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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Calendário francês mostra enólogos, comerciantes e colhedores de uvas pelados em vinhedos de Beaujolais


 Por Rogerio Ruschel (*)
Se você entrar em alguns bares de vinho parisienses mais moderninhos, vai poder ver uma versão moderna das pin-ups dos anos 20 e 30 dos Estados Unidos ou daquele filme “As garotas do calendário”. No caso serão “os amantes de vinhos do calendário”. Explico: franceses brincalhões fizeram um calendário de parede com modelos nus - no qual os ”modelos” são proprietários de vinhedos, enólogos ou simplesmente funcionários de vinícolas. A brincadeira, é claro, virou um enorme sucesso.

Os participantes são pessoas conhecidas de Beaujolais – ou quase todos. A ideia foi do enólogo Mathieu Lapierre, sócio da Domaine Marcel Lapierre, de Morgon, Beaujolais, França, vinícola conhecida por produzir vinhos mais sustentáveis, sem aditivos químicos, que comemorou sua colheita de 2013 com a publicação de um calendário de colhedores de uvas pelados. "A idéia surgiu numa noite enquanto bebíamos e conversávamos sobre bebidas", explica o enólogo Lapierre – aliás
ele mesmo posou, veja o cidadão abaixo, vestido apenas com um sorriso.
Ele diz que é bastante comum que as vinícolas organizem algum tipo de projeto para documentar a colheita. "Tínhamos feito sessões de fotos durante as colheitas antes, mas sempre tinha sido para fins mais documentais do que artísticos." disse Lapierre.

Quem fez as fotos foi o fotógrafo Michal Plantaznik, um sujeito da Eslováquia que estava em Beaujolais para ajudar na colheita. "Começamos como uma brincadeira", diz ele. "Eu havia participado de um projeto semelhante durante a minha estadia na França como voluntário, sem fins lucrativos, e fiquei agradavelmente surpreso porque o retorno foi muito positivo por parte dos participantes. Então eu sugeri a Lapierre fazer fotos mais organizadas, durante a colheita, e transformá-las em um calendário".

Plantaznik usou a luz disponível, sem outros recursos técnicos, e as fotos foram feitas em momentos “roubados” entre trabalho, as refeições e o pôr do sol. "No começo eu estava preocupado de que não seria capaz de preencher todos os 12 meses do calendário com fotos. Mas, quando meus companheiros de colheita viram as fotos em andamento, cada vez mais apareceram candidatos voluntários para posar. No final, eu tinha tantos participantes que tivemos que fazer o calendário para 2014/2015 para que pudesse caber todo mundo", disse Plantaznik.

No início apenas 100 cópias foram feitas e dadas como presente, diz Lapierre, "para amigos na confidencialidade." Mas a coisa se espalhou e a vinícola Vendanges Chez M. Lapierre publicou mais exemplares e pendurou os calendários nas paredes de seus estabelecimentos, em alguns locais públicos, e em alguns bares de vinhos de amigos em Paris.
Faço um brinde a isso!
 
Para ver outra vindima nua, acesse - http://invinoviajas.blogspot.com.br/2014/03/pastor-religioso-produtor-de-vinho-na.html
Registro de um recorde
Meu estimado leitor ou leitora. Gostaria de fazer um registro aqui, porque esta é uma das pequenas alegrias de um jornalista que edita um blogue sem fins lucrativos, apenas pelo prazer de ver seus leitores felizes. Trata-se do impressionante crescimento deste blogue, que muito me orgulha.
Em apenas 24 horas este post sobre o calendário feito na região de Beaujolais recebeu 1.650 visitantes únicos (veja foto abaixo). Isso significa o impressionante número de 1,07 acessos por minuto, durante 24 horas seguidas, inclusive durante a madrugada do Hemisfério Sul, no qual o contador está registrado (hora de Brasilia)! 

Mas outros posts também continuaram sendo acessados normalmente e o total de páginas acessadas no blogue neste período de 24 horas foi de 2.380 - o que dá um acesso a cada 48 segundos! E veja outro indicador de sucesso: além disso, este post com os peladões de Beaujolais atraiu leitores de 4 novos países: Argelia, Albânia, Principado de Liechtenstein e Estonia. Agora In Vino Viajas tem leitores registrados em 102 paises e é, de fato, o mais internacional blogue brasileiro do ramo.

