonha e Bordeaux, com no máximo 20 quilometros, não são muito grandes. As maiores do mundo estão localizadas na Moldávia, um pequeno país que ficou independente da União Soviética em 1991 (veja no mapa abaixo). A Moldávia – também conhecida no passado como Moldova, Dacia e Bessarabia - tem uma história de quase 5.000 anos e sempre ligada ao vinho.
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Atualmente seus cerca de 4,5 milhões de habitantes tem 25% do PIB baseado no vinho e o país é o sétimo maior exportador de vinhos do mundo, o que vem injetando muito dinheiro no país. Na foto abaixo a parte moderna da capital Chisinau.
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Duas comunidades da Moldávia discutem quem tem a maior adega do mundo: Cricova e Milestii Mici. As “minas de Cricova” ficam perto da capital Chisinau e suas entranhas de calcáreo começaram a ser escavadas no século XV com o objetivo de fornecer calcáreo e cal para a construção de Chisinau - uma cidade com muitos parques e praças (abaixo) e que é considerada uma das capitais européias mais arborizadas. Veja abaixo uma cena da Moldávia rural.
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As adegas de Cricova somam cerca de 100 quilômetros de comprimento e em seus corredores de até 7,5 metros de largura e 3,5 metros de altura que albergam cerca de 1,3 milhões de garrafas com 653 marcas diferentes, podem circular automóveis (abaixo) por ruas que são batizadas com nomes de uvas, como Praça Cabernet, corredor Pinot Noir, ruas Chardonnay, Sauvignon, Feteasca, praça Aligote ou avenida Muscat. Veja bem abaixo parte da Cabernet Street.
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A Coleção Nacional de Vinhos de Cricova, que fica dentro da adega, é famosa e respeitada: as garrafas mais antigas datam de 1902 e entre elas estão algumas preciosidades que pertenceram ao general nazista Hermann Goring. Durante os períodos de guerras as minas da Cricova foram utilizadas como esconderijo de combatentes ou para estocagem de armamento – o que, aliás, também aconteceu na França durante a invasão nazista da segunda grande Guerra.
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Milhares de visitantes visitam a Coleção Nacional e a adega desde que começou a ser usada para guardar vinhos nos anos 1950; registros mostram que os presidentes da China (Zian ZeMin), da França (Jacques Chirac), da Polonia (Alexander Kwasniewski), da Romania (Lon Iliescu) e da Russia (Vladimir Putin, que comemorou seus 50 anos lá dentro), além de Leonid Brejnev e Mijail Gorbachov costumavam ir lá para provar os vinhos. Aliás, moradores dizem que Yuri Gagarin (foto abaixo), um herói nacional russo e o primeiro homem a viajar para o espaço e voltar para o Planeta Terra, teria se perdido nos subterrâneos de Cricova durante dois dias em 1966 e quase não voltou para a superfície da Terra…
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A outra adega concorrente ao titulo de maior do mundo se chama oficialmente Empresa Estatal e Complexo Industrial de Vinhos de Qualidade Milestii Mici, criada oficialmente em 1969 para armazenar, amadurecer e preservar vinhos de alta qualidade para exportação. Veja abaixo o bonito brazão das armas da nação Moldava que realmente entende de vinhos, especialmente espumantes, reforçados e tintos de mesa.
 
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Existem informações conflitantes sobre Milestii Mici. O que é verdade é que as galerias subterrâneas podem atingir até 100 metros de profundidade e alcançam as bordas da capital Chisinau. Consta que no total tem cerca de 200 quilometros de galerias, mas o acesso tem sido feito "apenas" aos primeiros 55 quilometros. De qualquer maneira Milestii Mici foi reconhecida pelo livro dos recordes Guiness como a maior coleção de garrafas de vinho de qualidade do mundo, com mais de 1,9 milhão de garrafas.ø que é maior do que a minha adega aqui em casa...

Este post é dedicado ao(s) leitor(es) do In Vino Viajas que mora(m) em Chisinau.