Este post vai continuar sendo acessado enquanto estiver no blogue e pode até alcançar outros posts que também são campeões de acesso, como dois sobre turismo na Sicilia (que juntos tem mais de 18.000 acessos) e um fantástico resumo da vida de Ferran Adriá – veja abaixo os números de acesso dos 5 posts mais acessados em 5 de outubro de 2014 (estes números podem não estar atualizados).
 Recentemente (setembro, 2014) In Vino Viajas, um blogue com foco em Enoturismo, Cultura do Vinho e Turismo de Qualidade, consolidou-se como o 10o. site sobre vinhos mais visitado do Brasil pelo ranking EnoEventos/Alexa – veja detalhes aqui: http://invinoviajas.blogspot.com.br/2014/09/fazendo-conteudo-de-qualidade-in-vino.html .

Pelos dados de acesso identificados por este ranking – que, diga-se de passagem, podem ser publicamente verificados no site do Alexa.com a qualquer momento, em http://www.alexa.com/ – este volume de acessos ao In Vino Viajas em apenas um dia podem ser maiores do que o número de visitantes em um mes inteiro em alguns dos sites de grandes vinicolas brasileiras.
Estes números mostram que há interesse por informações sobre a história, a tradição e a cultura que cercam a produção do vinho; pelo ambiente de produção e seus atrativos turísticos e humanos, por aspectos que vão além da taça do vinho e de seu rótulo. Coisas que poucas vinícolas brasileiras já entenderam – infelizmente. Obrigado pelo seu prestígio. Rogerio Ruschel, editor.

(*) Texto Rogerio Ruschel, com dados e fotos do Portal Punch






quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Fazendo conteúdo de qualidade, In Vino Viajas já é o 10o. site de vinhos mais acessado do Brasil e mantém leitores em 98 paises

Por Rogerio Ruschel (*)
Em pouco mais de dois anos, e graças ao prestígio emprestado por leitores como você, o In Vino Viajas, este blogue de Cultura do Vinho e Enoturismo já é o 10o. site sobre vinhos mais visitado do Brasil, entre 86 que medem audiência. Uma alegria para este editor e um espanto para alguns desinformados. O ranking EnoEventos/Alexa é organizado anualmente desde 2010 pelo portal EnoEventos - o maior do setor no Brasil - com dados públicos do Alexa.com, um site do grupo Amazon.com especializado na análise do tráfego da Internet. A edição 2014 foi divulgada em meados de setembro, e oferece 100% de imparcialidade. Pelo ranking, quanto menor for o número da coluna da direita (Alexa 2014 - x 1000), melhor a colocação. Por exemplo, In Vino Viajas é o site com a 262.000a. colocação em um universo de 35 milhões de sites avaliados pela Alexa em todo o planeta.

Para alguns desinformados os números surpreenderam ao mostrar a popularidade de um blog de cultura do vinho e enoturismo com 2, 3 a até 10 vezes mais acessos do que blogs de avaliação de vinhos com tradição no mercado, sites dze vinícolas de grande porte e de entidades setoriais. A posição de In Vino Viajas no ranking mostra que SIM, há interesse por informações sobre a história, a tradição e a cultura que cercam a produção do vinho; pelo ambiente de produção e seus atrativos turísticos, por aspectos que vão além da taça do vinho e de seu rótulo. Instalar o medidor de acessos do Blogspot e o FeedJit também permitiu descobrir outra informação preciosa: em menos de 12 meses registramos leitores em 98 países, o que transformou o In Vino Viajas no mais internacional do Brasil em seu segmento! E In Vino Viajas continuará sem receio de mostrar seus números: o leitor pode ver a qualquer momento do lado direito da página HOME o volume e a origem dos acessos. 

O desempenho dos blogs
Embora nem todos os sites tornem públicos seus dados de acesso, consultando-se o banco de dados do Alexa.com como o ranking da EnoEventos fez, constata-se que os 11 blogs mais bem avaliados (gráfico acima), têm mais acessos do que a oitava loja virtual de vinhos mais acessada (abaixo). Quer dizer: loja virtual que desdenha fazer propaganda em blogs de qualidade pode estar sofrendo de miopia de marketing.

Nesta edição de 2014 o ranking EnoEventos/Alexa pesquisou 91 vinícolas, 78 importadores, 85 sites e blogs, 34 organizações e associações e 42 lojas virtuais – veja o ranking de lojas virtuais acima. As cinco vinícolas mais acessadas foram a Salton, a Aurora, a Miolo, a Casa Valduga e a Luiz Argenta. As importadoras mais acessadas pela internet foram a Mistral, a Decanter, a Grand Cru, a Peninsula Vinhos e a Todo Vino. Entre as organizações setoriais brasileiras, as cinco mais visitadas foram a ABS-SP (Associação Brasileira de Sommleiers, SP), a Viticultura, o Ibravin, a Vinhos do Brasil e a Aprovale – Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos. Já as cinco lojas virtuais de vinhos mais acessadas foram a Wine, a Evino, a Vinho BR, a Winestore e a Imigrantes Bebidas.  

Aprendizado necessário
E aqui está outra informação preciosa para quem leva a sério o marketing e a comunicação das vinícolas brasileiras: os 16 blogs mais bem avaliados (primeiro gráfico, acima), têm mais acessos do que o primeiro site mais acessado das vinícolas brasileiras, a Salton - veja abaixo. Quer dizer: a desqualificação técnica em produção e gestão das vinícolas, detectada por recente pesquisa da Universidade de Caxias do Sul (UCS) e Ibravin, comentada aqui( http://invinoviajas.blogspot.com.br/2014/09/pesquisa-revela-o-perfil-da-industria.html ) também ocorre com o marketing e comunicação mais básicos, primários até, que é ter seu próprio site como ferramenta de negócios. Esta realidade deixa claro que gestores de sites de vinícolas poderiam aprender muito com profissionais e blogueiros de qualidade, o que é normal em qualquer atividade industrial (o benchmarking), mas aparentemente não o é na vinicultura brasileira, porque a maioria dos gestores parece continuar trabalhando como seus avós...

Este baixo volume de acessos a sites de vinícolas também aparece em algumas importadoras consideradas importantes e nas organizações setoriais (veja abaixo). Oscar Daudt, diretor do Portal EnoEventos e organizador do Ranking, apresenta algumas das razões disso: “Muitas vezes uma empresa investe um bom dinheiro no desenvolvimento de sua página na internet, imaginando que apenas o fato de participar da rede irá trazer a visibilidade almejada. Nunca é assim e normalmente o capital investido vai direto para o ralo, visto que o site não é acessado pelos consumidores que nem tomam conhecimento de sua existência. Falta a divulgação permanente e um conteúdo dinâmico e bem estruturado para atrair os visitantes e fazer com que eles retornem com frequência. Além de mostrar aos leitores a importância de cada um dos sites de vinhos do Brasil, a presente análise servirá, também, para orientar as próprias empresas na estratégia de divulgação de suas páginas. É importante estar presente na Internet, mas isso só não basta. É necessário, também, aparecer.”


Acho que o segredo do sucesso do In Vino Viajas foram dois: a produção e entrega de um conteúdo dinâmico, de qualidade, atraente e bem estruturado que atrai visitantes do Brasil e de outros 97 países; e a divulgação do blogue, feita de maneira dedicada, profissional, intermitente. O que podemos fazer para vinícolas, importadoras e outras organizações que compreendam a importância estratégica do canal de vendas chamado internet.

Para conhecer todos os rankings acesse http://www.enoeventos.com.br/201403/rank/rank.htmm

(*) Rogerio Ruschel ( rruschel@uol.com.br) é profissional de marketing e comunicação com experiência de 40 anos em propaganda e consultoria especializada; professor universitário e jornalista especializado.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Lembranças de Bordeaux e memórias da família Guignard, de Graves, que produz vinhos há mais de 400 anos


Por  Karina de O Noçais (*)

Exclusivo para In Vino Viajas - Quando comecei a escrever este post sobre Bordeuax consegui umas fotos antigas com a família Guignard, e quando as mostrei para o Rogerio Ruschel, editor do In Vino Vianas, ele decidiu começar esta história mostrando algumas delas - como a que abre este post, uma cena da vindima na propriedade Guignard em uma época não identificada, mas provávelmente nos anos 1950.

Quando falamos em Bordeaux alguns pensam que é uma denominação de origem controlada da França (AOC). Isto está certo, mas na verdade dentro da região de Bordeaux existem 57 AOC's – e Medoc, na foto acima, é uma delas. Trata-se do maior vinhedo demarcado em extensão do mundo, que produz 660 milhões de garrafas todo ano – e garrafas de alta qualidade, é claro. Isso quer dizer que quem gosta teria que beber muito vinho para poder conhecer cada uma das sub-regiões, sendo as principais Médoc, Entre-Deux-Mers, Graves, Sauternes, Saint-Emillion, Barsac e Libournais. São vizinhas entre si, mas produzem vinhos diferentes. Veja o mapa abaixo.