(*) Rogerio Ruschel é jornalista, enófilo, visitou caves subterrâneas em Saint Emillion, Bordeaux e adoraria se perder nas adegas da Moldávia.




sábado, 21 de dezembro de 2013

Notícias do terroir de Montilla: minha videira madrinha está bem e se prepara para enfrentar o inverno


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Por Rogerio Ruschel (*)
Se o turismo está baseado na oferta de experiências emocionais – aquelas que ficam depois que o momento passa – estou vivendo uma demonstração do melhor enoturismo do mundo, porque acabo de receber informações sobre como minha “videira madrinha” está se preparando para o inverno. Explico: é que acompanho a metamorfose anual de uma videira de uvas Pedro Ximénez em Montilla, perto de Córdoba, na Andaluzia, Espanha, que é minha madrinha (veja a localização da DO  Montilla-Morilles - o ponto mais roxo no mapa abaixo).
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A Bodegas Robles de Montila é uma empresa familiar que desde 1927 produz vinhos finos de mesa com uvas Pedro Ximénez, Verdejo e Tempranillo com a Denominação de Origem (DO) Montilla-Moriles, muitos deles premiados. Em suas quatro propriedades produz também vinhos reforçados, vinagres e outros produtos como geléias e sucos e desde o final dos anos 90 mantém uma produção 100% ecológica. Na foto abaixo veja a coberta vegetal do terroir.
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Mais do que isso, a Bodegas Robles procura estabelecer laços emocionais e de responsabilidade dos visitantes com os vinhedos, a terra e o ar onde elas crescem. Este relacionamento emocional pode ser visto durante todo o ano, com a visita dos “afilhados”, que costumam deixar carinhosas mensagens ou simpáticos brindes para as videiras “madrinhas”, como esta gravata na foto abaixo.
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Um dos programas educativos dos Robles é o “Sigue tu cepa”, que funciona assim: os enoturistas são convidados a visitarem uma vinha em seu ciclo de vida para acompanhar seu desenvolvimento ao longo do ano – e são adotados por ela. Isso mesmo, as vinhas são “madrinhas” das pessoas. Contei essa história aqui – veja em http://invinoviajas.blogspot.com.br/2013/09/enoturismo-inteligente-na-andaluzia.html

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Como me disse na ocasião Francisco Robles, diretor, "En el proyecto "sigue tu cepa" es LA VID quien se convierte en madrina de las personas, es ella (la vid, que representa a la naturaleza) quien nos muestra a las personas cómo crecer, cómo evolucionar, cómo esforzarse ante las adversidades climatológicas y cómo se recogen los frutos al esfuerzo de todo el año a través de los racimos de uvas en la vendimia. Así podemos mostrar a nuestros seguidores que, nosostros (las personas), siempre debemos de aprender de la naturaleza, y no al contrario para de esta forma tener consciencia de la importancia que tiene mantener el medio ambiente."

  Pois esta semana recebi uma mensagem de Francisco Robles com uma foto, me mostrando como está minha videira madrinha: sem folhas e brotos, magrinha e sequinha, o vinhedo está se preparando para enfrentar o inverno, quando ficará debaixo da neve por um longo tempo. É o que em espanhol se chama de agostamiento, algo como hibernação. Veja abaixo a mensagem e a foto de minha videira madrinha.
 “Rogerio Ruschel. Otro año más la cepa camina hacia su agostamiento, al igual que nosotros, la naturaleza necesita su tiempo de ralentización para tomar fuerzas y resurgir con más vitalidad en lo que será su próxima cosecha. Este año es diferente al año pasado en el aspecto climatológico, apenas si ha llovido y lo que ahora parece abundancia, a la vuelta de unos meses y si el tiempo no lo impide, podría ser un problema motivado por la escasez de agua y el exceso de carga que este año ha tenido la vid. (Veja abaixo uma foto da área vizinha do vinhedo com flores "produtoras de insetos" que faz parte do processo ecológico de produção, em pleno outono).
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Ya sabemos que el agostamiento es un camino hacia la fase latente invernal. El pámpano se agosta y pasa de ser un brote herbáceo a ser un órgano leñoso llamado sarmiento. Las condiciones atmosféricas conducen a una menor actividad en la planta, se ralentiza la absorción de nutrientes por parte de las raíces. Las hoja se vuelven color tabaco y llega un momento en que caen motivado por el retorno de la savia hacia el tronco.“ (abaixo, como ficará o vinhedo no inverno que se aproxima…)
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“Mientras tanto, el suelo de nuestro viñedo vive uno de sus mejores momentos, con el nacimiento de hierbas, cardos, flores y leguminosas con sus respectivos insectos, pólenes, levaduras…. Por una parte, esta gran biodiversidad es una forma de control de plagas, porque todas las especies se encuentran en equilibrio. Y por otra parte, creemos que toda esta variedad vegetal contribuye a enriquecer y hacer más complejos los sabores y aromas del mosto y del vino. En breves fechas se procederemos a realizar la poda, la cual explicaremos en su momento y esperamos poder reunirnos en el viñedo para realizarla nosotros en persona a nuestras “madrinas”. Francisco Robles”. Abaixo foto dos enoturistas em almoço na cantina, após visitarem suas videiras madrinhas.
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Os principais produtos da empresa são vinhos de uvas passas com a casta Pedro Ximénez – os chamados vinhos fortificados, brandy ou de sobremesa, como vinho do Porto em Portugal, Vin Santo ou Amarone na Itália, vin de paille na França e straw wine nos Estados Unidos; vinhos brancos ecológicos que combina a frutosidade da uva verdejo con a uva pedro ximénez; vinho tintos ecológicos elaborados com a uva tempranillo; outros vinhos ecológicos elaborados com mistura de vinhos fortificados oloroso e pedro ximénez, envelhecidos em barricas no processo solera; vinagres ecológicos elaborados a partir do vinho Piedra Luenga e geléias e sucos.
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Para fazer o vinho fortificado Pedro Ximénez com uvas passas, os cachos de uva precisam ficar desidratando ao sol por vários dias. Veja nas fotos abaixo a disposição dos cachos no solo para secar ao sol e como as uvas vão mudando a tonalidade verde por acobreado pela oxidação e desidratação entre 3 e 6 dias. 
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Acompanhe pelo Facebook como a empresa mantém os afilhados informados sobre suas viderias “madrinhas” - https://www.facebook.com/vinos.ecologicos.robles