O terroir é o grande responsável por essas diferenças – sutis mas importantes – entre os vinhos, já que temos uma superfície muito grande e muitas diferenças geográficas e assim temos uvas completamente diferentes em um mesmo lugar. Na foto abaixo, dos anos 1950, os Guignard preparam seu terroir

Além das diferenças entre uvas de mesmo tipo, temos a possibilidade de fazer o corte (mistura entre as uvas diferentes, blend em inglês), entre 5 tipos principais que são cabernet sauvignon, merlot, peti verdot, malbec, cabernet franc e carmenère, sendo as três primeiras as mais usadas. E o blend é parte da arte francesa de produzir vinhos, e um dos segredos dos produtores de Bordeaux, como a família Guignard que produz vinhos há 400 anos em Graves, a quem pertencem estas fotos antigas. Aliás, para quem diz que a mulher entrou no mercado de trabalho só recentemente, veja abaixo duas fotos “modernas” de agricultoras dando duro nos vinhedos de Bordeaux.
Voltemos ao blend. Hoje além de ser professora de francês e sommelier, trabalho representando comercialmente no Brasil uma vinícola de Bordeaux da região de Graves, a Sélection Guignard, uma empresa tradicionalíssima, que produz um dos vinhos mais conhecidos da região e talvez o mais antigo. Nesta foto abaixo dá para ver o que hoje chamaríamos de “parte da frota de logística de distribuição de vinhos em Bordeaux”...
 


A Selection Guignard é administrada por uma família que está no ramo de vinhos há mais de quatro séculos; hoje três irmãos cuidam dessa propriedade (na foto abaixo, o pai deles). No lugar onde foi a casa da família no passado, hoje é a sede da empresa.

Na foto abaixo Monsieur Guignard, o pai dos irmãos que hoje administram a empresa, examina as videiras no vinhedo tendo ao fundo o château de Roquetaillade, propriedade da familia.

Como para quem gosta de vinhos é uma oportunidade fantástica conhecer uma experiência bordolesa de 400 anos, pedi a Bruno Guignard, um dos filhos e o enólogo da empresa para compartilhar um pouco de sua experiência conosco. Ele não é de falar muito, mas consegui algumas respostas.

Karina: O que você faz na Séléction Guignard?
Bruno: Sou o enólogo, sou responsável pela colheita, a vinificação e do cultivo do vinho. Sou responsável também por alguns mercados como Ásia, Russia e Brasil. 

Karina: Qual é o segredo para fazer um bom vinho?
Bruno: Infelizmente não há uma receita milagrosa para fazer um bom vinho. Se houver um segredo é o terroir! É a base de tudo. 

Karina: Qual a importância do enoturismo para a Séléction Guignard?
Bruno: Bordeaux é uma região que vive da vinicultura, dos vinhos, da gastronomia e do turismo. Bordeaux foi a primeira região vinícola do mundo a criar um roteiro para visitantes. Para nós é uma coisa muito boa. Além das atrações tradicionais na região (uns 30 roteiros diferentes) hoje há um percurso de vinhos de Graves e de Sauternes (http://www.bordeaux-graves-sauternes.com/) que proporciona ao visitante toda a experiência que a cultura do vinho pode nos oferecer é a primeira em Bordeaux que em um lugar só encontramos o que precisamos, meu irmão Dominique é que está à frente desse projeto. Na propriedade nós recebemos visitantes, mesmo no fim de semana e o durante o verão. Os amantes de vinho gostam muito de encontrar os viticultores e de entender como se faz o vinho.

Aqui no Brasil a Vinho e Ponto tem alguns dos vinhos da Selection Guignard como o Château Roquetaillade La Grange tinto 2009 e o Château Le Bernet tinto 2010 e branco 2013.

Uma cidade encantadora

O que eu faço é apaixonante, pois com o francês eu dou aula no Brasil, sou guia turística na França e tenho um contato direto com meus vinhos prediletos, os de Bordeaux. Bordeaux é uma cidade que tudo nos inspira a tomar a bebida de Baco. Tinto, branco ou rose, o vinho está por todos os cantos e centenas de bares e restaurantes, além da “Maison du Vin” onde acontecem cursos, degustações ou você simplesmente pode tomar vinho em taça das regiões de Bordeaux. Pelas ruas encontramos algumas vinhas em restaurantes na entrada ou podemos visitar o museu do vinho, ou ainda conhecer o porto que foi o primeiro da França. Abaixo, a Place de La Bourse.

Em Bordeaux temos atrações para todos os gostos, já que tudo tem história. É uma região que por muito tempo pertenceu aos ingleses, então podemos aprender um pouco da história desses países. Com uma arquitetura deslumbrante - e uma grande área tombada como Patrimonio da Humanidade pela Unesco - ela encanta a todos que a visita, e mesmo para os que não gostam tanto de vinho, é um passeio incrível. A primeira vez que fui à Bordeaux achei que em três dias poderia conhecer esse lugar, mas hoje sei que precisamos de muito tempo para termos uma ideia de como é rica essa região na cultura do vinho e de história juntos. Tive uma vantagem: conhecer a língua francesa me ajudou muito, uma vez que saindo de Paris o inglês fica mais raro de encontrar e os cardápios com especialidades da região francesas são mais específicos. 