Saiba mais sobre sustentabilidade:
·      Turismo e sustentabilidade: como beber desta fonte harmonizando benefícios - http://invinoviajas.blogspot.com.br/2012/11/turismo-e-sustentabilidade-como-beber.html
·      Microvinhas: curso inovador na Espanha sobre vinicultura sustentável e de alta qualidade em minifúndios tem participação de especialista brasileiro - http://invinoviajas.blogspot.com.br/2014/10/microvinhas-curso-inovador-na-espanha.html

·      Microvinhas: os benefícios de produzir vinhos que são eco, micro, top e show - http://invinoviajas.blogspot.com.br/2014/11/oportunidades-e-dificuldades-para-o.html

·      MicroVinya: a revolução dos minifúndios sustentáveis de Alicante, Espanha, com vinhedos centenários recuperados e vinhos com poderosa identidade social - http://invinoviajas.blogspot.com.br/2014/05/microvinya-revolucao-dos-minifundios.html

·      Coisa de chines: um mega hotel ecológico e futurista numa pedreira desativada - http://invinoviajas.blogspot.com.br/2013/08/coisa-de-chines-um-mega-hotel-ecologico.html

·      Os impactos do Réchauffement de la Planète (a versão francesa do Aquecimento Global) no mundo do vinho - http://invinoviajas.blogspot.com.br/2014/01/os-impactos-do-rechauffement-de-la.html

·      Jovens empreendedores espanhóis e portugueses fazem sucesso produzindo pranchas de surf com rolhas de cortiça recicladas - http://invinoviajas.blogspot.com.br/2014/07/jovens-empreendedores-da-espanha.html

·      Fique esperto: saiba como a rolha de cortiça preserva os aromas do seu vinho e os recursos do nosso planeta - http://invinoviajas.blogspot.com.br/2014/08/fique-esperto-saiba-como-rolha-de.html

·      Bird&Wine: degustar vinhos e observar aves, a inteligente proposta de enoturismo da Rota do Vinho Utiel-Requena, Espanha - http://invinoviajas.blogspot.com.br/2014/02/bird-degustar-vinhos-e-observar-aves.html

·      Enoturismo inteligente na Andaluzia, Espanha, propõe “paternidade responsável” de vinhas com “sigue tu cepa” - http://invinoviajas.blogspot.com.br/2013/09/enoturismo-inteligente-na-andaluzia.html

·      Associazione Vino Libero: um manifesto italiano pela produção de vinhos com identidade, honestidade e sustentabilidade - http://invinoviajas.blogspot.com.br/2014/02/associazione-vino-libero-um-manifesto.html

 
(*) Rogerio Ruschel é jornalista, enófilo e é afilhado de uma videira de Montilla, Espanha.