O enoturismo é muito difundido na região de Bordeaux, e podemos conhecer vinícolas com hora marcada no “Office du Turisme”. Muitas vinícolas também recebem visitantes em inglês, mas com menos horários do que as visitas em Francês, e se você quiser visitar os grandes nomes tem que fazer as reservas o quanto antes para conseguir. O passeio pode ser feito de carro, de bicicleta e desde o ano passado uma empresa de barcos está fazendo esse passeio de uma forma luxuosa e confortável (veja em http://www.rubiatur.com.br/). Na Gare Saint Jean, na foto acima, você encontra linhas de trens para toda a França e de bondes na cidade.

Todo esse cenário fica ainda melhor quando estamos sentados em um dos restaurantes ou brasseries “bordolais” com uma taça de vinho e degustando um dos pratos regionais como o “Entrecôte à la Bordelaise” ou em um café comendo um “Cannelé” com os aromas de um lugar que é mágico. Espero que tenham gostado desse pequeno passeio pelos vinhedos e histórias de Bordeaux.

 (*) Karina de O Noçais (karina.nocais@yahoo.com.br) é formada em Letras pela pela PUC-SP e professora de francês;  formada em um curso de Sommelier pela ABS, trabalha com vinhos de Bordeaux. 






sábado, 20 de setembro de 2014

Molto bello! A simplicidade encantadora dos vilarejos da Itália revelada pela arte fotográfica de Mario Ventura


(*) Rogerio Ruschel, texto, Mario Ventura, fotos
Exclusivo para In Vino Viajas - Prepare-se para fortes emoções, meu caro leitor(a), porque a pedido de nossos amigos voltamos a mostrar o talento de um artista fabuloso que já fez grande sucesso aqui no In Vino Viajas. Mario Ventura é um fotógrafo italiano que através de suas lentes revela segredos da Itália como poucos artistas. A foto acima registra apenas uma janela, provavelmente na Toscana, mas tem uma composição, um jogo de cores e uma harmonia estética que parece colocar a janela em outra dimensão. 

Na foto abaixo, denominada simplesmente “Luce riflessa nel vicolo” – Luz refletida no beco – a gente fica se perguntando se aquele azul sempre existiu ali ou se foi Ventura o único que o viu.

Uma das coisas que atrai e sensibiliza turistas na Itália é a sensação de estar vendo séculos de história em um determinado local. Só que a gente raramente consegue fazer o que Mario Ventura consegue com seu talento: revelar como poucos o valor estético da idade nas pedras, nas cores, nas madeiras centenárias como das fotos acima e abaixo.

Na Província de Áquila, que sobreviveu a um grande terremoto dois anos atrás, Mario Ventura encontrou esta fachada da foto abaixo em Civitella Alfedena, uma comunidade com o espantoso número de 316 habitantes e registrou o sutil e rico jogo de sedução dos vasos vermelhos com a parede amarela. Magia pura!

Em algum lugar escondido da Toscana, Mario Ventura registrou as duas vielas e a parede de uma residência centenária (veja abaixo), onde uma santa abençoa os moradores e provávelmente os passantes que tiverem tempo para pedir sua bênção.

Embora seja um especialista em harmonizar a alma das coisas com o sol que as ilumina, Mario Ventura domina também a noite, como é possivel ver nas fotos abaixo: a primeira que ele denominou de “Montepulciano” e a segunda - bem, a segunda ele a batizou apenas de “uma ruela escura”.

Proponho um brinde a Mario Ventura (foto abaixo), um mestre das lentes na Itália.

Em 13 de julho de 2014 Mario Ventura me enviou a seguinte mensagem:
"Ho potuto vedere gli articoli che hai magistralmente scritti sulle mie foto. Voglio complimentarmi per la portata poetica dei tuoi scritti e ti auguro un avvenire luminoso e proficuo. Mario Ventura." Grazie Mario.

Para ver outros dois posts com belíssimas fotos de Mario Ventura acesse:
http://invinoviajas.blogspot.com.br/2014/06/um-passeio-romantico-no-lazio-italia.html
e

(*) Rogerio Ruschel é jornalista, enófilo e consultor especializado em turismo de qualidade. Mario Ventura é um fotógrafo italiano, um artista das lentes e da sensibilidade.